terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Projeto obriga construção civil a contratar pelo menos 10% de mão de obra feminina

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2856/11, do deputado Jânio Natal (PRB-PA), que obriga empresas da área de construção civil a contratarem pelo menos 10% de mulheres. A proposta altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT – Decreto-lei 5.452/43).
O projeto também altera a Lei de Licitações (8.666/93) para tornar obrigatório a inclusão desse percentual mínimo para contratações de mulheres no edital de convocação ou, quando houver dispensa de licitação, no contrato administrativo.
Discriminação
O autor explica que o objetivo é combater uma inexplicável resistência à contratação de mulheres na área de construção civil. “Os empreiteiros normalmente ignoram as vantagens do trabalho feminino e não se sensibilizam com estudos, segundo os quais, a atitude sempre mais cautelosa e detalhista das mulheres contribui para a edificação de prédios mais confiáveis”.
O autor acredita que, uma vez obrigadas a contratarem mais mão de obra feminina e a vencer injustificáveis preconceitos, as empreiteiras da área – até por visarem lucro – logo passarão a admitir mais mulheres.
Tramitação
O projeto, que tramita em caráter conclusivo, será analisado pelas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.
Fonte:Agência Câmara de Notícias

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Construção civil inicia o ano com o pé no freio

Clique para Ampliar
FOTO: NATINHO RODRIGUES
De acordo com a Confederação, a falta de trabalhador qualificado é o principal problema apontado pelos empresários do setor hoje
O nível de atividade do setor, considerando todos os nichos, ficou abaixo dos 50 pontos pelo 5º mês seguido
São Paulo O setor de construção civil começa 2012 mais frio, tanto na atividade da indústria - obras de infraestrutura, edifícios e serviços relacionados - quanto no crédito imobiliário residencial. Segundo dados da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o nível de atividade da construção, considerando todos os nichos, ficou abaixo dos 50 pontos pelo quinto mês seguido, em dezembro de 2011. Resultado menor que 50 pontos significa retração.

Esse indicador - que terminou o ano passado em 49,1- considera o desempenho da indústria em relação ao esperado em cada mês. Já na comparação com a atividade do mês anterior, o resultado de dezembro de 2011 foi ainda mais fraco: 47,6 pontos.

A pior situação em dezembro, na comparação com o desempenho esperado para o próprio mês, foi a das empresas de pequeno porte (45,6 pontos). Em relação ao ramo de atividade, é o de obras de infraestrutura que mais tem sofrido: encerrou o ano passado aos 48,4 pontos , e completou 11 meses seguidos abaixo dos 50 pontos.

Desemprego
Considerando todos os segmentos, o número de empregados caiu em dezembro pelo 2º mês seguido. O indicador ficou em 48 pontos. Ainda de acordo com a CNI, a falta de trabalhador qualificado é o principal problema apontado pelos empresários do setor hoje. Em seguida, aparecem a carga tributária elevada e o alto custo de mão de obra.

Mas, apesar desse cenário, o indicador que mede a confiança do empresariado no mercado subiu de 56,1 em dezembro de 2011, para 59,4 pontos em janeiro de 2012, o que reflete mais otimismo no setor.

No mercado residencial, as construtoras estão ajustando o número de lançamentos para evitar "encalhe" e queda dos preços. "As empresas vão se concentrar este ano em reduzir custos e apresentar resultados financeiros melhores", diz Octávio de Lazari Junior, novo presidente da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

Crédito
Depois de manter um crescimento médio acima de 50% nos últimos sete anos, a expansão do crédito imobiliário residencial deve desacelerar em 2012 para 30%. A previsão da Abecip é que a concessão de novos empréstimos para compra da casa própria chegue perto de R$ 104 bilhões, neste ano.

Crédito imobiliário atinge R$ 80 bi em 2011
Os bancos concederam R$ 79,9 bilhões em empréstimos para a construção e compra de imóveis em 2011 com recursos da caderneta de poupança. O resultado é 42% maior do que em 2010 e novo recorde histórico do setor, segundo a Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança).

No ano passado, foram financiados 493 mil imóveis --17% a mais do as 421 mil unidades do ano anterior-- com recursos do chamado SBPE (Sistema Brasieiro de Poupança e Empréstimos).

