sábado, 1 de setembro de 2018

Construção civil tem 17 trimestres de queda; produção industrial caiu também

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As incertezas em relação ao futuro do país pesam mais sobre as empresas maiores - que precisam fazer planos a longo prazo.
A construção civil está como o elevador da obra: numa longa e constante descida. Desde 2013, são 17 trimestres seguidos de quedas, se a comparação for feita com o mesmo período do ano anterior. No último trimestre - de abril a junho - a queda foi de 1,1%.
Da primeira pá de cimento até o prédio ficar pronto demora um ano e meio, dois anos, período em que uma obra dá emprego para muita gente.
Uma construtora tem nove projetos de prédios na gaveta, que gerariam uns 800 empregos. Mas cadê confiança para tirar um prédio do chão?
O Cícero deixou quatro filhos na Paraíba. Foi um alívio conseguir este trabalho.
“Estava passando aperreado, meio sofrido, meio ruim, mas depois, graças a Deus, que apareceu o emprego, melhorou bastante”, disse o ajudante de pedreiro Cícero de Lima Vieira.
A construtora diz que a falta de confiança começa com o consumidor que olha, visita, mas resiste a assumir um compromisso caro e de longo prazo.
“Essa incerteza política que está acontecendo no país, o cliente está aguardando talvez a eleição para ver o que vai acontecer, o que ninguém sabe, para definir o que ele vai fazer com essa compra”, disse Milton Bigucci Júnior, diretor-técnico da construtora.
O Eduardo decidiu arriscar. No começo de 2018 comprou máquinas para ampliar a produção da fábrica de embalagens, mas tudo virou um caos com a greve dos caminhoneiros. O câmbio também não está ajudando. Mesmo assim, ele acredita que vai melhorar depois das eleições.
“Eu entendo que, esse cenário político se concretizando, o pessoal acaba consumindo, acaba ficando mais tranquilo, que eu acho que é o mais importante”, afirmou Eduardo Mazurkyewistz, diretor da fábrica.A produção industrial caiu, comparando com o trimestre anterior, mas, na comparação com o mesmo período de 2017, teve um crescimento de 1,2%. O país está parado, em compasso de espera, diz o economista Luiz Fernando Figueiredo.
“Em um mês tem um evento que pode ser: ‘olha, então agora que eu vou investir mesmo, eu vou investir mais até. Ou não, eu tenho que esperar porque vai gerar uma incerteza tão grande que eu tenho que esperar o que vai acontecer’. É aquela história: nunca o país acaba. Não é essa a noção. Mas eu preciso saber com mais segurança para onde ele vai”.
Fonte: g1.globo.com
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