quarta-feira, 30 de outubro de 2019

ICMS: construção civil ajuda em alta de 15%



A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) em Campinas somou R$ 87,5 milhões em outubro, com alta real de 15,9% em relação ao mesmo mês do ano passado, considerando o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Foi o maior repasse mensal do ano e mostra uma reação positiva na arrecadação do tributo, mas ainda com pequeno ganho real. 
De janeiro a outubro, Campinas recebeu R$ 641,1 milhões de ICMS, crescimento real de 1,02% na comparação com 2018. “É muito pouco”, disse o secretário de Finanças, Tarcisio Cintra, mas o importe, segundo ele, é que pelo menos a arrecadação do tributo parou de cair. Mas ele não acredita que haverá, no ano, recuperação muito acima da inflação.
Um fator que influencia os números da cidade é o bom desempenho do setor da construção civil, cujo mercado está reagindo acima de São Paulo. “Mas é um ponto fora da curva”, avaliou. Dados da Prefeitura mostram que houve um aumento de 54% na emissão de alvarás de construção e crescimento no volume de metros quadrados aprovados de 40%. O setor também está com saldo positivo de geração de empregos. Campinas, que em agosto havia perdido vagas, voltou a fechar setembro no azul, com saldo de 79 contratações.
O Sindicato da Habitação (Secovi) apurou que entre agosto de 2018 e julho de 2019 foram comercializados 3.827 imóveis novos em Campinas, o que representa uma elevação de 92% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Para o economista Pedro Henrique Maldonado, uma recuperação da economia, se houve, ficará para 2020, quando os efeitos de queda dos juros poderão fazer a economia ganhar ritmo, após dois anos seguidos de recessão e três anos de crescimento ao redor de 1%. As projeções de crescimento, disse, têm falhado nos últimos tempos.
“Seguimos patinando ainda e não é possível estimar o efeito que a reforma da Previdência, da reforma tributária que está em discussão, e a lei da Liberdade Econômica terão sobre os investimentos”, afirmou. O setor produtivo ainda está, segundo ele, receoso para investir. “Estamos com a indústria estagnada e o que vem sustentando a retomada desde o final da recessão é o consumo das famílias”, disse.
Em Campinas, o ICMS é a segunda principal receita, perdendo apenas para o Imposto Sobre Serviços (ISS).
Os repasses aos municípios são liberados de acordo com os respectivos Índices de Participação dos Municípios (IPM). O governo do Estado transferiu ontem R$ 942 milhões em repasses de ICMS para os 645 municípios paulistas. O depósito feito pela Secretaria da Fazenda e Planejamento é referente ao montante arrecadado no período de 21 a 25 de outubro. Os valores correspondem a 25% da arrecadação do imposto, que são distribuídos às administrações municipais com base na aplicação do Índice de Participação dos Municípios (IPM) definido para cada cidade. Com os depósitos efetuados ontem, o valor acumulado distribuído às prefeituras em outubro sobe para R$ 2,19 bilhões.
OS NÚMEROS
Meses                2018 (R$)                2019 (R$)
Janeiro             71.689.261,19           69.480.734,07
Fevereiro          52.044.247,11           58.976.878,07
Março               56.031.090,84           60.927.616,65
Abril                 41.240.199,16           73.645.667,91
Maio                 82.302.168,98           55.179.529,86
Junho               54.475.518,57           53.566.039,60
Julho                71.433.470,12           79.150.033,17
Agosto              54.056.445,43           56.682.315,55
Setembro          60.037.455,36           45.956.201,02
Outubro            73.418.090,65           87.597.414,63
Total              616.727.947,41       641.162.430,53
Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda de MS

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Construção civil retoma lançamentos


