quinta-feira, 28 de março de 2019

Mercado reaquece e traz de volta empregos na construção civil de BH

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A classe média de Belo Horizonte pode voltar a sonhar com a casa própria. Com uma economia que começa a apontar para a estabilidade, a capital mineira se destacou com um saldo positivo de 8.040 empregos em fevereiro deste ano – e a construção civil foi o setor que mais gerou vagas: 3.291, mais de 40% do total.
Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). “Temos percebido um aquecimento do mercado e um aumento na velocidade das vendas. Isso tem motivado o setor a investir em imóveis entre R$ 300 mil e R$ 700 mil, em bairros como Pampulha e Sagrada Família”, afirma o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Geraldo Linhares Júnior.
Segundo Linhares, Belo Horizonte está com estoque baixo de imóveis, cerca de 3.600. “Uberlândia tem um estoque de 6.000 imóveis”, compara.
Com os novos empreendimentos, a construção civil voltou a contratar. Segundo Linhares, o setor gerou 65% do saldo de empregos considerando os dois primeiros meses de 2019, que foi de mais de 7.000 empregos. 
“Do total das vagas na construção civil, 67% foram na construção de edifícios (residenciais e comerciais)”, afirma o dirigente. O superintendente de obras da Construtora Castor, Cantídio Alvim Drumond, conta que os três empreendimentos da empresa previstos para este ano vão gerar até 360 empregos.
Ele reconhece a melhora da economia, mas considera cedo para comemorar. “Melhorou, mas ainda temos entraves, incluindo a demora na aprovação de novos projetos, que pode chegar a mais de um ano”, diz.
Segunda capital com maior saldo de vagas
Belo Horizonte ficou atrás apenas de São Paulo, que criou 20 mil vagas, na geração de empregos no mês passado. Os dados do Caged avaliaram nove regiões metropolitanas do país.
Em fevereiro do ano passado, o saldo de vagas na capital mineira foi de 2.211 admissões. Nessa comparação, o crescimento de postos gerados foi de 2,6 vezes.
“Podemos falar de recuperação porque, durante a crise econômica de 2015 e 2016, a capital mineira teve cerca de 100 mil demissões. Em 2017, o saldo foi próximo de zero, e terminamos 2018 com quase 30 mil empregos gerados. Este ano está acompanhando essa tendência”, explica o analista de políticas públicas da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico de Belo Horizonte, José Bonifácio Andrada. 
Ele salienta que esse resultado pode ser explicado por medidas tomadas há mais tempo. “A economia é mais lenta para responder. Não é possível afirmar que ações tomadas hoje vão surtir efeitos semelhantes”, avalia Andrada.
Melhoria econômica gera mais faturamento para comércio
Minas Gerais gerou 26.016 admissões em fevereiro de 2019, cerca de 15% do total de novas vagas do Brasil, segundo dados do Caged, do Ministério da Economia.
O quadro gera otimismo para o comércio, segundo a economista da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Ana Paula Bastos. “Mais emprego gera mais dinheiro em circulação, e isso sempre é positivo para o comércio. São boas notícias”, afirma.
Segundo Ana Paula, o comércio já sentiu em janeiro os efeitos dessa tendência de crescimento do emprego, já que houve aumento de 10,4% no faturamento do primeiro mês do ano ante dezembro de 2018. “Isso considerando dezembro, que para nós é um mês muito bom por causa do Natal”, diz a economista. 
A tendência, segundo Ana Paula, é de estabilidade da economia “se alguns desafios, como a reforma da Previdência, sejam superados”, aponta a economista da CDL/BH. 
“É a sinalização necessária de que o governo vai conseguir controlar seu déficit fiscal. Isso é necessário para que os investidores voltem ao país”, avalia Ana Paula.
Fonte: www.otempo.com.br
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