Na comparação com 2010, foram liberados R$ 23,7 bilhões a mais em financiamento no ano passado. Os dados da Abecip consideram apenas os financiamentos com recursos da caderneta de poupança.

Em 2011, a captação líquida da poupança somou R$ 9,4 bilhões. O saldo da caderneta cresceu mais de R$ 30 bilhões entre janeiro e dezembro e encerrou o ano passado em R$ 330,6 bi.

Para 2012, a Abecip prevê uma desaceleração nas concessões de novos financiamentos. A expectativa é que os empréstimos cresçam entre 30% e 35%, segundo Octavio de Lazari Junior, presidente da associação.

Até 2014
Com o crescimento dos depósitos na poupança em ritmo bem menor ao da concessão de empréstimos imobiliários -65% dos recursos da caderneta são usados para financiar a casa própria- os bancos buscam alternativas para captar mais dinheiro e sustentar esse mercado. Até o ano passado, a previsão era que, em algum momento de 2013, os recursos da poupança não seriam mais suficientes para suprir o volume de crédito imobiliário. Mas, com a desaceleração prevista para o ritmo de concessão de novos empréstimos desse tipo em 2012, a expectativa agora é que a poupança "dure" até 2014.
Fonte:PINIweb

sábado, 28 de janeiro de 2012

Clube de Engenharia cria comissão para investigar desabamento de edifícios no Rio de Janeiro

Prédios caíram na última quarta-feira. Hipótese mais provável seria o rompimento estrutural de uma das construções


Mauricio Lima


Agência Brasil
Até o momento, 11 corpos foram encontrados sob os escombros
O Clube de Engenharia do Rio de Janeiro criou uma comissão independente para investigar a causa do desabamento de três edifícios no Rio de Janeiro, ocorrido na última quarta-feira (25).

De acordo com o vice-presidente do Clube de Engenharia e coordenador da comissão, Manoel Lapa, um grupo de quatro engenheiros civis com mais de 30 anos de experiência em estruturas participará da investigação. Atualmente, peritos da Polícia Civil conduzem as investigações.
O engenheiro afirma que a comissão só poderá começar os trabalhos no momento em que a defesa civil liberar a área, após o término das buscas por desaparecidos. Sobre as causas do desabamento, Lapa cogita que realmente tenha havido problemas estruturais no edifício. "Levando em consideração o depoimento das testemunhas, é possível perceber que ninguém ouviu barulho de explosão. Elas dizem ter ouvido estalos, o que pode caracterizar uma ruptura do concreto da estrutura", disse.

Segundo Luiz Consenza, coordenador da comissão de análise do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio de Janeiro (Crea-RJ), a hipótese de explosão ainda não foi descartada, mas é menos provável. "Se houvesse a explosão, o primeiro andar seria o primeiro a cair, mas as imagens mostram que o prédio caiu de cima para baixo", diz.

Agência Brasil
Trabalhos de investigação serão demorados, em função do grande volume de entulho

De acordo com Consenza, o Crea-RJ e a Polícia trabalham com a hipótese de que as obras realizadas no terceiro e nono andares de um dos edifícios possam ter causado o rompimento da estrutura. O engenheiro afirma que essas obras não estavam registradas junto ao Crea-RJ. "A última obra da qual temos registro nesse edifício data de 2008. Queremos agora descobrir quem era o engenheiro responsável pela obra para verificar exatamente quais trabalhos estavam sendo realizados no edifício", afirma. Segundo Consenza, o advogado da empresa responsável pela ocupação do prédio afirmou que as obras eram somente de troca carpete e de pintura.
Consenza acrescenta, no entanto, que independentemente das obras, o edifício já apresentava indícios de problemas estruturais como, por exemplo, a colocação de janelas na empena cega do prédio, entre outros. Segundo ele, o Crea-RJ também está apurando as declarações de que o prédio teria sido afetado estruturalmente pelas obras do metrô realizadas anteriormente, mas que a teoria também não é provável.
Sobre o resultado das investigações, o engenheiro afirma que os trabalhos serão demorados, em função do grande volume de entulho.
Até o momento, 11 corpos foram encontrados nos entulhos dos três edifícios. O maior prédio, de 20 andares, data de 1940 e teria sido o primeiro a desabar. Os outros dois edifícios, um de 4 andares e outro de 10 andares, construídos em 1938, teriam caído com o peso dos escombros do prédio maior.

