sábado, 30 de janeiro de 2021

Cenário atual da construção civil e aposta em inovação e tecnologia para 2021

 


Com 25 anos de história transformando espaços urbanos por meio dos projetos de alto padrão no Nordeste, a Construtora Massai é referência em qualidade, pontualidade nas entregas e destaque no mercado da construção civil como uma das cem maiores do Brasil, de acordo com o ranking nacional da INTEC Brasil. 

No último ano, o setor imobiliário iniciou 2020 com grandes expectativas, como a taxa Selic mais baixa da história do Brasil, demanda reprimida, crédito facilitado e a certeza de que investir em imóveis é sempre seguro diante das crises. Diante da pandemia, o setor foi surpreendido e surgiram novos desafios, como a adaptação às medidas de segurança nas obras e nos escritórios, a pausa nas construções e o trabalho em home-office. 

Em entrevista, Allison Delmas Nunes, sócio-diretor da construtora, fez um balanço do ano anterior e revelou como foi se adequar às novas normas de segurança na pandemia, a importância do investimento tecnológico para manutenção na qualidade do serviço e otimização dos processos, as modificações na jornada de compra e pós venda e os lançamentos e projetos programados para 2021. Confira:

Como foi o ano de 2020 para a Construtora Massai? Quais foram os principais desafios?

Começamos o ano com um planejamento de lançamentos, com boas perspectivas em relação a economia e a todas as propostas de incentivo econômico que existiam e que iriam impactar positivamente no mercado imobiliário . Alguns desses incentivos foram cumpridos, como a redução da taxa Selic, que impactou na redução dos juros no financiamento imobiliário e tornou o financiamento mais acessível.

As expectativas mudaram um pouco com a chegada da pandemia, pois, foi necessário segurar todos os lançamentos de empreendimentos já programados em Mossoró e em João Pessoa. No período, os consultores e economistas falaram muito que precisávamos preservar o caixa, ter cuidado com os custos, ajustar a empresa para as incertezas geradas pelo isolamento social. Diante do cenário, foi necessário interrompermos as atividades por 30 dias, até conseguirmos nos adequar para a prevenção nos canteiros de obra e escritório. O Sinduscon JP teve um papel muito importante em parceria com o sindicato dos trabalhadores para que pudéssemos nos adequar ao novo normal nas obras, conseguimos preservar a saúde e o emprego dos nossos colaboradores. Vimos a economia reagir positivamente com juros baixos e com a casa em evidência . 

O que mudou com a pandemia para a Massai?

O lema da pandemia era “Fica em casa”, e isso levou a maior valorização do lar, além da ressignificação dos lares, que passaram a ser também ambientes de trabalho e escola. Pessoas perceberam e importância de morar bem, em imoveis bem planejados e mais espaçosos, aqueles que não davam valor em ter uma casa de campo ou de praia, por exemplo, passaram a desejar estar isolados nesses lugares e investir mais na qualidade de vida. Muitos notaram que não precisavam mais permanecerem trancados em um escritório para trabalhar e, a partir desses fatores, começamos a sentir um resultado nas vendas e uma maior procura por imóveis. 

Começamos a nos ajustar numa realidade mais virtual e digital, passamos a gerar contratos utilizando a assinatura digital, apresentação dos empreendimentos de forma totalmente digital e investimos na reformulação do nosso site. A partir daí, começamos a sentir que estávamos vivendo uma oportunidade de vender o nosso estoque e foi o que aconteceu. Em Mossoró, nós conseguimos reduzir em 70%  o estoque, assim como no Massai Home Service – MHS, em João Pessoa.

Para a Massai, foi um ano em que tivemos que nos adaptar a nova realidade digital. Começamos o processo de digitalização do nosso arquivo de documentos físico e do processo da jornada de vendas da empresa. Montamos uma “House de vendas” totalmente conectado com nossa área comercial, um canal para comercializar empreendimentos da Massai, clientes, parceiros e inclusive de outras construtoras com produtos que atendam a necessidade dos nossos clientes e que não concorram com produtos oferecidos por nós . Posso afirmar que apesar dos desafios, foi um ano proveitoso diante do cenário de pandemia. 

O senhor falou sobre a digitalização dos processos, algo que nem todas as empresas conseguiram acompanhar. Como foi implementar esse universo digital na Massai?