As instituições financeiras baixaram os juros dos financiamentos imobiliários – a taxa Selic foi reduzida para 5,5% ao ano – e influenciaram o “aquecimento” do setor imobiliário. Incorporadoras que atuam em Mato Grosso do Sul projetam novos investimentos e já percebem maior movimentação nas vendas para este segundo semestre e início de 2020.
O sinal favorável vindo dos bancos públicos e privados e da equipe econômica do governo federal está sendo captado pelas incorporadoras que atuam em Campo Grande e também no interior do Estado. A SBS Empreendimentos, por exemplo, aproveitou o momento favorável e divulgou que ampliará os investimentos locais. A empresa sul-mato-grossense passou os últimos anos adquirindo áreas em Campo Grande e no interior e estudando o mercado para definir o produto a ser lançado. 
E executiva da SBS Empreendimentos Phaena Spengler acredita que tenha chegado o melhor momento para colocar todo o planejamento em prática. “Somos uma empresa de empreendimentos imobiliários que tem como fundamental atributo a qualidade construtiva, a segurança de todos os processos e o foco no que o mercado está pedindo. Por alguns anos, atuamos no setor de construção na Região Norte, adquirimos um vasto portfólio e agora chegou a hora de atuar mais em casa”, afirma.
Ainda segundo Phaena Spengler, a empresa tem o equivalente a R$ 200 milhões de Valor Geral de Venda (VGV) em ativos só na Capital, o que oferece um lastro extremamente consistente para os investimentos e posicionamento consolidado. O primeiro empreendimento deve ser lançado no primeiro semestre de 2020, na região central de Campo Grande.
MAIS MOVIMENTO
O Grupo Plaenge também aponta um momento de expectativas positivas no setor. Segundo o gerente regional, Luiz Octávio Pinho, a movimentação nas centrais de venda já aumentaram. “A gente percebe maior otimismo, principalmente com as taxas mais atrativas. As taxas de juros têm um peso mais forte na hora de fazer um financiamento, quando elas caem, despertam a atenção dos compradores”, explicou.
Pinho explica que 95% das vendas dos imóveis do grupo são feitas ainda na planta e, para 2020, a projeção é de novos empreendimentos. “Temos duas entregas para o ano que vem, tanto residencial quanto comercial, e outros lançamentos previstos. Mesmo durante a crise, continuamos vendendo, mas a intenção é acelerar mais em 2020. Acredito que no próximo ano vamos gerar um VGV de R$ 180 milhões em Campo Grande”, informou o gerente.
INVESTIMENTOS
O diretor comercial da MRV, Jeferson Luiz Benitez, explica que a construtora está atenta às tendências e aos movimentos do mercado. “Além de empreendimentos que se enquadram no programa Minha Casa Minha Vida, estamos ampliando nossos lançamentos dentro do financiamento do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). E, desde de agosto, já oferecemos a possibilidade de contratos dentro da nova linha de crédito imobiliário com custo indexado ao IPCA [Índice de Preços ao Consumidor Amplo]. Acabamos de lançar um empreendimento na região do Jardim Leblon. Por lá, vamos investir R$ 21,5 milhões”.
 A empresa cresceu 7% em 2019 e lançará mais 2 empreendimentos neste ano. “A expectativa é a melhor possível, acreditamos que a redução da taxa de juros e o aumento da oferta de crédito imobiliário ampliarão a demanda por apartamentos, por isso, continuamos com um forte programa de lançamentos e nosso objetivo é lançar mais de 1.300 apartamentos somente em 2020”, afirmou o diretor.
CRESCIMENTO SENSATO
Para o diretor-executivo da HVM Incorporadora, Rodolfo Luiz Holsback, o aumento na busca por imóveis tem sido gradual. “Um crescimento mais sensato eu diria. Quanto à modalidade do financiamento com IPCA, a novidade é muito positiva, pois gera mais flexibilidade para o comprador e proporciona acesso a novas fontes de recursos para os bancos. Embora seja um pouco cedo para falar, já temos sentido uma busca por essa nova modalidade entre nossos clientes. Um outro ponto positivo da Selic mais baixa é a maior atratividade do investimento em imóveis com a finalidade de locação”.
Holsback  acredita que o mercado vai continuar crescendo de maneira ordenada, em conformidade com a economia. “Lançamos um prédio há pouco mais de dez dias e a procura foi muito boa. Estamos surpresos com o resultado, a maior parte das unidades já foi comercializada. Em nossa esteira de projetos, há empreendimentos para os próximos cinco anos, cada um em um estágio de desenvolvimento. Para o próximo ano vamos lançar, pelo menos, dois novos empreendimentos em Campo Grande. Seguimos otimistas”, detalhou.
MUDANÇAS
A Caixa Econômica Federal anunciou, no começo de outubro, a redução dos juros dos financiamentos imobiliários com recursos do SBPE. A medida já havia sido adotada por outras instituições financeiras anteriormente. Na Caixa, o juro mínimo cobrado no crédito imobiliário com recursos da poupança passará de 8,5% mais Taxa Referencial (TR) para 7,5% mais TR. A taxa máxima será de 9,5% mais a TR. O anúncio do banco público é uma reação à decisão dos dois maiores bancos privados do País. No Bradesco, a taxa mínima passou de 8,2% ao ano mais TR para 7,3% ao ano mais TR. Já o Itaú está oferecendo crédito imobiliário a partir de 7,45% ao ano mais TR, ante juros de 8,1% ao ano mais TR.
Em agosto, o banco público lançou uma nova linha de financiamento habitacional corrigida pela inflação oficial medida IPCA, mais uma taxa fixa. A nova linha traz uma taxa de 4,95% do valor financiado mais correção do IPCA. A porcentagem pode chegar a 2,95% do valor financiado para quem tem as melhores relações com o banco (ter conta no banco e apresentar baixo risco de inadimplência, por exemplo). Os valores serão corrigidos mensalmente, prestação a prestação, conforme o IPCA mais recente.

domingo, 27 de outubro de 2019

Em Campo Grande, construção civil emprega 30 mil, mas falta de qualificação afeta mercado

