quarta-feira, 1 de janeiro de 2020

Uma das alavancas do crescimento é a construção civil, diz presidente do BC

O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela Presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

O presidente Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou nesta quinta-feira, 19, que a projeção de crescimento da instituição para 2020 considera os efeitos na prática de algumas medidas tomadas pelo BC para impulsionar a construção civil. "Uma das alavancas do crescimento é a construção civil."

O Banco Central elevou sua expectativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, de 1,8% para 2,2%.

O novo porcentual consta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado nesta quinta. "A construção civil vinha vários anos com retrações seguidas, com boa parte do desemprego vindo do setor. Fizemos uma transição dos financiamentos corrigidos pela TR para o IPCA, com redução significativa no valor das parcelas do crédito imobiliário, o que já elevou a procura no setor", afirmou.

Campos Neto disse ainda que em breve alguns bancos começarão a oferecer financiamento imobiliário pré-fixado, sem correção nem pela TR e nem pelo IPCA.

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, já havia adiantado que o banco pretende oferecer linhas nesse modelo a partir de março de 2020. "Os bancos estão refinanciando crédito imobiliário a taxas mais baixas para não perder clientes", completou.

Crescimento com qualidade

O presidente Banco Central defendeu que o crescimento da economia brasileira em 2020 deve ser olhando não apenas pela quantidade, mas também pela qualidade. "Para nós, não é o 2,2% de projeção de alta do PIB Produto Interno Bruto em 2020 o mais importante. Mais importante é como vamos crescer em 2020", respondeu.

Campos Neto lembrou que as projeções de PIB consideram que a parte pública está ficando menor, enquanto a parte privada está crescendo. "O plano do governo é reinventar crescimento de forma mais privada", considerou.

E completou: "Temos grande parte do mundo com crescimento negativo e juros muito baixos. O nosso crescimento tem que ser uma reinvenção do crescimento do passado, quando o crescimento no Brasil foi fortemente impulsionado pelo gasto público."

Fonte; https://www.em.com.br/

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