O último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, divulgado na última sexta-feira (20), aponta que Juiz de Fora perdeu vagas de emprego pelo segundo mês consecutivo.
Em maio, foram 254 postos de trabalho a menos, enquanto em junho, a queda se repetiu, com 19 vagas a menos. Entretanto, os dados acumulados dos seis primeiros meses deste ano mostram que a cidade apresentou saldo positivo nesse período, com um total de 611 novas oportunidades.
Somente em junho deste ano, o setor que mais gerou vagas foi o de serviços, que abriu 286 postos de trabalho, enquanto a queda foi puxada principalmente pela indústria de transformação, que perdeu 133 cargos.
Comércio foi o que mais apresentou perda de vagas nos seis primeiros meses deste ano em Juiz de Fora, aponta Caged (Foto: Reprodução/TV Integração)
Para o economista José Adum, o número de pessoas que estão deixando o trabalho formal para buscar alternativas no empreendedorismo pode ser uma das razões do aumento no segmento de prestação de serviços.
"Acredito que as pessoas começam por conta própria, pelo desemprego ou por outros fatores. A pessoa acaba trabalhando nos serviços por falta de opção no comércio ou na indústria", avaliou.
Para ele, a partir do momento em que a indústria não vende, ela tem que diminuir a produção e, portanto, o número de empregados.
"Isso tudo é um ciclo. Se você não tem emprego, não tem venda, você não gera necessidade de produção, e acaba com isso, dispensando a mão de obra", explicou.
Primeiro semestre
Nos seis primeiros meses de 2018, o setor que mais se destacou foi o de serviços, que teve um total de 1.373 vagas, enquanto a área que mais demitiu foi a do comércio, com 835 rescisões. Segundo Adum, a situação ainda é reflexo da reestabilização econômica do país.
"O comércio, em relação à questão de empregos na indústria, se relaciona com a renda per capita. A indústria geralmente gera o salários maiores, com maior qualificação, e isso reflete no comércio", disse.
Adum presumiu ainda que o desemprego causou a queda do consumo e que isso prejudicou diretamente o comércio na cidade.
"De forma geral, a partir do momento em que você tem o desemprego, é tendência das pessoas deixarem de consumir, seja um produto ou serviço, o que acaba refletindo no comércio", explicou.
Outros dois setores que também geraram emprego foram a indústria de transformação, que teve 49 novas vagas e a construção civil, que contratou 46 pessoas. O setor agrícola também abriu oportunidades, com um saldo positivo de seis empregos.
As áreas serviços industriais de utilidade pública e administração pública também perderam vagas. Foram 28 oportunidades a menos entre janeiro e junho deste ano. A única que não abriu nem perdeu cargos foi a extração mineral, que manteve um saldo de zero vagas.
Fonte: g1.globo.com/mg/zona-da-mata
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