Fonte: PINIweb

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Confiança dos empresários da construção cresce no mês de janeiro

Redução da taxa de juros e desoneração tributária contribuíram para a melhora na expectativa, segundo pesquisa da CNI


Mauricio Lima

A confiança dos empresários da construção civil no setor cresceu mais uma vez, apresentando alta entre o mês de janeiro e dezembro. O resultado foi divulgado ontem (23) no índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI), elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a pesquisa, o setor da construção registrou 59,7 pontos em janeiro, valor 1,8 ponto maior que em dezembro. Na pesquisa, índices maiores que 50 pontos representam alta.
Segundo o economista da CNI Marcelo de Ávila, o aumento da confiança no início do ano é normal, mas que a alta mais forte com relação aos anos anteriores pode representar mais confiança na retomada do crescimento da atividade industrial. "A expectativa de manutenção de redução da taxa de juros e as medidas adotadas pelo governo de desoneração tributária contribuem para essa melhora nas expectativas", justifica.
No mês de janeiro, o setor que apresentou menor alta na confiança foi o de construção de edifícios, que registrou 57,8 pontos, ante 56,5 registrados em dezembro. Infraestrutura fechou o mês com 61 pontos, alta de 1,6 ponto, e serviços especializados registraram 61,9 pontos (alta de 2,9 pontos).
Levando em conta todos os setores, o ICEI cresceu 2,5 pontos, registrando 57,3 pontos, maior alta nos últimos dois anos. O ICEI teve o maior índice de crescimento desde janeiro de 2010, quando começou a série mensal do levantamento, que antes era trimestral. Mesmo com este aumento, o indicador continua 4,7 pontos abaixo do registrado em janeiro de 2011 e inferior à média histórica, de 59,3 pontos.

Fonte: PINIweb

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Municípios têm só mais um ano para a criação de planos de gestão de resíduos da construção

Resolução do Conama determina que planos estejam em funcionamento nos próximos 18 meses



Marcelo Scandaroli
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) publicou, na última semana, a resolução 448, que traz alterações para a resolução 307, estabelecendo diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. De acordo com a nova resolução, os municípios têm 12 meses para a elaboração do seu Plano Municipal de Gestão de Resíduos da Construção Civil, que deverão ser implementados em até seis meses após a sua publicação. A resolução permite que os planos sejam elaborados em conjunto por municípios.
Segundo o Conama, os planos deverão conter "as diretrizes técnicas e procedimentos para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local e para os Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil a serem elaborados pelos grandes geradores, possibilitando o exercício das responsabilidades de todos os geradores".
Além disso, o plano deverá estabelecer processos de licenciamento para as áreas de beneficiamento e reserva de resíduos e de disposição final de rejeitos. A resolução traz também mudanças nas áreas onde os resíduos de construção podem ser dispostos.

Fonte: PINIweb

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Conheça os edifícios mais altos do mundo construídos em 2011

China, Emirados Árabes e Coreia do Sul lideraram construções de arranha-céus no ano. Ao todo, 88 prédios com mais de 200 m de altura foram concluídos