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Neste sábado (26) se comemora o Dia do Trabalhador da Construção Civil, data que homenageia todos que atuam direta ou indiretamente nesse ramo. Você sabe o que faz um construtor civil? Tendo em vista que em Campo Grande a construção civil emprega cerca de 30 mil pessoas (dados do Sintracom – Sindicato dos Trabalhadores nas Industrias da Construção Civil e do Imobiliário), o Jornal Midiamax conversou com alguns profissionais da área que contam a paixão, as vantagens e desvantagens desse segmento de mercado.
Adão Castilho é presidente há três anos da Acomasul (Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul). Ele conta que a paixão pela profissão começou desde pequeno, pois seu pai era construtor e decidiu seguir o mesmo caminho. Hoje, ele tem formação na área e abriu seu próprio negócio onde está há 25 anos. “O que eu mais gosto é de construir. É muito gratificante ver o canteiro de obras com vários trabalhadores e também deixar o cliente satisfeito. Nós construtores temos que pensar que alguém vai ocupar este espaço por muitos anos, então tem que ser um trabalho bem feito”, afirma.
De acordo com ele, uma dificuldade no ramo é o profissionalismo. “Falta profissionais capacitados e a maioria dos que trabalham na área, sem formalização, têm alguns vícios e isso não é tão bom na construção, pois cada obra é de um jeito”, explica.
Na sua equipe há gente que não é capacitado, mas Adão explica que o que muda é a questão salarial. Um mestre de obras com formação chega a ganhar de R$ 3.500 a 4 mil reais, já o pedreiro sem capacitação vai ganhar em torno de R$ 2.500. Essa avaliação de valores é de uma empresa pequena, os grandes negócios chegam a ganhar mais.
Rosiane Benitez também atua na construção civil como engenheira e sua opinião é na mesma linha de pensamento que do Adão. “Encontrar mão de obra qualificada com um preço justo é a maior dificuldade, mas uma vantagem que vejo é que a área proporciona um rodizio de equipe, o que acaba sendo uma boa opção ter essa fácil mobilidade de profissionais”.
Segundo ela, por mais que a profissão tenha seus altos e baixos, é possível se desenvolver e crescer profissionalmente. O que ela mais gosta é tornar uma ideia em algo palpável, transformar o sonho do cliente em realidade. “É todo um processo, desde a criação do pensamento, organização, até o final da edificação pronta”, conta.
Seu trabalho é voltado para gerenciar pessoas, materiais e processos. Ela explica que todo profissional da área precisa saber se relacionar com os colaboradores, parceiros e clientes. Além disso, também é preciso administrar e otimizar materiais para não ter desperdícios. “Saber a etapa do que está fazendo e sempre estar atento ao cronograma são os fatores principais que o profissional precisa ter”, explica Rosiane.

Dificuldades

A Acomasul, atualmente, conta com 315 associados e seu papel é proporcionar integração na cadeia da construção civil (conselhos de arquitetura, engenharias, corretórias de imóveis, sindicatos, Sebrae, Fiems, etc), buscando a união e soluções para o setor.
Tendo em vista esse grande número de atuantes na área, Adão explica que ainda há muito o que lutar pela área, pois existem diversas barreiras que impedem a expansão do negócio. Essas dificuldades afetam o construtor que deixa de investir por falta de segurança jurídica. “Às vezes a gente começa a construir um imóvel e quando terminamos as regras já mudaram completamente e não há tantos benefícios”.
Um caso que ainda está em pauta nos assuntos governamentais é a impossibilidade de os construtores atuarem em locais sem pavimentação através do programa Minha Casa Minha Vida. “Essa atitude traz um impacto muito grande, todos os bairros aonde têm casas e não tem asfalto vão ficar abandonados, pois o programa não financia mais casas nessas regiões e quem sofre é tanto a cadeia da construção civil que perde espaço e também os moradores que ficarão sem desenvolvimento no bairro”
O presidente da Acomasul enfatizou que o município não pode pavimentar todas as vias e os construtores precisam seguir com as obras. De acordo com ele, pequenos empresários da construção são responsáveis por 42% de todos os empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, gerando cerca de cinco mil empregos.

Quer entrar na área?

Pelo que se deu para ter de noção, a principal dica para atuar na área é buscar capacitação. Seja por meio da graduação, curso técnico e capacitações, estar atento e antenado no ramo é um fator importante para conseguir mais espaço no mercado de trabalho.
“A dica que eu dou é a pessoa buscar entrar em contato com a área o mais rápido possível, começar a se familiarizar com a construção civil, entrar nesse mundo desde cedo, para ter grande potencial de crescimento”, diz a engenheira civil Rosiane Benitez.
Na Capital, é possível encontrar curso na área pela Escola de Qualificação Profissional da Funsat (Fundação Social do Trabalho) desenvolve diversos cursos de capacitação com a finalidade de melhorar o perfil para a empregabilidade e apoiar iniciativas empreendedoras objetivando a geração de trabalho e renda. Há também a graduação em engenharia civil proporcionada por diversas faculdades públicas e privadas.