Eu diria que nós, da Massai, já tínhamos muita coisa em mente e algumas na prática com relação ao processo de digitalização, só que a pandemia veio e acelerou nosso planejamento, trazendo a necessidade para focar  no que já estava em andamento. Isso nos motivou a tornar nossos processos em algo 100% digital. 

A partir do momento em que saímos do escritório para o home office não tínhamos mais a condição de circular pela empresa, assinar documentos,  imprimir relatórios para análise, solicitar um documento no arquivo físico , por isso, tivemos que nos acostumar em recorrer apenas à tela, utilizando o mínimo possível o serviço do office boy.

Em 2020, começamos a intensificar o processo da digitalização de todos os arquivos. Algo que já estava no nosso radar, mas nunca tínhamos de fato iniciado. Foi na pandemia que analisamos o sistema de GED ( Gerenciamento eletrônico de documentos ),  e começamos a implementar. É um processo longo, com conclusão planejada para dezembro deste ano.

Temos atualmente parceria para autenticação digital  e vários mecanismos que possibilitam de fato o descarte do arquivo. Por exemplo, o nosso arquivo físico que consome um espaço físico de 90m² em nossa sede, vai ser totalmente liberado, com esse processo de digitalização ganharemos esse espaço e criaremos outras áreas de vivência e departamentos da empresa neste local. A jornada de venda do cliente que estava 60% digitalizada, está planejada para até o mês de Março ser 100% digital. Atualmente, não pensamos em nada que não seja online e virtual, ainda que estejamos voltando a realizar algumas reuniões físicas, muitas coisas mudaram.

Com a adesão ao digital, o que muda na jornada de compra e no pós venda, dentro do setor?

Estamos implantando um sistema conecta o mercado imobiliário, corretores e parceiros no processo de jornada de compra e financiamento do cliente Massai, com essa plataforma ofereceremos onde um escritório virtual aos corretores é isso facilitará e agilizará as vendas nos permitindo estar totalmente inseridos neste novo mundo conectado virtualmente e com o processo totalmente digital. Nela, o corretor que for homologado pela Massai vai se conectar por meio do celular e vai poder encontrar tudo atualizado de forma automática, desde os lançamentos da empresa, as tabelas de preço , book eletrônico dos produtos, vídeos e imagens e até possibilidade de fazer um tour virtual por nossos empreendimentos prontos e em construção, um sistema que possibilitará de forma organizada que ele possa divulgar nas reder sociais e compartilhando nossas novidades com seus clientes. 

Por meio da plataforma, também será possível  realizar a jornada de venda do começo ao fim, como subir documentação dos clientes para análise de crédito, simular propostas, negociar descontos de acordo com as condições de pagamento da proposta , fechar efetivamente a venda  e acompanhar o processo de financiamento do cliente, sem precisar perder tempo em ligações telefônicas ou buscando informações sobre cada etapa do processo. Por essa plataforma também facilitaremos a vida do corretor para que de forma simples ele mesmo possa gerar o contrato e assinar digitalmente com o seu cliente , agilizando a venda e dando mais autonomia para nossa equipe . Isso tudo está no nosso planejamento para muito em breve e é algo que já tínhamos digitalizado, mas não em uma plataforma totalmente integrada e conectada virtualmente com o mercado, que facilitasse o acompanhamento da jornada de forma muito simples e prática .

Em 2021, haverá lançamentos ou início de obras?

Sim, há na nossa programação oito empreendimentos. Em João Pessoa, o Oré Residencial, na beira mar do Cabo Branco, terá as obras iniciadas em abril. Outra novidade é um grande empreendimento ligado à área da saúde em Manaíra, o Omni Life and Health, que será lançado em maio com obras previstas para até o final deste ano.  No município de Cabedelo, há dois empreendimentos na beira-mar da Camboinha, que terão suas obra iniciadas também em abril. Já em Mossoró (RN), serão lançados quatro empreendimentos, um a beira mar da praia de Tibau e outro no centro de Tibau , um misto, ligado à área da saúde no bairro de nova Betânia e um residencial denominado Spazio di Turim.

Fonte: https://www.portalt5.com.br/


domingo, 24 de janeiro de 2021

Trabalhadores com experiência na construção civil começaram 2021 sendo requisitados para vagas empregos por empresas do setor

 



O setor da construção civil foi um dos setores que mais contratou durante a pandemia da Covid-19. Por não exigirem mão de obra de grande qualificação, obras do setor irão garantir diversas oportunidades de empregos para pessoas mais vulneráveis ​​economicamente.