Mauricio Lima

O ano de 2011 foi significativo na construção de arranha-céus por todo o mundo. Esse é o resultado do relatório desenvolvido pelo Council on Tall Buildings and Urban Habitat (CTBUH), que apontou que 17 dos 100 maiores edifícios do planeta tiveram suas construções finalizadas no ano passado. Desses 17, seis foram construídos na China, cinco nos Emirados Árabes e cinco na Coreia do Sul.
Ao todo, 88 novos prédios com mais de 200 m foram concluídos em 2011, sendo a torre Kingkey 100, do escritório TFP Farrells, em Shenzhen, na China, com 442 m, o mais alto de todos. Os Emirados Árabes conquistaram as próximas duas posições. Em segundo lugar, ficou a Al Hamra Firdous Tower, projetada pelo escritório Skidmore, Owings & Merrill (SOM), na cidade do Kuwait, com 413 m. O edifício 23 Marina, assinado pelo escritório Hafeez, com 393 m e localizado na cidade de Dubai, ficou em terceiro.
O conselho chama a atenção também para o fato de que o uso dos edifícios está mudando. Anteriormente, os arranha-céus eram exclusivamente para escritórios. Em 2000, 85% dos 100 edifícios mais altos eram somente de escritórios. Agora, apenas 50 se mantêm nessa lista. Já o número de edifícios de uso misto vem crescendo, chegando a 31 edifícios entre os 100 maiores. Em termos de localização, a Ásia se mantém no topo, com 46 dos 100 maiores edifícios, enquanto a Europa conta somente com um.
As cidades do Panamá (Panamá), com 10 edifícios, Abu Dhabi (Emirados Árabes) e Busan (Coreia do Sul), com nove prédios cada, foram as que mais completaram arranha-céus em 2011. Até 2010, essas três cidades acumulavam somente seis prédios com mais de 200 m de altura, mas foram responsáveis pela construção de 32% dos arranha-céus no ano passado.
De acordo com o conselho, é esperado que 2012 supere essa quantidade de projetos, mantendo o aumento até o final da década, principalmente pelas construções na China, que atualmente está com mais de 180 projetos de arranha-céus em obras. "Com mais de 300 projetos de edifícios que ultrapassam os 200 m em andamento, é esperado que a velocidade do desenvolvimento de edifícios altos continue aumentando", diz o relatório.
Confira os 10 edifícios mais altos construídos em 2011:
1. Kingkey 100, de TFP Farrells
Altura: 442 m
Andares: 100
Local: Shenzhen, China

Divulgação: CTBUH

2. Al Hamra Firdous Tower, de Skidmore, Owings & Merrill
Altura: 413 m
Andares: 77
Local: Cidade do Kuwait, Kuwait
Divulgação: SOM
3. 23 Marina, de Hafeez
Altura: 393 m
Andares: 90
Local: Dubai, Emirados Árabes

Divulgação: CTBUH

4. Tianjin Global Financial Center, de Skidmore, Owings & Merrill
Altura: 337 m
Andares: 74
Local: Tianjin, China

Divulgação: CTBUH

5. The Torch, de Khatib & Alami
Altura: 337 m
Andares: 79
Local: Dubai, Emirados Árabes

Divulgação: CTBUH

6. Longxi International Hotel, de A+E Design
Altura: 328 m
Andares: 74
Loca: Jiangyin, China

Divulgação: CTBUH

7. Wenzhou Trade Center, de RTKL
Altura: 322 m
Andares: 68
Local: Wenzhou, China
8. Etihad Towers T2, de DBI Design e AECOM
Altura: 322 m
Andares: 38
Local: Abu Dhabi, Emirados Árabes

Divulgação: CTBUH

9. Northeast Asia Trade Tower, de Kohn Pedersen Fox Associates
Altura: 305 m
Andares: 38
Local: Incheon, Coreia do Sul

Divulgação: CTBUH

10. Doosan Haeundae We've the Zenith Tower A, de DeStefano + Partners
Altura: 301 m
Andares: 80
Local: Busan, Coreia do Sul
Divulgação: CTBUH
Confira a lista completa dos edifícios elencados pelo Council on Tall Buildings and Urban Habitataqui.

Fonte:PINIweb

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Estrutura de túnel de manobras é remodelada para abrigar estação de metrô no Rio de Janeiro

Cargas de apoios localizados a cada 2 m foram transferidas para pilares metálicos em forma de árvore, sem interromper o fluxo dos carros na avenida acima


Ana Paula Rocha

A obra da parte estrutural da estação Uruguai, continuação da Linha 1 do metrô do Rio de Janeiro, entrou na fase final. O terminal ocupa o espaço do túnel conhecido como "Rabicho da Tijuca", que era utilizado anteriormente como um estacionamento e garagens de trens. O investimento bruto na obra é de R$ 220 milhões.

Marcelo Scandaroli
Pilares em forma de árvore já sustentam a estrutura da estação


