terça-feira, 1 de novembro de 2011

Setenta mil trabalhadores de Recife entram em greve por reajustes salariais

Duas mil obras foram paralisadas, inclusive na região metropolitana


Mauricio Lima
Trabalhadores da construção civil do Recife entraram em greve hoje exigindo reajuste salarial na casa dos 15%. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada de Pernambuco (Marreta), que havia decretado a greve em assembleia na semana passada, mais de 70 mil profissionais de 2 mil obras deverão aderir à greve.

De acordo com o Marreta, o aumento oferecido pelas construtoras não acompanha a valorização dos preços dos imóveis no Estado. "Além do reajuste salarial, a paralisação reivindica aumento da hora extra aos sábados. Queremos que passe de 70% para 100%, e também garantir o vale-compras, que eles estão querendo excluir, além de mais segurança no trabalho", afirma Dulcilene Moraes, presidente do Marreta.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de Pernambuco (SindusCon-PE), Gustavo de Miranda, afirma que a greve tem um cunho político. "Nós já havíamos negociado com o Marreta, que tinha fechado um acordo com o SindusCon-PE. Mas agora eles pedem mais do que havia sido acordado", disse. Segundo Miranda, o SindusCon-PE está trabalhando para acabar com a greve o mais rápido possível. "Nossa proposta é um pouco abaixo dos 15%, mas não é de 9%, como foi divulgado", disse.

A greve paralisará as obras na cidade do Recife e em parte da região metropolitana da capital pernambucana. Entre as construções que não devem ter os serviços interrompidos estão as obras de infraestrutura para a Copa de 2014, como a Arena da Copa e outras obras de mobilidade, como a Via Mangue, além de empreendimentos que estão sendo tocados em Suape, como a Refinaria Abreu e Lima (Rnest).

Fonte: PINIweb

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