Economista do Cbic, Ieda Vasconcelos, diz que “Em 2020, o que estimulou o nosso setor foram fatores como o baixo patamar da taxa de juros, o incremento do financiamento imobiliário. Para 2021, nós estamos aguardando um crescimento de cerca de 4% no nível de atividade no PIB. Caso isso ocorra, o setor poderá gerar mais de 200 mil novas vagas com carteira assinada”.

Milton Bigucci Junior, presidente da Associação de construtores imobiliários e administradores do Grande ABC, conta que “Nós estamos sentindo, desde o final do ano passado, final de 2020, um aumento nessa demanda, dessa procura por pedreiro, por mão de obra especializada”.

Ana Maria Castelo, economista da Fundação Getúlio Vargas, explica que, ao contrário de outros setores, na construção civil as empresas são vendidas primeiro e depois os funcionários são contratados.

“Foram quase 700 empresas ouvidas; 34% dizendo que vão aumentar o número de empregos contra apenas 8% dizendo que vão diminuir. Para 2021, a sondagem da Fundação Getúlio Vargas está indicando que são as empresas do mercado imobiliário que indicam o maior percentual de contratação”, segundo a pesquisa da FGV.

Fonte: https://clickpetroleoegas.com.br/

sábado, 16 de janeiro de 2021

5 tendências para a construção civil em 2021

 


A construção civil é conhecida por ser um setor da economia brasileira com considerável estabilidade. No ano de 2020, em meio a pandemia e consequente onda de desemprego, foram criadas quase 17 mil vagas de empregos relacionadas à construção civil no Brasil, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

Essa capacidade de ter pouca flutuação faz com que o setor já se prepare para o ano que vem com a expectativa de alta. Levando em conta esse cenário, para quem trabalha na área, vale a pena ficar atento às tendências para este setor. Conheça algumas delas:

1 - Drones

O uso de drones para etapas iniciais do processo da construção civil vai ser cada vez mais comum. No caso do serviço topográfico, o drone torna a atividade menos trabalhosa para os funcionários, e exige menor locomoção. A ferramenta também é menos suscetível a erro do que a etapa convencional de topografia.

2 - BIM Building Information Modeling

O chamado BIM é uma forma de modelar toda a edificação de maneira interativa, com possibilidade de visão tridimensional e que abrange todo o ciclo de edificação. O uso de um software com essa tecnologia permite que os engenheiros possam, inclusive, identificar possíveis problemas que aconteceriam durante a obra, tornando o planejamento da obra muito mais rápido e eficaz. Outra vantagem é que o BIM permite fazer orçamentos de obras muito mais precisos, já que calcula o investimento de material que será utilizado na obra. Não é à toa que a tendência está muito em alta para 2021, já que a partir de então, o uso do BIM será obrigatório em obras públicas, segundo o decreto de difusão da ferramenta, de 2018.

3 - Robotização de processos

O ano de 2021 tem tudo para consolidar a construção civil na chamada Indústria 4.0. A previsão é que agora o uso de robôs e máquinas com inteligência artificial estejam nos canteiros de obras. A automatização de processos, sobretudo os repetitivos, reduz a necessidade de mão de obra e torna as etapas mais rápidas e menos suscetíveis a erros. Ao que tudo indica, a construção civil vai ficar cada vez mais automatizada, reduzindo custos, equívocos e retrabalhos.


4 - Sustentabilidade

A construção civil foi, por muito tempo, uma área relacionada ao impacto ambiental. Hoje, adaptar-se cada vez mais a uma agenda de sustentabilidade também se mostra um diferencial de mercado. A preocupação com o meio ambiente já é uma tendência recorrente e ela chega ainda mais forte em 2021. Cada vez mais a construção civil busca opções menos poluentes para as obras, inclusive por razões econômicas. Pequenas mudanças que reduzem a produção de resíduos sem perder em segurança e qualidade reduzem também o gasto em recursos.

