O Espírito Santo vai receber investimentos de R$ 57,3 bilhões até 2023. A indústria é o segmento com maior volume de investimentos nos próximos anos, totalizando R$ 55,3 bilhões. O setor industrial também é destaque no número de projetos, com 399 de um total de 512.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (24) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) e mostram os investimentos acima de R$ 1 milhão anunciados até 2023 e os já concluídos em 2018. No ano passado os projetos concluídos somaram R$ 2,1 bilhões. Do total de investimentos anunciados, R$ 37,9 bilhões já estão em execução e R$ 19,4 bilhões são de projetos previstos.
O setor da indústria é o que mais deve investir no Estado nos próximos anos, com uma carteira de R$ 55,3 bilhões, sendo R$ 24,5 bilhões na área da construção (civil, aeroportos, portos, rodovias) e R$ 21,1 bilhões na área extrativista, com destaque para o petróleo, com investimento de R$ 16 bilhões.
Na sequência, aparece o setor de Comércio, Serviços e Administração pública, com aporte de R$ 1,9 bilhões, totalizando 111 projetos, com destaque para a área da saúde, com investimento de R$836 milhões.
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O diretor-presidente do IJNS, Luiz Paulo Vellozo Lucas, destacou que a divulgação dos investimentos do Estado para os próximos cinco anos já vai começar a movimentar a economia e o mercado de trabalho. “As empresas fornecedoras, sub-fornecedoras, o mercado de trabalho, tudo isso é impactado pelas decisões de investimentos”.
Dos projetos já iniciados, o maior investimento é da Petrobras, com uma carteira de R$ 12,2 bilhões, no desenvolvimento do Novo Campo de Jubarte, no litoral Sul do Estado. Em segundo lugar aparece a empresa Opportunity, da construção civil, com R$ 4 bilhões em investimentos na construção de um condomínio em Vila Velha, seguida pela Petróleo S/A, com exploração e produção de petróleo e gás na Bacia do Espírito Santo.
Luiz Paulo destaca que o investimento que o setor industrial de extrativismo está aplicando no Estado mostra o potencial do Espírito Santo nesta área. “Isso mostra o vigor do setor de petróleo e gás. Empresas estão começando a contratar, se preparando para disputar leilões e investir em produção e exploração. O Espírito Santo é um estado vocacionado para essas indústrias.
DISTRIBUIÇÃO DO CAPITAL
O capital estrangeiro nos projetos capixabas vem caindo desde 2015. Para o planejamento 2018-2023, o maior aporte é de capital privado nacional, com 42,3% dos valores, seguido por capital misto, com 31,3%, estrangeiro, com 16% e público, com 10,4%. Em 2015, o investimento de capital estrangeiro foi de 29,1%, em 2016 caiu para 28,9% e em 2017 o planejamento para os próximos cinco anos era de 24% de capital estrangeiro.
O secretário de Estado de Desenvolvimento, Heber Resende, classificou como preocupante a queda nos investimentos estrangeiros no Espírito Santo, entretanto, ele destaca que essa desconfiança é reflexo da situação atual do país, com a incerteza das reformas tributária e da Previdência.
“Quem não conhece o Brasil, quem está lá fora pensando em colocar o dinheiro, fica mais preocupado e receoso. Se eu tivesse que investir em qualquer país e visse uma situação dessa, também teria receio em investir meu dinheiro”, disse.
MICRORREGIÃO
A microrregião Litoral Sul lidera o ranking de investimentos, com R$ 23,2 bilhões e 43 projetos, o que totaliza 40,7% de participação. Em segundo lugar aparece a Metropolitana, com R$ 16,4 bilhões, 202 projetos e 28,7% de participação. Na sequência aparece a microrregião Rio Doce, com 54 projetos que totalizam R$ 9,3 bilhões, 16,3% do total.
Fonte: www.gazetaonline.com.br
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