O Programa Minha Casa Minha Vida completou 10 anos em 2019. Nos últimos anos, houve um desaquecimento do mercado da construção civil, por conta do contingenciamento de recursos para o programa. A Associação dos Construtores do Estado de Goiás promoveu encontro com deputados federais para debater o assunto, com possibilidade de retomada de investimentos.
Segundo o presidente da associação, Fábio Candine, este ano foram liberados R$ 5 milhões em Goiás, 20% a menos do que no ano passado. Os recursos liberados foram suficientes apenas por 15 dias. Fábio Candine destaca quais são os danos a cadeia econômica, devido ao represamento de receita do Minha Casa Minha Vida.
“Os impactos são grandes, porque se não conseguimos retomar as obras por falta de recursos, o primeiro impacto é demissão do pessoal que trabalha na obra, o segundo impacto é das lojas de materiais de construção, se não está construindo não vai às lojas comprar esse material, a partir daí já começa a afetar a cadeia bem ampla, e o terceiro impacto seria mais do cunho social, é aquela família que está querendo adquirir a casa, que tem o sonho da casa própria, não consegue adquirir continuam no aluguel” completou.
O deputado federal José Nelto (Podemos), discorda da política de contingenciamento para a habitação, pois reflete diretamente na economia goiana. “O governo tem que inventar e reinventar, você pode tirar recurso de outras áreas e você tira aos poucos, vai mexendo no orçamento e dá prioridade” ressaltou. “A prioridade no momento é geração de empregos, não tem outra prioridade para mim no Brasil, porque se você aumentar a massa de desempregados no Brasil, hoje tem 13 milhões de desempregados, se chegar a 17 milhões ou 18 milhões vira guerra civil” concluiu.
O deputado federal Rubens Otoni (PT) critica a política de cortes do governo federal, segundo ele programas da construção civil são fundamentais para gerar emprego, além disto, fundamental arrumar alternativas para girar a economia.
“É lamentável que nós estejamos chegando a esse ponto na questão da construção civil no nosso país, a questão é grave em Goiás, mas em todo país” ressaltou. “Infelizmente o atual governo não prioriza programas importantes, que tem cunho social como o Minha Casa Minha Vida, e que mais do que um cunho social, tem uma importância na geração de emprego e geração de renda”.
Fonte: sagresonline.com.br
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