Trabalhadores da construção civil paralisaram atividades e protestaram pelas ruas do Centro e do Benfica na manhã desta quinta-feira, 7. O ato faz parte do cronograma de ações contra propostas de salário e horário de trabalho feitas por empresários. Os manifestantes, que saíram de três obras no Centro de Fortaleza, consideram insuficientes e inaceitáveis as proposições. Trânsito no cruzamento das avenidas da Universidade e 13 de maio ficou interditado.
Decidida em assembleia, o sindicalista e eletricista Samuel Oliveira afirma que a paralisação é pontual, mas deve ocorrer em outros dias. “É decidido na hora, escolhemos a obra e paramos por duas horas”, afirma. Segundo ele, com a proposta feita pelos empresários e a alteração no banco de horas, fica possível que a classe trabalhe de segunda a segunda. “Nós queremos lutar para a melhoria dos nossos benefícios, não para perder o que já ganhamos”, manifesta o eletricista.
Trabalhadores de três obras pararam os serviços por duas horas. Entre as construções com obra paralisada, está a do Instituto Dr. José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza. A classe pede aumento de 5% no salário, mas os patrões propõem 1,7%. Outro aumento proposto é o valor da cesta básica. O acréscimo, feito pelos empresários, foi de R$ 2.
As alterações salariais estavam previstas para acontecer em março, mas a negociação só deve acontecer na próxima quarta-feira, 13 de junho. “O ato de paralisação por duas horas é reflexo da truculência no tratamento dos patrões”, afirma o líder sindical Nestor Bezerra, 1º operário da construção civil a tomar posse na Assembleia em 71 anos.
Por volta das 8 horas da manhã, os manifestantes pararam o trânsito no cruzamento das avenidas 13 de maio e da Universidade, no Benfica. Em razão do protesto, o fluxo no local foi alterado com ajuda da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC). O desvio aconteceu pela rua Marechal Deodoro.
Fonte: www.opovo.com.br
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