sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Construção Civil pode retomar a geração de empregos em Minas Gerais

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A construção civil, tradicionalmente um setor intensivo em mão de obra, tem sido o maior vilão do emprego formal em Minas Gerais. Em 2016 e 2017, o setor eliminou 38,9 mil postos de trabalho no Estado, já descontadas as admissões do período. No entanto, o ambiente econômico atual do País, com inflação abaixo da meta, juros básicos (Selic) baixos e a retomada da confiança do empresário do setor trazem uma expectativa de retomada dos empregos no setor.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), em 2017 a construção civil foi o único setor com saldo (admissões – demissões) negativo de emprego formal. No ano passado, o segmento eliminou 4,3 mil postos de trabalho. Somado ao saldo negativo de 34,6 mil vagas de 2016, nos últimos dois anos, a construção fechou 38,9 posições.

Porém, o economista do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Daniel Furletti, avalia que a crise econômica do País terminou. Segundo ele, sinais como a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) -, fechando 2017 em 2,95%, abaixo da meta, a redução dos juros e o maior acesso ao crédito comprovam que a recessão acabou.

“2017 preparou um 2018 melhor porque ficou claro o fim da recessão, com inflação sob controle, Selic a 7% e com previsões de cair ainda mais neste ano, e ainda temos uma estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 1% em 2017 sobre dois anos anteriores de queda. Tudo isso cria um ambiente melhor e isso rebate no emprego”, argumentou o economista.

Além disso, o próprio empresário da construção civil no Estado está mais confiante, conforme destacou Furletti. O Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção de Minas Gerais (Iceicon-MG) de janeiro ficou em 52 pontos, acima dos 50 pontos considerados índice de confiança.

Conforme o economista, esta é a quinta alta consecutiva do Iceicon-MG e o melhor resultado para janeiro dos últimos cinco anos. “O índice é composto por dois indicadores: um é a expectativa e o outro as condições gerais de negócios. Os dois estão melhorando, mas as expectativas estão puxando a alta. Isso é importante porque a confiança representa o primeiro elo para o investimento”, disse.

Apesar de os números finais ainda não estarem fechados, a construção civil de Minas Gerais deve encerrar 2017 com queda de 6,4% no seu PIB sobre 2016. Se confirmado, o resultado irá representar a quarta queda consecutiva da atividade no Estado, gerando uma retração acumulada de 25,86% nos últimos anos. A baixa é ainda mais grave que a registrada pelo setor em nível nacional, estimada em 21,28% no acumulado de 2014 a 2017.

Fonte: http://diariodocomercio.com.br

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