No início do ano, o cenário para o setor da construção civil se mostrava mais positivo se comparado com o ano anterior. As construtoras mostravam confiança na retomada da economia e, consequentemente, em um retorno do crescimento do setor, mesmo que lento e gradual. Porém, a questão é que ao chegar na metade do ano sem grandes mudanças ou melhorias na conjuntura econômica brasileira, as incorporadoras passaram a acreditar que a volta da curva crescente seria ainda mais lenta do que o esperado. Porém, o mercado tem proporcionado um conjunto de medidas que promete impulsionar a construção civil do país, inclusive em Pernambuco. Primeiro foi a redução das taxas de juros para pessoas físicas e agora para pessoas jurídicas. Além disso, o teto para financiamento de um imóvel aumentou em todo o Brasil.
A construção civil é um setor que tem um ciclo mais longo, já que do estudo à conclusão de uma obra pode durar alguns anos. Com a instabilidade econômica, construtoras passaram a segurar os lançamentos. Por outro lado, com o aumento do desemprego e as incertezas em relação à renda, os clientes deixaram de buscar por imóveis por ser um investimento alto e a longo prazo. Com a perspectiva de uma retomada mais lenta do que a esperada pelo setor, o próprio mercado passou a oferecer uma série de ações para alavancar a construção. "As várias ações repetidas criam um ambiente mais positivo e o otimismo vai melhorando, mas não são a solução para tudo. É preciso que a macroeconomia e a estabilidade melhorem para evoluir esse ciclo", explica Gildo Vilaça Filho, presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Pernambuco (Ademi-PE).
Depois de reduzir a taxa de juros para pessoa física neste ano, a Caixa Econômica Federal apontou recentemente a redução nos juros do crédito imobiliário também para pessoas jurídicas, o que promete impulsionar a ponta das construtoras. "Existe esse conjunto de medidas que estamos adotando que vai alavancar os financiamentos e também o setor", afirma Paulo Antunes de Siqueira, vice-presidente de Habitação da Caixa. Uma outra consequência é a movimentação positiva da conjuntura de uma forma geral, já que a construção é considerado um dos setores importantes para girar a economia no Brasil. "Isso vai fomentar a construção porque as incorporadoras vão ter mais acesso para construir, vai colocar no mercado não apenas novas moradias, mas também gerar empregos e renda nas principais cidades", complementa.
A mudança nas taxas de juros para pessoas jurídicas vale para recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) e a redução média fica de um a dois pontos percentuais ao ano. A taxa mínima oferecida passou a ser de 9% ao ano, a depender do porte, rating, nível de relacionamento da empresa com a Caixa Econômica Federal e a sustentabilidade do projeto. "Enquanto a macroeconomia estiver ruim, com 14 milhões de desempregados no Brasil, o setor vai se movimentar lentamente. Não tem como investir sem estabilidade da economia. Mas essas medidas, com a redução das taxas de juros para pessoas jurídicas, vão ajudar a adequar o mercado que jáexiste e possibilitar lançamentos principalmente na faixa de imóveis de R$ 200 mil", ressalta José Antônio Simón, presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon-PE).
Para Gildo Vilaça, as ações criam ambiente mais positivo. Foto: Nando Chiappetta/DP |
Sobe valor máximo para financiamento de imóveis
Uma outra medida adotada, também no final de julho, foi a elevação do teto do valor de imóveis financiados com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). O Conselho Monetário Nacional (CMN) elevou para R$ 1,5 milhão o limite e permitiu que o valor seja praticado em todo o país, inclusive em Pernambuco. Antes, o valor máximo de R$ 950 mil só podia ser praticado em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, onde o preço do metro quadrado costuma ser mais caro. Nos demais estados, o teto era de R$ 800 mil.
Segundo Paulo Antunes de Siqueira, vice-presidente de Habitação da Caixa, existe demanda para este novo valor do teto das classes média e alta e que os brasileiros esperavam por essa medida. "Não temos como mensurar exatamente de quanto é a demanda por esse teto mais alto porque as pessoas procuram até o limite disponível, mas as grandes cidades, principalmente, beneficiam-se mais da medida", afirma. Porém, ele reforça que a demanda por esse tipo de imóvel é menor em todo o Brasil. "Sabemos que 93% do déficit habitacional são famílias que recebem até cinco salários mínimos, então o restante de toda a demanda só chega a 7%", completa.
Para Gildo Vilaça Filho, presidente da Ademi-PE, a elevação do teto do valor de imóveis financiados com o FGTS pode alavancar uma fatia do mercado. "Na Caixa, 80% dos financiamentos são para imóveis abaixo de R$ 200 mil. O mercado para produtos de alto padrão ainda é pequeno, mas essa medida é fundamental para quem tem este tipo de produto com preço mais alto, além de ajudar o mercado de usados também porque a pessoa financia um imóvel novo e vende o antigo, tudo é positivo", afirma.
Esta é a terceira vez que o teto máximo do valor do imóvel financiado com recursos do FGTS é elevado em menos de dois anos. O CMN aumentou o limite, em novembro de 2016, de R$ 750 mil para R$ 950 mil em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Distrito Federal, e de R$ 650 mil para R$ 800 mil nos demais estados. Em fevereiro de 2017, o limite foi ampliado para R$ 1,5 milhão temporariamente, valendo até dezembro e em todas as regiões do Brasil. Agora a medida não tem prazo para terminar.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br
12 passos para conseguir o emprego dos seus sonhos. Clique Aqui!!!
Você está procurando um empréstimo comercial, empréstimos pessoais, empréstimos hipotecários, empréstimos para carros, empréstimos estudantis, empréstimos não garantidos para consolidação, financiamento de projetos etc ... ou simplesmente recusar empréstimos de um banco ou instituição financeira por um ou mais motivos? Somos as soluções certas para crédito! Oferecemos empréstimos a empresas e indivíduos com uma taxa de juros baixa e acessível de 2%. Portanto, se você estiver interessado em um empréstimo urgente e seguro. Para mais informações, envie um email hoje: Via: Elegantloanfirm@hotmail.com.
ResponderExcluir