A construção de cerca de 10 mil unidades habitacionais em Mato Grosso pode ficar paralisada por falta de recursos. De acordo com uma audiência realizada, neste segunda-feira (13), por representantes da indústria e do setor de construção civil, o corte de gastos anunciados pelo governo federal vai atingir diretamente a construção civil.
Dentre as medidas adotas pelo contingenciamento está a redução de R$ 100 para R$ 70 mil dos subsídios do Programa Minha Casa Minha Vida.
De acordo com representantes da indústria da construção civil, os contratos do programa são responsáveis por movimentar 70% do mercado imobiliário no estado. Alguns contratos estão parados há seis meses, por falta de recursos.
O total de recursos previstos para contratação de projetos, este ano, em Mato Grosso é de R$ 1 bilhão. Entretanto, o presidente da Federação das Indústrias (Fiemt), Gustavo Oliveira, afirmou que, com os recursos que já foram liberados, o setor terá com funcionar até o final deste mês.
"A expectativa é que o ritmo de obras e projetos diminua cada vez mais até o final de setembro ou outubro. Caso não haja uma reversão, a indústria da construção civil entrará colapso" comentou ele.
O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil da Região Sul do Estado de Mato Grosso (Sinduscon), Júlio Flávio de Campos, disse o impacto ocasionado pelo corte atingirá cerca de 30 mil empregos diretos, pois todos o setores da indústria de construção têm contratos diretos ou indiretos com o Minha Casa Minha Vida.
As dificuldades financeiras no programa são o resultado da queda na arrecadação nos últimos anos, por causa da crise econômica. O governo diz ter rombos bilionários nas contas e que estaria tendo dificuldades para manter investimentos.
Atualmente, 90 mil famílias são beneficiadas pelo Minha Casa Minha Vida em todo o estado.
Fonte: g1.globo.com/mt/mato-grosso
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