terça-feira, 26 de junho de 2018

Evolução da construção civil é muito lenta

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As informações recentes sobre a indústria da construção civil revelam que o crescimento do setor é inexpressivo, o que contribui para retardar a expansão da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), de que o segmento é indutor. É o que revelam as sondagens da construção da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
O Índice de Confiança da Construção da FGV avançou 0,4 ponto entre abril e maio de 2018, atingindo 82,4 pontos e superando em 8,3 pontos o resultado de maio de 2017. Mas “a percepção empresarial em relação à situação atual dos negócios teve piora”, segundo a economista Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção da FGV/Ibre. O retorno ao patamar anterior à crise “não ocorrerá no curto/médio prazo”, acrescentou.
Os melhores resultados vieram da tendência dos negócios para os próximos seis meses.
O maior problema de longo prazo é a demanda insuficiente, que se verifica desde julho de 2014. O cenário macroeconômico é “difícil” e as incertezas políticas atingem diretamente as decisões de investir, segundo as informações colhidas de 675 empresas ouvidas na pesquisa da FGV entre os dias 2 e 22 de maio.
Segundo a CNI, a situação presente é pior do que as expectativas, pois tanto o nível de atividade como o número de empregos mostraram recuo entre março e abril, situando-se abaixo da linha divisória de 50 pontos, que separa os campos positivo e negativo.
A indústria operou em abril em ritmo inferior ao usual, com emprego de 60% da capacidade instalada, dois pontos abaixo da média histórica para o mês. Já os indicadores de expectativa apresentaram leve alta em maio, tanto no tocante ao nível de atividade como em novos empreendimentos e serviços. Ficou estável o indicador de insumos e matérias-primas e houve uma ligeira queda do item número de empregados, o que é preocupante. Já a confiança dos empresários, embora tenha diminuído entre abril e maio, ainda está no campo positivo (53,8 pontos).
A construção civil está entre os segmentos que mais retardam a recuperação econômica. Nas contas nacionais divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a construção caiu 2,2% entre os primeiros trimestres de 2017 e de 2018. Em maio, segundo a CNI, a intenção de investir voltou a cair.
Fonte: opiniao.estadao.com.br

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