"Essa é a 36ª estação do sistema. Hoje a estação Saens Peña é a final da Linha 1. A expectativa é de atender 20 mil usuários por dia, mas pode ser que chegue a 50 mil", afirma Christóvão Cunha Esmeraldo, gerente de contrato da Construtora OAS.
Como o espaço não foi previsto anteriormente para virar uma estação, o túnel de manobras tinha duas linhas de pilares a cada 2 m, o que inviabilizaria o embarque e desembarque de passageiros na plataforma. A solução encontrada pelos projetistas foi substituir os apoios por uma única linha de pilares de aço em forma de árvore, que transmitem a carga estrutural das hastes para o seu eixo central. A antiga sustentação deve ser demolida após a transferência de carga.
O problema, no entanto, foi a execução desses novos pilares. O projeto original sugeria a construção de duas novas linhas de torres metálicas próxima aos pilares de concreto antigos para segurar a estrutura enquanto eles eram removidos. Depois montava-se os pilares-árvore, realizava-se a transferência de carga para a nova estrutura e as torres metálicas seriam desmontadas. "Com isso, nós precisaríamos fazer duas transferências de carga: uma para as torres metálicas e outra para as árvores. O prazo de execução era estimado em 15 meses", conta o projetista estrutural João Luis Casagrande, sócio-diretor da Casagrande Engenharia & Consultoria.

A solução foi descartada não só por consumir muito tempo, como também por ser um risco para a estrutura existente. "Cada transferência de carga é um momento de risco para a estrutura, podendo gerar fissuras, já que é uma estrutura extremamente estática", explica Casagrande.

Por isso, a construtora e o projetista optaram pelo transporte das árvores semi-montadas para o local de instalação, fazer o seu "macaqueamento" até a posição necessária e, por fim, executar a transferência de carga.

No entanto, o túnel de manobras era estreito e sem acessos, dificultando o transporte das árvores. A linha do metrô, por sua vez, só poderia ser aproveitada durante três horas na madrugada, quando os trens paravam de funcionar, inviabilizando o trabalho da construtora. "Além disso, não queríamos transportar a árvore em peças e fazer solda lá embaixo porque se perde muita qualidade no serviço. Optamos então por usar um poço de ventilação no final do túnel", lembra Casagrande.

"Com isso, o prazo de montagem da nova estrutura que antes era estimado em 15 meses foi reduzido para quatro meses", diz Esmeraldo. Hoje, todas as 23 árvores, distanciadas a cada 6 m, já foram montadas e 12 delas transferidas. Após a finalização da estrutura, a construtora ainda deve concluir a construção dos acessos e iniciar a fase de acabamento e instalações internas. A previsão é de que a estação Uruguai seja aberta somente em 2013, após todos os testes de comissionamento.


Marcelo Scandaroli
Materiais entravam por meio do poço de ventilação (à esquerda) e seguiam pelo túnel para as suas posições de projeto (à direita)


Marcelo Scandaroli
Túnel de manobras tinha pilares a cada dois metros

Fonte: PINIweb

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Construção civil da Capital precisa de 3 mil com urgência

Campo Grande precisa com urgência de pelo menos 3 mil operários da construção civil (pedreiros, carpinteiros, eletricistas, técnicos em hidráulica, serventes e meio oficiais, entre outros). As construtoras estão encontrando muita dificuldade para preencher seus quadros de funcionários. A empresa MRV Engenharia é uma delas. Ela precisa contratar imediatamente 400 trabalhadores e para isso começou no sábado (7) uma campanha que prevê até sorteio de prêmios para quem se inscrever para as vagas disponíveis. A informação é de Samuel da Silva Freitas, presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil).

Samuel participou no sábado dos trabalhos da empresa de engenharia no Horto Florestal de Campo Grande, para onde os candidatos foram chamados para se inscrever. A empresa, segundo o líder sindical, vai repetir a campanha no próximo sábado, com novos sorteios de prêmios, lanches e outros atrativos. 

José Abelha, presidente interino do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande – Sintracom/CGMS também participou do evento e confirmou a falta de profissionais para preencher as vagas nas diversas empresas construtoras da cidade. 

Para atrair a concorrida e escassa mão-de-obra as empresas estão oferecendo inúmeras vantagens como: Salário compatível com o mercado; Prêmio Produtividade; Cesta Básica; Café da manhã e almoço; Vale transporte (com o desconto de apenas 1%) e Projeto Profissionalizante “Escola na Obra”, entre outros.

Samuel Freitas informou que a indústria da construção civil está bem aquecida há alguns anos em Campo Grande, assim como nas principais cidades de Mato Grosso do Sul, especialmente Dourados, Três Lagoas e Ponta Porá. “Com a economia nacional em crescimento, graças ao poder de compra dos trabalhadores, que aumentou nos últimos anos, a construção civil tem crescido numa velocidade incrível. Por isso tem faltado mão-de-obra especializada para o mercado”, afirmou. 

