O Índice de Confiança da ConstruSegundo o estudo da Anamaco, todas as regiões do País apresentaram variações positivas no mês, com destaque para o Nordeste (15%), Centro–Oeste (12%), Sudeste (10%), Sul (9%) e Norte (7%). Dentre as categorias pesquisadas, o setor de venda de tintas foi o que teve o melhor desempenho no mês, com um crescimento de 15% sobre fevereiro. Já a área de revestimentos cerâmicos registrou alta de 9%, seguidos de telhas de fibrocimento (7%). Para abril, 63% dos 530 entrevistados acreditam que as vendas serão ainda superiores a março.
Cerca de 12% dos lojistas pretendem realizar investimentos nos próximos 12 meses, e 15% pretendem contratar novos funcionários em abril. Já o otimismo com relação às ações do governo nos próximos 12 meses retraiu de 39% para 34%.
Márcio França, que assumiu o governo de São Paulo nessa segunda-feira (9/4), no lugar de João Dória, destacou que a cadeia produtiva da construção civil representa 10% do faturamento do ICMS do estado. "É um setor importante que gera mão de obra. São Paulo tem, desde 2015, um superávit bom e este ano deve ser ainda maior e será usado em obras, que certamente movimentam o setor", disse em seu discurso na abertura da 24º edição da Feicon Batimat, salão internacional da construção civil e arquitetura, na manhã desta terça-feira.
Na visão de França, a economia brasileira voltou a respirar. São Paulo seria um grande exemplo disso, com crescimento de 0,6 ao mês. "É um bom índice e se isso correr a gente pode fazer 7 ou 7,5 ao ano, o que significaria muito para São Paulo", avaliou.
Gustavo Binardi, diretor da Feicon Batimat, destacou que o varejo da construção tem respondido de forma positiva há 14 meses. "O setor já finalizou a retomada do crescimento tanto no viés comercial como residencial. Este ano a gente espera mais crescimento e um reposicionamento do varejo da construção através de inovações", comentou.
Ele lembrou que o setor da construção civil foi bem afetado pela crise, sofrendo uma perda de empregos forte. “O mercado conseguiu buscar uma alternativa diferente, por meio de melhorias, reformas, retrofit. Para o varejo e fabricante tivemos o impacto da retomada econômico em alguns encontros de negócios”, disse.
Confiança
Ana Maria Castelo, coordenadora de projetos da construção da FGV IBRE, afirmou que o resultado de março mostra que a confiança retomou a trilha de recuperação observada desde junho de 2017 e a alta do trimestre reforça as projeções de crescimento setorial. "Por outro lado, os sinais positivos ainda estão restritos a poucas atividades, destacando-se principalmente o segmento de Edificações”, observou.
De acordo com a FGV, a melhora do ICST se deveu a melhor situação das empresas e às perspectivas de curto prazo do empresariado. O Indice de Expectativas (IE-CST) subiu em março, com alta de 0,5 ponto, atingindo 93,2 pontos. O indicador que mais influenciou a alta do IE-CST foi o que mede a demanda para os três meses seguintes, que cresceu 1,4 ponto, na margem, para 92,1 pontos.
De acordo com a Associação Brasileira de Incorporação Imobiliária (ABRAIC), o número de lançamentos aumentou em 2017, ante 2016, 29,7% e 15,3%, respectivamente. "O cenário mais positivo para as empresas do ramo imobiliário residencial corrobora a percepção de que o crescimento do setor em 2018 será impulsionado pela habitação”, disse Castelo. Ela lembrou que este desempenho continua muito concentrado nos empreendimentos do Programa MCMV, dependente dos recursos do FGTS e da Caixa Econômica Federal.
Fonte: www.correiobraziliense.com.br
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