segunda-feira, 29 de julho de 2019

Construção civil tem momento favorável no Estado do Amazonas

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Havia sete meses que o pedreiro Leonardo Câmara sustentava a família com trabalhos informais. A esposa, há dois anos desempregada, contribui para a renda familiar com a venda de picolés em casa. No entanto, há pouco mais de um mês ele conseguiu um emprego na construção civil. “Não é fácil manter a casa e os filhos”, afirma o pedreiro, pai de dois meninos, de 2 e 3 anos.
Leonardo é uma das 1.068 pessoas contratadas em junho para a área de construção civil no Amazonas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) que foram divulgados na última semana pelo Ministério da Economia.
O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. O saldo positivo de 48.436 mil empregos em junho foi resultado de 1.248.106 admissões contra 1.199.670 desligamentos ocorridos no período. No Estado, foram contratados 11.514 trabalhadores e demitidos 9.831
O levantamento mostrou ainda que houve 662 demissões só na construção civil, e o saldo do mês ficou em 406 pessoas empregadas no setor. Leonardo comemora ser um deles.
“Eu fazia “bicos” quando uns colegas chamavam e procurava qualquer coisa que botasse comida em casa. Um vizinho falou que uma construtora ia contratar, aí fui lá e, graças a Deus, gostaram de mim. Eles vão demitindo conforme a obra vai acabando, mas como faço acabamento também, já me disseram que vou ficar até o fim, em dezembro, mais ou menos”, diz Câmara.
Frank Souza, presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Manaus (Sinduscon), explica que o período é favorável para o setor. “É uma época boa para preparar o solo, o terreno, tem poucas chuvas, e isso conta. Mas as agendas têm melhorado em 2019 em relação a 2018, o mercado tem tido uma maior confiança, as secretarias têm sido mais receptivas. Houve uma redução de juros da Caixa Econômica, os outros bancos têm acompanhado, então, quanto maior o crédito, maior a contratação”, avalia.
Obras
Sem citar quantidade de construções públicas e privadas na capital, Souza destaca que as obras públicas puxadas pelo município de Manaus têm ajudado a geração de empregos. Em seguida estão as obras estaduais e federais.
Crescimento
No Amazonas, o maior saldo de contratados foi o da indústria com 509. Foi seguido da construção civil que contratou 1.068, desligou 662 e ficou com saldo de 406. O setor de serviços ficou com 309. E o comércio com 297.
No apurado de janeiro a junho, o saldo estadual é de 5.509 empregos com carteira assinada. Nesse período, contudo, o comércio apresenta saldo negativo de 1.189 contratos. Em relação aos últimos doze meses, o Amazonas registra 11.714 de resultado positivo.
O resultado de junho foi o melhor para o período desde 2013, quando, no mesmo mês, foram geradas 123.836 vagas. Em junho de 2018 foram registradas mais demissões do que contratações, gerando saldo negativo de 661 vagas.
Análise: Alfredo Lopes, consultor da Cieam
Os dados da Economia já mostram um discreto crescimento nacional, mas nada muito anormal, não dá para fazer festa, mas já é uma tendência nacional. Com os rumores da reforma da Previdência começam a mostrar alguns sinais de forma de investimento, então isso é motivo para a gente observar, primeiramente, depois de tanto tempo nessa crise disfarçada que não ia embora, a economia começa a mostrar algum ponto ou outro de recuperação.
Há uma discreta tendência para se manter esse número. O segmento de Duas Rodas, que é um segmento que gera muito emprego, que tem-se destinado e gerado muitos serviços, é o segmento que tem mostrando uma tendência na recuperação da Economia, apresentado um crescimento.
Comentário: José Fernando, economista da Fecomércio
Houve uma recuperação nos empregos no setor industrial, enquanto o comércio continua com uma leve queda, conforme os dados que nós temos. O segundo semestre, via de regra, é bem melhor que o primeiro pro comércio.
Nós esperamos uma reação favorável, mesmo porque o comércio já está se mobilizando e vem aí uma campanha muito forte para o Dia dos Pais, em seguida temos o Dia das Crianças, e antes do Natal tem a Black Friday, que inclusive já há uma movimentação grande de preparação. A data já entrou pro calendário e tem sido muito proveitosa para o setor.
Nós acreditamos que haverá um crescimento do comércio nesse segundo semestre, pelo menos a expectativa dos empresários está muito boa.
A expectativa é de recuperação de emprego, de mais oferta no setor porque temos essas datas que aquecem, que trazem movimentação da economia e que acabam gerando mais emprego.
Fonte: /www.acritica.com

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