sábado, 26 de outubro de 2019

Uma opção sustentável para a construção civil

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Na Europa e no Japão, eles já são uma alternativa de moradia confortável, flexível e mais acessível economicamente. Agora, com a 1ª Mostra Nexus – Container4you, que será realizada em Jacareí-SP (a 80 quilômetros da capital), o Grupo Nexus quer mostrar que os contêineres são uma opção viável e moderna aqui no Brasil.
Com 1.870m² de área construída e 4.000 m² de área total, a mostra é a maior do gênero na América Latina. No ambiente, será possível conferir de perto os detalhes desse tipo de construção, que é mais rápida, produz menos lixo e custa até metade do valor de uma obra similar de alvenaria.
Criado em 1950 pelo empreendedor norte-americano Malcolm Mclean, o contêiner é uma resistente caixa de aço, alumínio ou fibra, utilizada para transporte de cargas diversas por vias aéreas, terrestres ou marítimas. À época, a novidade causou uma revolução na logística, levando mais segurança e praticidade às entregas.
Desde que começou a ser produzido, o contêiner é um item indispensável para o transporte internacional. Entretanto, sua utilização como elemento de construção civil é bem mais recente. Os contêineres se transformaram em uma solução sustentável para construção de casas no início dos anos 2000, quando aumenta a demanda pela diminuição do impacto ambiental causado pelo descarte inadequado dos materiais usados para a construção.
Foi aí que o material, que é resistente, barato e proporciona mais rapidez na obra, começou a ser visto como uma alternativa viável. Em nome do meio ambiente, os arquitetos passaram a aceitar o desafio de transformar essas caixas em ambientes modernos como quartos, salas, garagens, varandas e bares.
De lá para cá, as ideias ganharam corpo e os contêineres são utilizados atualmente tanto para o projeto de casas quanto para a concepção de lanchonetes, bares e consultórios, entre outros.
“São muitas as vantagens que uma obra que utiliza contêiner oferece. A sustentabilidade é a principal delas. Não são utilizados cimento ou materiais não renováveis. A matéria-prima básica é algo que seria descartado no ambiente. Outras questões importantes: você pode fazer a construção em um outro local e transportar a casa para o terreno. O preço ainda é muito vantajoso, chegando a um valor 30% menor do que uma obra convencional”, afirma a arquiteta Adriana Marin, curadora da exposição.

domingo, 20 de outubro de 2019

ARAGUAÍNA: Segmentos da área de construção civil e treinamento de pessoas são diferenciais em feira do Sebrae



Quando se pensa em feira de negócios, vai logo associando a empresas do setor de vestuário, acessórios e serviços expondo os seus produtos. Mas a primeira edição do Liquida Tudo Araguaína, que começou na última quarta-feira, 16, e finaliza neste sábado, 19, o espaço é para todos os tipos de segmentos.
Os empreendedores Roberta Vaz e Jean Carlos apostaram na feira para mostrar a sua empresa de treinamento de pessoas e inteligência emocional. Roberta, que é formada em Direito, mudou sua visão de negócios há um ano, quando participou de uma missão empresarial do Sebrae. “Participamos dessa missão, fizemos o treinamento em coach e decidimos abrir o nosso negócio neste segmento. A feira é uma oportunidade de mostrar os nossos serviços, como palestras, análise de perfil e comportamental; tudo com desconto para quem fechar durante a feira”, comentou.
Um estande que chama a atenção de quem passa na feira é da empresa de Bruno Ribeiro. Do setor de construção civil, o empresário aproveitou a feira para mostrar os seus produtos que abrangem desde a linha industrial, mas também rural e residencial. “Estamos mostrando o que temos a oferecer na nossa área. Fechando contatos com futuros clientes”, destacou Ribeiro.
Liquida Tudo Araguaína
O evento é realizado pelo Sebrae em parceria com a Associação Comercial e Industrial de Araguaína (Aciara), Grupo Campelo e Prefeitura de Araguaína e apoio da Rensoftware, Midix Internet, SESI, PM, Corpo de Bombeiros e TV Anhanguera. O Liquida Tudo Araguaína conta com 54 expositores de diversos segmentos, além de Espaço Kids e Vila Gastronômica com apresentações culturais. A feira segue até este sábado, 19, no estacionamento do Atacadão Campelo, localizado na Avenida Filadélfia, das 11 às 21 horas.

sábado, 19 de outubro de 2019

Construtoras abrem vagas de emprego em BH e Ribeirão das Neves



O site de recrutamento do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG) está com sete vagas de emprego em construtoras localizadas em Belo Horizonte e Ribeirão das Neves. Entre os cargos disponíveis estão analista ambiental, analista de crédito imobiliário (duas vagas), corretor de imóveistécnico de segurança do trabalhoengenheiro civil e estágio em engenharia civil. Os interessados devem cadastrar o currículo no site vagas.recrutamentointeligente.net/sindusconmg.

A vaga de analista ambiental é para atuação em Belo Horizonte. O candidato deve possuir superior completo na área e experiência em trâmites de legalização de terrenos em incorporação. Entre os benefícios estão salário de R$ 3.500, vale-transporte ou ticket car, vale-refeição, plano de saúde e odontológico.

