O Sinapi (Índice Nacional da Construção Civil), calculado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), confirmou inflação de 0,45% em setembro sobre a construção civil, percentual acima de 0,27% de setembro e de 0,36% de agosto. Segundo as informações, o Sinapi acumula taxas de inflação de 4,33% nos últimos 12 meses e de 3,48% no ano.
Com a visível alta, o valor do metro quadrado da construção civil foi de R$ 1.099,01 em agosto para R$ 1.103,98 em setembro de 2018. Em geral, os materiais de construção contaram com 0,68% de variação nos preços, passando a valer R$ 570,79 por metro quadrado em setembro. Além disso, a mão de obra passou a custar R$ 533,19 por metro quadrado, um aumento de 0,2%.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo teve alta de 0,48% na inflação em setembro, ainda de acordo com o IBGE.
Mão de obra e materiais de construção aceleram inflação do setor
Ambas as variáveis (custos com materiais de construção e com mão de obra) contribuíram com a alta da inflação do setor dentro do IGP – 10 (Índice Geral de Preços – 10) deste mês, é o que afirma a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Concomitantemente, o INCC – 10 (Índice Nacional de Custo de Construção) subiu 0,31% após já ter elevado em 0,16% em setembro. O Índice Relativo a Equipamentos, Materiais e Serviços, por sua vez, apresentou aumento de 0,52%, após o avanço de 0,36% já constatado no mês anterior.
Com relação ao índice que representa o custo da mão de obra, houve aumento de 0,12% em outubro após ter apresentado estabilização (0%) em setembro. Dentre os itens de material de construção que pressionaram a inflação em outubro é possível citar: vergalhões e arames de aço ao carbono (0,90%), equipamentos (1,06%), elevador (1,20%), tubos e conexões de ferro e aço (2,07%) e condutores elétricos (2,38%).
Em contrapartida, os itens que ajudaram a conter o índice foram: refeição pronta no local de trabalho (-0,11%), portas e janelas de madeira (-0,14%), argamassa (-0,22%), pedra britada (-0,38%) e pedra britada (-0,38%).
Alta na venda de materiais de construção acelera reformas e acabamentos
Ainda que o setor de construção civil venha crescendo em ritmo lento (acuado pela alta do dólar, reajuste do frete e instabilidade das eleições), o varejo tem mostrado um vigor positivo. Pelos cálculos da Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), o aumento nas vendas de agosto sobre julho chegou a 5%.
O crescimento das vendas de materiais de construção por sites e canais digitais tem auxiliado o setor a compensar a fase ruim enfrentada no começo do ano e reduções cíclicas de movimento nas lojas. Cada vez mais o consumidor se utiliza da tecnologia para encontrar o que precisa, pesquisar preços e comprar materiais para reformas e acabamentos.
Fonte: exame.abril.com.br