5 - Energia renovável

Assim como a sustentabilidade, o uso de energias renováveis veio para ficar. Com o avanço das discussões sobre energias limpas, a escolha por medidas sustentáveis não se mostra só aliada do meio ambiente, mas também do setor econômico. A energia sustentável tende a aparecer na construção civil tanto em medidas mais simples, como aquelas que priorizam a luz e ventilação natural, bem como nas mais complexas, com a instalação de placas fotovoltaicas e uso de recursos renováveis em todas as etapas do projeto.


Fonte: https://g1.globo.com/


domingo, 10 de janeiro de 2021

Trisul acelera entregas com canteiro de obras inteligente e linha de montagem

 


O setor da construção civil, no Brasil, ainda conta com uma defasagem quando se fala em eficiência e tempo.

Geralmente, as obras tradicionais de empreendimentos demoram, no mínimo, dois anos para serem concluídas, consomem tempo e muitas vezes geram gastos desnecessários. Essa realidade começa a mudar a partir da inserção de novos processos construtivos nos canteiros de obras.

A tecnologia possibilita hoje construir mais em menor tempo, com mais eficiência na previsão de custos, sem comprometer a qualidade e a sustentabilidade.

Trisul (TRIS3) é uma das pioneiras na implementação de novos sistemas de construção — movimento esse reconhecido como industrialização do canteiro de obras — diminuindo o ciclo de obra e entregando com alta qualidade.

“É como se transformássemos o canteiro de obras em uma linha de montagem, como no setor automobilístico. O material já chega na obra pronto para ser usado e montado”, explica Roberto Jr, Diretor de Engenharia da Trisul e responsável pela implantação dos sistemas construtivos na empresa.

A racionalização de processos e a mecanização das atividades no canteiro otimiza e reduz o tempo de obra.

“Na obra Elev Brás, por exemplo, conseguimos reduzir alguns prazos — o que antes levávamos 24 meses, reduzimos para 21 no começo da obra e agora, já otimizamos para 15 meses. Ou seja, pouco mais de um ano para concluir um empreendimento com duas torres e 400 apartamentos”, conta Roberto.

A obra também conta com painéis arquitetônicos como alternativa às fachadas tradicionais de alvenaria. “As peças são pré-fabricadas de acordo com a estrutura do prédio, são içadas por gruas, ou seja, não dependem de mão-de-obra para ser posicionado, o que garante maior precisão e evita acidentes.

Sem contar que o processo é mais rápido, pois quem faz força é a grua”, explica o diretor. Com a vantagem do material utilizado ser concreto ao invés de alvenaria, não há necessidade de acabamentos robustos e tem durabilidade melhor já que é resistente às intempéries climáticas (sol, chuva e vento).

Mais economia e sustentabilidade, em menos tempo

Construção Civil
Enquanto a alvenaria produz cerca de 20% de resíduos de obra, o Drywall produz apenas 5% e seus resíduos são 100% recicláveis (Imagem: Unsplash/@morganvongunten)

O preenchimento dos painéis por cimento é feito com máquinas — a Trisul utiliza um Mastro que faz a concretagem, sendo um dos poucos canteiros de obra no Brasil que possuem essa ferramenta.

“O Mastro coloca o concreto no ponto certo, dando mais precisão à obra. É mais rápido, mais racional. Tal processo também leva a praticamente zero o índice de acidentes, devido aos moldes serem preenchidos industrialmente e o espaço já ficar fechado, sem risco de quedas”, diz Roberto.

O Drywall é utilizado na demarcação dos ambientes e por também ser um material industrializado que já vai pronto para a obra, permite uma construção muito mais limpa, que não demanda a utilização de argamassa ou outro material.

A execução é mais limpa: enquanto a alvenaria produz cerca de 20% de resíduos de obra, o Drywall produz apenas 5% e seus resíduos são 100% recicláveis. Não há estoque de material, portanto não existe a deterioração e a quebra de materiais é evitada, já que a utilização é imediata.

A hidráulica e a elétrica já vem pronta da indústria também. “Nas obras normais, o processo é outro, aqui a única coisa que falta na parte elétrica, por exemplo, é o espelho do interruptor”. continua o Diretor de Engenharia. As portas são entregues embaladas e pintadas, direto da fábrica: é só colocar no apartamento. “As dobradiças são feitas por máquinas, o que dá precisão e evita contornos desiguais e mau acabamento, e a vedação já vem colocada”, explica Roberto.

