O crescimento da Juntos Somos +, criada em 2014 como um programa de relacionamento para o varejo da construção civil com a proposta de profissionalizar o setor, levou a iniciativa a um patamar mais elevado, já que agora ela se transforma em uma empresa independente. Já foram investidos R$ 30 milhões no programa e, até 2020, a expectativa é aportar mais R$ 50 milhões na expansão e no aprimoramento do ecossistema. Ao longo dos quatro anos de existência, já são 40 mil lojas cadastradas em todo o Brasil e Pernambuco tem a sua parcela de participação, com 1.246 unidades cadastradas, número que representa 29% do universo de 4.260 lojas no estado. Além disso, são 60 mil profissionais fazendo parte do programa. A estimativa para os próximos quatro anos é positiva e vislumbra chegar a 100 mil lojas e alcançar dois milhões de profissionais.
A Juntos Somos foi criada pela Votorantim Cimentos em 2014 com foco nas empresas, lojas e profissionais da obra. "Precisávamos focar no cliente e criamos o programa de fidelidade. Queríamos crescer e ajudar a profissionalizar o varejo e, para isso, precisávamos de parceiros e definimos criar o ecossistema", explica Walter Dissinger, CEO da Votorantim Cimentos na ocasião do lançamento da empresa independente. Hoje, além dela, conta com mais dois acionistas: Gerdau e Tigre, com 27,5% de participação cada, representadas no lançamento da empresa pelos CEOs Gustavo Werneck e Otto von Sothen. Porém, no total, o programa engloba outras marcas além das acionistas, formando um ecossistema maior: são 14 empresas de relevância nacional representadas, com expectativa de chegar a 20 nos próximos seis meses.
O programa de fidelidade funciona de forma simples e, ao comprar ou indicar produtos das 14 empresas representadas na Juntos Somos , é possível acumular pontos para trocar por prêmios. Até hoje, já foram emitidos 1 bilhão de pontos e realizados 300 mil resgastes. A diferença está no tipo de benefício que a iniciativa gera. "Todos os prêmios têm o objetivo de desenvolver o varejo e capacitar os profissionais, temos cursos de capacitações e também equipamentos", detalha Antonio Serrano, CEO da Juntos Somos .
Varejistas, profissionais da obra e vendedores podem se cadastrar no programa e, para Serrano, toda a cadeia se beneficia com o retorno que o programa oferece. "Imagine que 50% do varejo de materiais de construção tem mais de 20 anos com lojas que foram passadas de pai para filho. Muitos são pequenos e médios empresários que não tiveram a oportunidade de fazer faculdade de gestão. Por outro lado, entre os profissionais da obra, 80% não tiveram a chance de fazer um curso de especialização, aprenderam com os pais, tios ou vizinhos a profissão. Além disso, algumas lojas, por exemplo, puderam trocar os pontos por equipamentos, como computador ou empilhadeira, e melhorar os processos internos e a produtividade", diz.
As empresas envolvidas no programa também acabam oferecendo uma experiência melhor de compra para o consumidor final, trazendo retorno positivo para elas, já que garante uma maior fidelidade dos clientes. "O propósito das empresas é gerar um envolvimento maior com o varejista. Na Votorantim, por exemplo, o objetivo é fidelizar o cliente e percebemos que nestes quatro anos a flutuação entre um produto e outro caiu, o que resulta em uma venda mais estável", acrescenta Dissinger.
Otto, Walter, Antonio e Gustavo apresentaram a nova empresa. Foto: Votorantim Cimentos/Divulgação |
Experiência de compra melhor para consumidores
A experiência da compra é uma importante ferramenta para fidelizar o cliente e é natural que as empresas tenham atenção a todo o processo para garantir uma flutuação menor entre marcas. Além disso, é fundamental também se adequar à evolução do modelo de compras e atender às expectativas em todos os processos, que não se iniciam quando o cliente chega na loja. Hoje, o mundo virtual também se torna parte do processo e a inovação é necessária para acompanhar essas mudanças.
Para Simone Terra, sócia-diretora da Simone Terra Soluções de Mercado e consultora em Trade Marketing e estudos do shopper, as empresas precisam se comunicar com os consumidores desde que ele começa a pensar em comprar um produto até a efetivação da compra. "No caso do varejo da construção, as empresas devem estar atentas desde que o cliente começa a pensar em reformar ou construir, quando ele estiver online, até a hora que ele chega na loja", explica. Além disso, o pós-venda também é fundamental. "A experiência completa de venda é que leva ao boca a boca positivo", diz.
O acompanhamento a todo o processo de venda deve ser tomado como importante principalmente no varejo da construção. "Neste setor, no Brasil, há muita falta de informação, então o atendente deve ter conhecimento para oferecer o que o cliente quer e que seja melhor para ele. Até porque quando ele pensa numa obra, todo processo de segurança vem da confiança", diz Simone. Além disso, para ela, este é um setor que gera muitas oportunidades. "E justamente por isso o mercado deve aparecer como gerador de soluções, que acredito que é o que o Juntos Somos se propõe a fazer, por ser uma junção de marcas e que leva conhecimento e inovação para o mercado".
Expectativas positivas para 2019
No Brasil, a construção civil movimenta cerca de R$ 300 bilhões ao ano, número equivalente a 4,5% do PIB. Por isso, é um segmento considerado importante para girar a economia e gerar empregos e, consequentemente, para impulsionar a retomada da economia. O setor, de uma forma geral, espera que ocorra a esperada volta do crescimento econômico em 2019. E o varejo de material de construção segue a mesma tendência.
"A gente entende que a construção civil pode ser forte aliada na retomada da economia, o momento é favorável e a gente olha iniciativas como essa da Juntos Somos de forma positiva", afirma Gustavo Werneck, CEO da Gerdau. Para ele, o começo do ano vai marcar a retomada da construção residencial e no segundo semestre das obras de infraestrutura.
As empresas esperam se beneficiar deste movimento positivo. "A construção foi muito afetada nos últimos quatro anos, ela se move pelo PIB para o bem ou para o mal. Mas, nós da Tigre, esperamos crescer 10% na receita em 2019", diz Otto von Sothen. O segmento de cimento caiu 26% nos últimos quatro anos, segundo Walter Dissinger, e a perspectiva da virada sobressai para 2019. "Na Votorantim Cimentos, esperamos crescer entre 3% e 4%, mais fortemente no segundo semestre", ressalta.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br
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