segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Empresários da construção civil estão confiantes em recuperação da economia, diz pesquisa



Depois de duas quedas seguidas, o Índice de Confiança do Empresário da Indústria da Construção (ICEI-Construção), que mede a disposição dos empreendedores do setor da construção civil, subiu para 51,8 pontos em agosto, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O indicador foi 2,9 pontos superior ao de julho, o que representa a passagem da linha dos 50 pontos, que marca a divisão entre confiança e falta de confiança na área.
A média histórica é de 52,9 pontos e, neste ano, ela já tinha chegado aos 53,8 pontos em maio, antes da paralisação dos caminhoneiros pelo país. Nos meses anteriores, ela não passou dos 48,9 pontos.
Para a CNI, mesmo com as incertezas políticas e os efeitos da tabela do frete mínimo elaborada pelo governo após os atos dos caminhoneiros, a confiança tende a crescer nos meses seguintes.
O indicador de expectativas subiu para 55,3 pontos em agosto, o que significa otimismo para os próximos seis meses. O índice de condições atuais, que ficou em 45 pontos, continua abaixo da linha dos 50 pontos, indicando que os empresários estão pessimistas em relação à situação atual do setor. Os demais indicadores de expectativa também subiram e ficaram acima dos 50 pontos em agosto.
"Isso mostra que os empresários esperam o crescimento do nível de atividade, de novos empreendimentos e serviços, da compra de matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses", diz a CNI.
O CEO da Brasil Brokers, Claudio Hermolin, afirma que já vê essa recuperação acontecendo na área imobiliária de Niterói, seu maior mercado. "A cidade sempre foi atrativa para o mercado imobiliáriopelo alto IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e pela localização privilegiada, próxima tanto do Rio quanto da região de Maricá, São Gonçalo e Itaboraí, que tem um desenvolvimento econômico promissor", disse.
"Mas a crise econômica e a do petróleo (para as cidades que recebem royalties) fizeram os valores dos imóveis despencarem. O que se vendeu ao longo desses últimos dois anos foram estoques. Mesmo assim, o desempenho foi positivo no ano passado, apesar de ainda tímido. Isso abre espaço para que venha uma nova safra de lançamentos este ano. A crise no Rio faz com que Niterói fique mais atrativa", completa.
O ministro das Cidades, Alexandre Baldy, disse no final de setembro que a retomada do crescimento do setor imobiliário depende de medidas que possam alavancar a economia, gerando renda para que as famílias possam financiar os seus imóveis. Ele ainda afirmou acreditar que outras ações fundamentais para resgatar o crescimento econômico são o ajuste fiscal e a aprovação da reforma da Previdência.
Mesmo com a melhora nos indicadores de expectativa, o setor continua enfrentando dificuldades para se recuperar. Ainda que o ritmo de queda tenha diminuído, o nível de atividade e de emprego no setor continua caindo. O indicador de nível de atividade ficou em 48 pontos e o de número de empregados foi 46,2 pontos em julho. Os dois índices variam de zero a 100 pontos e, quando estão abaixo dos 50 pontos, indicam queda na atividade e no emprego.
Fonte: www.agoravale.com.br

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