Consórcios devem ter consultores externos em túnel submerso, navegabilidade e tecnologia de concretoLuciana Tamaki | |
As projetistas poderão participar em consórcios de até três empresas, com participação mínima de 30% para cada sócio. Além disso, cada consórcio terá a obrigatoriedade de apresentar três consultores externos, sendo um experimentado em tecnologia de concreto, um em projeto de túnel imerso e outro em navegabilidade. A técnica de túnel imerso, inédita no Brasil, é feita a partir de perfis de concreto armado pré-moldados em uma doca seca, que são selados e rebocados flutuando até seu local definitivo, onde são afundados. Embaixo d''''água, os perfis são conectados uns aos outros através de juntas apropriadas que garantem sua estanqueidade. Uma das vantagens deste método sobre o túnel escavado, segundo o Dersa, é sua menor profundidade de implantação, que, por sua vez, necessita de menores rampas de acesso e portanto menor custo. O futuro túnel ligará os bairros de Outeirinhos (Santos) a Vicente de Carvalho (Guarujá) e permitirá, na sua inauguração, o tráfego de veículos, caminhões, pedestres e ciclistas. A solução também será compatível com o sistema de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) que deverá ser implantado na Baixada Santista. Túnel ou ponte? A respeito das discussões se a melhor opção de travessia seca seria um túnel ou uma ponte, o Dersa esclarece que sua escolha pelo túnel foi baseada em seus estudos de viabilidade técnico-econômica, realizados entre fevereiro e agosto de 2011, sem interesses políticos ou privados. Foram avaliadas características das demandas locais e regionais de tráfego, bem como simulações que consideraram 13 projetos diferentes de travessia seca (pontes e túneis), agrupados em sete posições distintas. Também foram usadas informações sobre origem e destino coletadas em 7.500 entrevistas, além de contagem de tráfego em cerca de 30 pontos diferentes das rodovias e da malha viária de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão. Segundo o Dersa, esses estudos concluíram que o posicionamento da travessia em um ponto intermediário do canal produz o melhor desempenho global para o dispositivo, e tal posicionamento a opção de ponte seria inviável. A solução em túnel não interfere no limite de altura para passagem de navios de 85 m, estabelecido pela autoridade portuária, nem com o gabarito aéreo do Aeroporto do Guarujá. Essa alternativa, segundo estudos técnicos do Dersa, ainda possibilita a implantação de um canal de navegação com 200 m de largura, que permite a passagem simultânea de dois navios, e o aprofundamento deste canal até 21 m. Para o professor Tarcísio Celestino, membro do Comitê Executivo da ITA (International Tunnelling and Underground Space Association), "Estas plataformas praticamente não têm limite de altura e uma ponte poderia limitar a entrada de plataformas no Porto, impedindo uma atividade de grande importância para a economia da Baixada". As rampas de acesso para uma ponte também foram um impeditivo na definição do dispositivo: "Pontes representam a alternativa ideal quando existe condição topográfica de encontros elevados fora de ambiente urbano, onde as rampas de aproximação não representam impacto negativo. Porém, dentro de uma cidade sem elevações dos encontros, as quilométricas rampas de acesso são inaceitáveis por causarem grande degradação urbana", conclui o engenheiro. Fonte:PINIweb |
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Licitação de projeto executivo do túnel Santos-Guarujá é lançada
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