QUALIFICAÇÃO URGENTE – A CGTB e o Sintracom, segundo Samuel Freitas, vão pedir ao Governo do Estado e à iniciativa privada para que promovam, com urgência, meios para qualificação profissional para permitir que novos trabalhadores entrem no mercado com conhecimento das diversas especialidades que o setor necessita.

Samuel lembrou que a última formação ocorreu em 2009, quando 800 trabalhadores foram formados para entrar no mercado. De lá para cá, as coisas pararam e agora é preciso retomar esse trabalho com urgência, afirma.


Fonte: MS Notícias

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Licitação de projeto executivo do túnel Santos-Guarujá é lançada

Consórcios devem ter consultores externos em túnel submerso, navegabilidade e tecnologia de concreto


Luciana Tamaki


Divulgação
Foi lançado semana passada edital de licitação para contratação de projeto executivo para a construção do túnel que ligará as cidades de Santos e Guarujá. As propostas devem ser entregues ao Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) até as 10 h do dia 17 de fevereiro. O valor de referência para o projeto está em R$ 33.752.000,00. O custo da obra está orçado em R$ 1,3 bilhão.
As projetistas poderão participar em consórcios de até três empresas, com participação mínima de 30% para cada sócio. Além disso, cada consórcio terá a obrigatoriedade de apresentar três consultores externos, sendo um experimentado em tecnologia de concreto, um em projeto de túnel imerso e outro em navegabilidade.
A técnica de túnel imerso, inédita no Brasil, é feita a partir de perfis de concreto armado pré-moldados em uma doca seca, que são selados e rebocados flutuando até seu local definitivo, onde são afundados. Embaixo d''''água, os perfis são conectados uns aos outros através de juntas apropriadas que garantem sua estanqueidade.
Uma das vantagens deste método sobre o túnel escavado, segundo o Dersa,  é sua menor profundidade de implantação, que, por sua vez, necessita de menores rampas de acesso e portanto menor custo.
O futuro túnel ligará os bairros de Outeirinhos (Santos) a Vicente de Carvalho (Guarujá) e permitirá, na sua inauguração, o tráfego de veículos, caminhões, pedestres e ciclistas. A solução também será compatível com o sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que deverá ser implantado na Baixada Santista.
Túnel ou ponte?
A respeito das discussões se a melhor opção de travessia seca seria um túnel ou uma ponte, o Dersa esclarece que sua escolha pelo túnel foi baseada em seus estudos de viabilidade técnico-econômica, realizados entre fevereiro e agosto de 2011, sem interesses políticos ou privados.
Foram avaliadas características das demandas locais e regionais de tráfego, bem como simulações que consideraram 13 projetos diferentes de travessia seca (pontes e túneis), agrupados em sete posições distintas.
Também foram usadas informações sobre origem e destino coletadas em 7.500 entrevistas, além de contagem de tráfego em cerca de 30 pontos diferentes das rodovias e da malha viária de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão.
Segundo o Dersa, esses estudos concluíram que o posicionamento da travessia em um ponto intermediário do canal produz o melhor desempenho global para o dispositivo, e tal posicionamento a opção de ponte seria inviável.
A solução em túnel não interfere no limite de altura para passagem de navios de 85 m, estabelecido pela autoridade portuária, nem com o gabarito aéreo do Aeroporto do Guarujá. Essa alternativa, segundo estudos técnicos do Dersa, ainda possibilita a implantação de um canal de navegação com 200 m de largura, que permite a passagem simultânea de dois navios, e o aprofundamento deste canal até 21 m.
Para o professor Tarcísio Celestino, membro do Comitê Executivo da ITA (International Tunnelling and Underground Space Association), "Estas plataformas praticamente não têm limite de altura e uma ponte poderia limitar a entrada de plataformas no Porto, impedindo uma atividade de grande importância para a economia da Baixada".
As rampas de acesso para uma ponte também foram um impeditivo na definição do dispositivo: "Pontes representam a alternativa ideal quando existe condição topográfica de encontros elevados fora de ambiente urbano, onde as rampas de aproximação não representam impacto negativo. Porém, dentro de uma cidade sem elevações dos encontros, as quilométricas rampas de acesso são inaceitáveis por causarem grande degradação urbana", conclui o engenheiro.

Fonte:PINIweb