Para as vagas de analista de crédito imobiliário, os candidatos devem ter ensino médio completo e conhecimento nos programas SICAQ, SIOPI e CIWEB. O profissional contratado atuará em Belo Horizonte de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e aos sábados, das 9h às 13h. Ele receberá salário compatível com o mercado mais comissão, vale-refeição e vale-alimentação, vale-transporte, plano de saúde e seguro de vida em grupo.

Os profissionais com curso técnico de segurança do trabalho podem se candidatar à vaga em construtora de Belo Horizonte. Além da formação técnica, o candidato deve ter experiência em canteiro de obras na construção civil. Entre os benefícios estão vale-transporte ou combustível, vale-refeição e vale-alimentação, plano de saúde e seguro de vida. Há também vaga para corretor de imóveis em BH, em que o candidato deve ter Ensino Médio completo. Registro no CRECI será um diferencial. O contratado receberá salário fixo mais comissão, vale-transporte/combustível, vale-refeição e vale-alimentação.

Já a oportunidade para engenheiro civil é em Ribeirão das Neves, com horário de trabalho das 7h às 17h. É necessário ter superior completo em engenharia civil, registro no CREA, conhecimentos em AutoCad e nos sistemas SSO e SGQ e Excel intermediário. Para se candidatar à vaga, também é solicitada vivência na execução de obras de edificação (Minha Casa Minha Vida), obras residenciais e outros tipos imobiliários, além de liderança de equipes de campo na obra. O candidato deve enviar pretensão salarial para atuação como pessoa jurídica.

Para a vaga de estágio em engenharia civil, o estudante deve estar do 4º ao 7º período (de preferência no turno da noite). O horário de atuação, em construtora em Belo Horizonte, será das 7h às 14h. É solicitado ao candidato Excel intermediário e leitura de projeto avançado, além de competências como proatividade, responsabilidade, organização e trabalho em equipe. O estagiário receberá bolsa compatível com o mercado, vale-transporte e vale-alimentação.

No site de recrutamento do Sinduscon-MG, idealizado em parceria com o Grupo Selpe, as empresas associadas ao sindicato podem divulgar as vagas abertas gratuitamente. Os profissionais podem se candidatar às oportunidades disponíveis ou disponibilizar o currículo para as empresas, também de forma gratuita.

quinta-feira, 17 de outubro de 2019

Piauí que Trabalha: Parnaíba e União lideram vagas de empregos e jovens empreendem mais


O programa especial Viva Piauí que Trabalha desta quinta-feira (17) destacou as potencialidades do setor de serviços. O estado apresentou um crescimento de 7% na abertura de empresas e negócios. O número é considerado positivo diante do cenário de crise em que vivem o País.
Abertura de Empresas
Segundo dados da Junta Comercial do Piauí, em 2019, o número da abertura de novos negócios já ultrapassou 5 mil. A presidente da Junta, Alzenir Porto, afirma que o crescimento se deve a desburocratização do processo que foi totalmente informatizado. Agora, a documentação necessária fica pronta em três dias. No passado poderia levar um ano.  
“Era mais difícil porque não tinha nada informatizado. Não havia padronização do contrato. Eram 16 etapas a serem cumpridas. Levava mais de um ano para abrir uma empresa.”, diz Alzenir Porto.
A maior parte das empresas abertas no Piauí foram registradas nas cidades de Teresina, Picos e Parnaíba. Os novos empreendimentos são nas áreas de comércio, serviços, estéticas e saúde. O perfil do empreender é de jovens entre 18 e 25 anos.
Foto:YasmimCunha/CidadeVerde.com
Geração de Empregos
Os números de 2018 mostram que durante todo o ano passado a maior parte dos empregos gerados no Piauí ficou concentrada em 15% dos municípios. As cidades que mais criaram empregos foram Parnaíba, União e Teresina.
 
Na cidade de Parnaíba, os números se devem ao setor de turismo. Na cidade de União, as vagas abertas foram devido à usina de açúcar e álcool instalada na cidade. Em Teresina, o setor de serviço ainda se destaca bastante. 
Construção Civil
O que mostra o retorno do crescimento econômico é o retorno da abertura de vagas na área da construção civil. Impulsionada pelo crédito imobiliário, esse setor ampliou as contratações em 2019. Isso ocorre após cinco anos de dados negativos. 
Foram criados 1184 empregos com uma variação de 6%. O crescimento maior foi no mês de maio. Porém, o crescimento se mantém positivo nos outros cinco meses.  O crescimento do mercado imobiliário é apontado como o responsável pelo bom desempenho da  construção civil.  
O presidente do Sindicato da Indústria de Construção Civil de Teresina (Sinduscon), Francisco Reinaldo, afirma que as obras em Teresina impulsionam a contratação de mão de obra no setor.  “São obras do Governo Federal como o balão do Mercado do Peixe e a prefeitura abre novas vias. Isso ajuda na contratação ”, disse Francisco Reinaldo.
O superintende da Caixa Econômica no Piauí, Jonathan Borges, afirma que houve uma redução na taxa de juros para o financiamento de imóveis em 15%.
“Temos os indicadores de desemprego melhorando. Tem a oferta de imóveis para vender. Isso oferece às pessoas condições de negociações e opções de crédito. Com isso as construtoras devem construir mais e colocar mais imóveis à disposição. Assim, as construtoras terão que contratar mais para atender a demanda”, disse. 

