Três obras públicas viárias devem abrir até 200 vagas de emprego na construção civil nos próximos meses, em Londrina, segundo estimativa de representantes de entidades ligadas ao setor. A construção do viaduto no cruzamento das avenidas Dez de Dezembro e Leste-Oeste, o trecho 2 do Arco Leste e as obras de duplicação da avenida Amintas de Barros e da rua Prefeito Faria Lima devem representar um alívio para trabalhadores de uma atividade castigada pela crise econômica e pelo desaquecimento do mercado imobiliário, ainda que representem apenas 5,5% dos 3.691 postos perdidos na cidade desde janeiro de 2014.
Somente em Londrina, foram fechados 3.961 empregos na construção civil, de janeiro de 2014 a junho de 2018, segundo dados levantados no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério do Trabalho e Emprego. O estoque de funcionários do setor considerado pelo órgão era de 7.269 no primeiro mês de 2018. Foram encerrados mais 151 postos somente no primeiro semestre.
O presidente do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Norte do Paraná), Rodrigo Zacaria, cita ainda outras obras públicas que podem movimentar o mercado, como os viadutos licitados para a avenida Brasília, perto do antigo Grêmio, e na BR-369, na entrada de Cambé, além da duplicação da PR-445 até Guaravera, que são estaduais. "Pode chegar a 200 vagas, com todas as obras em andamento, mas é o mesmo que um prédio. Então, não podemos deixar escapar oportunidades e temos de viabilizar mesmo as pequenas obras privadas", diz.
INÍCIO
Nesse cenário, as obras viárias são um consolo. O viaduto da avenida Dez de Dezembro terá, logo de cara, 30 contratações, segundo o diretor de recursos humanos da Construtora Hejos, Rogério Pires. A empresa de Maringá é a responsável pelo projeto e depende de liberações de empresas de saneamento e eletricidade para definir se aumenta ou diminui os postos abertos. "Temos uma junta de engenheiros e gestor de obras, então os profissionais que serão contratados na cidade são outros, como pedreiro, carpinteiro, armadores... Mestre de obras e engenheiro, também", conta Pires.
O diretor na construtora lembra que o comércio de materiais de construção também terá maior movimento com a obra. "Damos preferência para fornecedor da cidade primeiro, mas nosso gestor, que está em Londrina, definirá tudo o que precisamos", diz. Sobre as vagas de emprego, que ele estima que não passem de cem, a Hejos deve buscar indicações e também o Sine (Sistema Nacional de Emprego). O custo total do projeto está previsto em R$ 17,6 milhões.
Fonte: www.folhadelondrina.com.br
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