Todo o projeto da obra pode ser acessado por aplicativo no celular, através da metodologia BIM, que mostra o projeto em 3D. O ganho de qualidade e produtividade é alto, assim como o maior controle sobre os custos e a execução.

“Aqui na Trisul, temos um canteiro de obras semi-industrializado. É um sistema construtivo alternativo e novo para os parâmetros brasileiros, reduzimos com isso o tempo de obra e os valores gastos. São 160 funcionários para 400 apartamentos. A obra é feita praticamente em linha de montagem”, conclui Roberto.

Fonte:https://www.moneytimes.com.br/


sábado, 2 de janeiro de 2021

Construção civil terá uma forte retomada em 2021, diz CEO da Caterpillar

 


Em um mercado que só no Brasil fatura acima de 15 bilhões de reais, a gigante global Caterpillar vem conseguindo manter a liderança mesmo diante de inúmeras crises econômicas e da chegada recente de novos competidores. Para 2021, a companhia projeta uma forte retomada da construção civil, puxada principalmente por obras da iniciativa privada, o que deve impulsionar as vendas de máquinas.

“Ninguém imaginava que enfrentaríamos uma pandemia, mas neste ano o mercado foi muito bom para nós e em 2021 a construção civil terá uma forte retomada. Não projetamos grandes obras do governo, mas no setor privado devemos ter vários projetos sendo executados ao redor do país”, afirma Odair Renosto, presidente da Caterpillar do Brasil, em entrevista à EXAME.

Embora a pandemia tenha afetado quase todos os setores da economia no país, a indústria de máquinas de construção se manteve alheia à crise. As empresas que atuam no segmento de movimentação de terra — conhecido como linha amarela, devido à cor característica dos produtos — devem encerrar o ano com um crescimento das vendas de 25% sobre 2019.

Renosto afirma que um dos segmentos que está crescendo é o de locação de equipamentos. Além disso, na Caterpillar, serviços têm ganhado cada vez mais destaque dentro do plano estratégico. A companhia tem uma meta global de dobrar as vendas de serviços de máquinas, energia e transporte até 2026, para 28 bilhões de dólares (sobre a base de 2016).

“Definimos serviço como o valor que oferecemos aos clientes após a compra do equipamento, desde peças de reposição a contratos de manutenção e financiamento. Isso reduz custos de propriedade e operação e ao mesmo tempo gera receita para a Caterpillar e revendedores ao longo do ciclo de vida dos produtos”, destaca.

Apesar do crescimento do setor neste ano, a indústria de linha amarela ainda amarga cerca de 40% de ociosidade, herança dos tempos de fartura da construção civil no início da década, em meio a um cenário de boom de commodities. À época, muitas marcas chegaram ao Brasil com importação ou produção local, num momento em que o país ficou conhecido globalmente como um “grande canteiro de obras”.

No entanto, ao longo das crises dos últimos anos, as margens das empresas ficaram extremamente pressionadas. O problema teve seu auge em 2020. Renosto lembra que a desvalorização do real chegou a quase 40% neste ano e a recuperação de preços foi insuficiente no mercado. “Não conseguimos repassar custos nessa magnitude.”

O problema da falta de insumos na cadeia produtiva, que vem atingindo toda a indústria, é um desafio adicional para a companhia. O executivo relata que os fornecedores não contavam com uma retomada tão rapidamente, o que acabou gerando restrições de matérias-primas. 

“Dependendo do produto, compramos de distribuidores ou até importamos peças para não parar a produção.”

Liderança global

Renosto afirma que a Caterpillar continua na liderança das vendas no Brasil e no mercado global. A marca vem trabalhando para oferecer um portfólio que atenda clientes que querem desde máquinas mais simples, com foco em produtividade, até aquelas com forte nível de tecnologia embarcada.

Além da construção civil, a empresa tem aproveitado o bom momento do agronegócio para ampliar a sua participação nas vendas do setor, com máquinas mais versáteis, que atendem os dois tipos de negócios.

Do portão para fora, no âmbito macroeconômico, o executivo garante que a Caterpillar está atenta aos riscos de aumento da taxa básica de juros (Selic) e inflação, e que o mercado brasileiro continua uma das grandes prioridades da matriz.

“O Brasil tem muito a fazer pela frente, como construir portos, aeroportos e rodovias. O grupo Caterpillar não investe pensando no curto prazo, continuaremos investindo no país.”

Fonte: https://exame.com/negocios/