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

Tecnologia empregada na construção civil reduz consideravelmente custo


Desde sempre no imaginário popular quando se fala em obra ou em construção civil, um tripé veem à mente: cimento, areia e água. Embora essa "receita" ainda seja de grande importância, cada vez mais a tecnologia empregada na produção dos materiais utilizados nas obras Brasil afora, tem transformado o setor. Mais que isso, a tecnologia tem possibilitado gerir melhor os recursos, sejam eles materiais ou humanos.

Foto: Divulgação / DINO


Para Paulo Santos, 50 anos, engenheiro, especializado em tecnologia da construção civil, um grande exemplo de que uma visão holística tem sido cada vez mais importante no setor é o Estádio Magalhães Pinto, mais conhecido como Mineirão. "Coordenar uma obra dessa importância exigiu uma logística eficiente, sem desperdícios, aproveitando materiais recicláveis e a utilização de metodologias de concretos especiais para reforço estrutural, o que gerou economia no custo de orçamentos para as empresas", destaca.


Santos foi um dos responsáveis pela reforma do Gigante para a Copa do Mundo de 2014. "Por ter sua fachada tombada, um dos desafios da revitalização interna foi a relação urbanística do Novo Mineirão com o Complexo Turístico da Lagoa da Pampulha e sua vizinhança. Procuramos intervir de forma respeitosa à topografia original da década de 60, mas radical levando em conta as demandas durante a Copa e também seu impacto como um legado autossustentável para a cidade", completa.

Com mais de 23 anos de experiência, Paulo tem em seu histórico profissional grandes obras, sendo responsável por orçamentos que muitas vezes ultrapassam a casa de R$60 milhões. "O fato de buscarmos sempre trabalhar com um time eficiente, com materiais de qualidade, mas de olho no budget, fez com que nos tornássemos referência no setor".

De olho no 5G


Uma frente que não para de crescer é a de estações de rádio base para telefonia. Só nesta área, Paulo comandou instalações para a VIVO e Telemig Celular.

Com a chegada da tecnologia 5G nos Estados Unidos e a crescente disputa com países como o Japão, Santos entende que a experiência acumulada até aqui pode e certamente possibilitará que ele atue naquele país, em breve. "Esse é meu objetivo agora, a América certamente é um mercado que tem muito a crescer, podemos potencializar os processos construtivos, com soluções mais econômicas e em harmonia com o meio ambiente", finaliza dando a dica de qual será sua próxima empreitada.

Website: http://www.paulosantos.com.br

terça-feira, 15 de outubro de 2019

Queda de juros anunciada pelo BRB empolga setor da construção civil

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Começou a valer nesta segunda-feira (14/10) a taxa de 6,99% ao ano para financiamento imobiliário para pessoa física no Banco de Brasília (BRB). A tarifa, a mais baixa entre os concorrentes e a menor registrada na história do país, anima o setor da construção civil e o mercado imobiliário. Entidades representativas da área apostam no aquecimento da economia com o incentivo à compra da casa própria e destacam que as consequências principais devem ser o crescimento das vendas e da geração de empregos.

A redução da tarifa pelo BRB, adiantada pelo Correio no domingo, segue tendência nacional. A concorrência entre as instituições financeiras e a redução da taxa básica de juros, a Selic, estimularam a derrubada dos valores em busca de potenciais clientes. Esse movimento, para representantes do setor, terá impacto rápido. “É um sinal concreto, efetivo para a área, porque não se trata de um estudo ou de uma avaliação para reduzir a tarifa, mas de uma redução, de fato, das taxas”, destaca o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF), Dionyzio Klavdianos.

Para ele, o fato de um banco local, como o BRB, oferecer taxa de juros menor do que a das maiores instituições do mercado estimula a população do DF a investir na compra de imóveis. “Há uma faixa muito grande dos clientes que precisam do financiamento para efetivar o negócio. Essa taxa viabiliza a compra e estimula as vendas. Consequentemente, investe-se mais em lançamentos”, acredita.

As taxas menores consolidarão um crescimento dos negócios que começou a ser percebido em 2019, avalia o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira. Segundo ele, até agosto, o valor geral de vendas alcançou R$ 1,58 bilhão. Em 2018, o número ficou em R$ 1,24 bilhão. “A nossa expectativa é de que, com esse movimento na taxa de juros, consigamos chegar ao dobro do que se conseguiu no ano passado e cheguemos aos R$ 2,5 bilhões”, prevê. A redução da taxa de juros, segundo ele, tem influência positiva no mercado, pois possibilita que mais clientes tenham acesso a casa própria. “Por isso, ampliar o número potencial de clientes se reflete diretamente no aumento de lançamentos.”

Além das grandes construtoras e incorporadoras, a queda nas tarifas tem efeito positivo para pequenas e médias empresas do ramo, avalia o presidente da Associação Brasiliense de Construtores (Asbraco), Afonso Assad. “A redução é muito bem-vinda, porque traz de volta investimentos. Isso, indiretamente, impacta as empresas menores, como as que são associadas a Asbraco, porque elas voltam a ser contratadas pelas maiores. A consequência é o crescimento do mercado como um todo”, argumenta.

Professor do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), Carlos Alberto Ramos concorda que a medida é positiva para o mercado em um momento em que o setor não se recuperou completamente da crise financeira. O especialista ressalta, porém, que há variáveis que precisam ser levadas em conta na projeção de crescimento. “A taxa de juros é um dos fatores importantes, mas também deve-se considerar as perspectivas das pessoas em relação ao futuro, a emprego e a salário. Vivemos um momento de incerteza, e o crescimento também depende disso”, complementa.

Condições


O diretor presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, explicou que o crédito imobiliário foi colocado como uma das prioridades da instituição, pois gera relacionamento de longo prazo com os clientes e fomenta a cadeia produtiva da construção civil. “Resolvemos ser bem agressivos”, disse em entrevista recente ao Correio para anunciar a redução.

O índice, de 6,99% ao ano, mais taxa referencial, será aceito para negociações pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), que vale para imóveis de até R$ 1,5 milhão, e pelo Sistema Financeiro Imobiliário (SFI), em que não há limite de custo. O prazo máximo para o crédito é de 420 meses (35 anos), e até 80% do valor total do imóvel pode ser financiado.

Para ter acesso à linha de crédito, além de ter conta-corrente no banco, o cliente precisa usar outros quatro serviços da instituição: crédito mensal de salário; cartão de crédito; mobile banking ativo; descontos com débito direto em conta. A estimativa do BRB é de que R$ 250 milhões sejam aplicados em financiamentos do tipo. O crédito é direcionado para todos os clientes do banco, mas servidores públicos do GDF contam com valores pré-aprovados disponíveis no aplicativo do BRB.

A servidora pública Samara Cristina Cardoso, 26 anos, é uma das clientes que espera conseguir concretizar o sonho de ter uma casa por meio do financiamento. “Estou louca para sair do aluguel. Busco isso a minha vida inteira. Antes, quando morava com a minha mãe e agora, que estou casada também”, contou. A taxa de juros mais baixa é um estímulo a mais, diz a funcionária do GDF, que se planeja para ajustar as finanças a fim de efetivar o empréstimo.

Colaborou Rayssa Brito (estagiária sob supervisão de Guilherme Goulart)

Crédito

6,99%
Taxa mínima para o crédito imobiliário, mais taxa referencial (TR)

420
Quantidade máxima de meses para o financiamento

80%
Porcentagem máxima do valor do imóvel que pode ser financiada pelo BRB

Palavra de especialista

Efeito positivo

“A redução na taxa de juros do financiamento imobiliário tem impacto na reativação do setor da construção civil, que sofreu muito depois do agravamento da crise econômica. Esse é um espaço de retomada para a capacidade ociosa que se tem. Os bancos fizeram redução bastante expressiva nesse sentido recentemente e agora é muito importante que o BRB venha trabalhar com taxas ainda menores. O efeito econômico é altamente positivo porque o setor da construção civil gera muitos empregos. A área oferta muitos postos de trabalho que não demandam grande formação acadêmica e há muitas pessoas que precisam hoje desse tipo de vaga.”, José Luiz Pagnussat, economista e membro do Conselho Regional de Economia do DF (Corecon-DF).

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

Construção civil retoma o crescimento e espanta o desemprego

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Um dos setores econômicos mais prejudicados pela crise nos últimos anos, o mercado imobiliário começa a despontar como a locomotiva da geração de empregos no país. A construção civil, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, foi a atividade que mais contribuiu com a geração de janeiro a agosto deste ano.

No período, houve a criação de 593 mil empregos, sendo a construção civil responsável por 96,5 mil delas – pouco menos de 20% do total. Como referência, no mesmo período de 2018 houve a criação de 568 mil empregos e a construção civil contribuiu com 65,5 mil postos (12% das vagas totais). “O crescimento da construção civil passa tanto pelo setor informal quanto pelas construtoras”, afirmou Eduardo Zaidan, vice-presidente de economia do Sinduscon-SP.

Um exemplo desse movimento é a MRV Engenharia, maior construtora de imóveis da América Latina. A empresa abriu, em agosto, 420 vagas de emprego em diversos cargos em todo o país para profissionais de vários níveis e áreas de formação – desde vendedores e consultores imobiliários até especialistas em segurança do trabalho.

“O mercado voltará a crescer porque é fundamental para economia como um todo”, disse o cofundador e presidente do Conselho de Administração da MRV, Rubens Menin, durante evento de celebração de 40 anos da companhia na última semana, em Belo Horizonte. “Os três maiores desafios do Brasil e do mundo são saúde, educação e moradia. Não existe desenvolvimento social sem a casa própria, que traz segurança e dignidade para as famílias”.

De fato, os indicadores mostram que, degrau por degrau, a atividade está subindo. Segundo levantamento do IBGE, a construção civil cresceu 2% no segundo trimestre de 2019 em relação ao mesmo período do ano passado, depois de cinco anos registrando quedas, ou 20 quedas consecutivas na comparação do mesmo intervalo.

Ainda de acordo com o instituto, o resultado ajudou a impulsionar o PIB brasileiro, que subiu 1% no trimestre quando comparado com 2018. Outro levantamento da consultoria Michael Page, feito a pedido da revista Exame, constatou que a procura por certos profissionais da área aumentou 300% nos nove primeiros meses deste ano ante o mesmo período anterior.

“O aquecimento está ligado à expectativa de mercado, principalmente com a baixa de juros e o cenário econômico mais favorável. O investimento na construção civil também teve uma retomada forte nos Estados Unidos, o que faz com que os investidores olhem para outros mercados, e no momento o mercado brasileiro tem atratividade maior”, disse Renato Trindade, gerente-executivo da Divisão de Operações de Propriedade e Construção da Michael Page. Para ele, os números refletem uma base baixa nos anos anteriores, mas ainda mostra uma retomada e um potencial grande de contratações para o próximo ano.

De acordo com a consultoria, as melhores oportunidades estão concentradas na região Sudeste, onde ficam as bases das maiores incorporadoras, especialmente São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Já no restante do Brasil, Trindade acredita que a retomada ocorrerá em ritmo mais lento. “Não temos um boom de empregos, mas um aumento de oportunidades para profissionais mais qualificados. As empresas têm olhado mais para a eficiência, buscando o profissional multifuncional, que mais possa agregar ao cargo”, disse.

domingo, 13 de outubro de 2019

Presença das mulheres na construção civil cresce 120% em 12 anos

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Busca por independência, aumento de renda ou falta de escolaridade. Estas são as razões mais comuns que fazem com que cada vez mais mulheres recorram a construção civil. Lá elas encontram não apenas uma renda sólida, mas também uma carreira. Com 109.006 trabalhadoras registradas em 2007 e 239.242 em 2018, de acordo com o IBGE, a presença de mulheres na construção civil cresceu 120% nesses 12 anos. 
“São muitas as mulheres em vulnerabilidade pela falta de emprego aliada a baixa escolaridade, mas a construção civil as abraça muito”, conta Maria do Amparo Xavier, a primeira mulher mestre de obras do estado e secretária de políticas para as mulheres do Sindicato da Construção Pesada e Montagem Industrial (Sintepav) na Bahia. Mesmo sendo uma área historicamente masculina, ela explica que a procura parte tanto das empresas quanto das mulheres.
Há mais de 30 anos na construção civil, Ana Rita Souza da Paixão, de 58 anos, atualmente exerce a função de ajudante prática, onde é responsável por aplicar o rejunte e realizar a limpeza  durante e no final da obra. “É um trabalho digno e que qualquer mulher pode fazer. Quando você se adapta, realmente acorda com aquela vontade e prazer de ir para o trabalho”.
Vinda do interior ainda jovem, onde trabalhava em plantações, Ana Rita é veemente quando diz que qualquer mulher é capaz de trabalhar na construção civil. Com ou sem curso profissional, muito é aprendido no dia a dia, e ela afirma que grande parte do que tem hoje conquistou graças ao seu trabalho no setor. “Trabalho com muito gosto desde 85 e sei que logo vou me aposentar, mas até lá espero incentivar e trazer ainda mais mulheres para a construção”.
O atual trabalho de Ana Rita é em um dos empreendimentos da construtora Santa Emília, há 20 anos em Salvador e que, de acordo com sua diretora de marketing, Luciana Segura, teve a entrada de mulheres nas obras bem naturalmente. “Percebe-se que há um movimento das mulheres para atuar ativamente no setor, assim como as empresas também estão mais abertas. Hoje, não é mais incomum ver mulheres trabalhando em diferentes fases da construção”.
Alerta profissional
Ainda existe, no entanto, muitos desvios de função, conta Maria do Amparo. “Em meu trabalho no Sintepav sempre tive muito cuidado em alertar essas mulheres e as empresas de que essas profissionais não podem, por exemplo, entrar como servente, fazer um trabalho como contadora e sair como servente. É algo que ainda debato muito atualmente, mas que já vinha falando antes mesmo do projeto”.
O Marias na Construção (nome dado em homenagem a Maria do Amparo) é um projeto da prefeitura iniciado este ano, que busca capacitar gratuitamente mulheres com escolaridade primária, com o Senai dando qualificação profissional, a Codesal oferecendo informações de segurança, o Sebrae informando sobre empreendedorismo e acesso ao crédito, e a Seinfra inserindo no mercado de trabalho as alunas destaques.
“O Marias  foi pensado sob medida para encaixar no perfil da mulher soteropolitana e possui o plus de ser um programa itinerante, que atende essas mulheres em seus próprios bairros”, explica a vereadora Rogéria Santos, idealizadora do projeto. Ela salienta que a carência de qualificação das mulheres  na cidade é grande, não só na construção.