quinta-feira, 5 de abril de 2018

Uso de EPIs reduz índices de acidentes na construção

Além de evitar a ocorrência de ferimentos e mortes, investimentos na proteção dos trabalhadores reduzem os custos das obras

A consciência para a prevenção de acidentes de trabalho nos canteiros de obras de Santa Cruz contribuiu para a redução no número de acidentes na construção civil. Em todo o ano passado, foram registradas apenas cinco ocorrências no município. Para líderes do setor, o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) tornou possível essa redução.
Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário de Santa Cruz do Sul, Hardi Inácio Assmann, o próprio trabalhador assumiu uma postura segura na atividade. Muitos profissionais buscam formação específica para a segurança na área. “Todos os meses temos cursos sobre as normas de segurança para lidar com eletricidade e para trabalhar nas alturas. Às vezes, dá mais que uma turma por mês”, destaca Assmann.
Segundo o sindicato, em 2017 foram registrados apenas cinco acidentes de trabalho, ante nove durante o ano de 2016. “No início da década de 2000 ocorriam muitos acidentes de trabalho. Ao longo do tempo, houve a necessidade de reduzir estes números, e o uso de EPIs é fundamental para atingirmos este patamar”, analisa.
A cultura da segurança
Conforme o vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Auro Schilling, além da consciência do trabalhador e do investimento das indústrias da construção da região, a fiscalização de obras e empreendimentos é aliada da redução de acidentes. “A fiscalização mais rígida acaba criando uma cultura de segurança nos trabalhadores e empresários do setor”, destaca.
Schilling explica que acidentes de trabalho “custam caro” para a o dono de uma obra. “Quando eles ocorrem, paga-se uma multa ao Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT. Por isso, cada vez mais o uso de equipamentos de proteção e a disponibilidade deles contribuem para a redução dos acidentes.”
Em todo o País, de 2010 a 2015, o número de acidentes de trabalho recuou 27%, fazendo com que o segmento deixasse a liderança do ranking nacional de acidentes de trabalho como a atividade que mais oferecia risco aos trabalhadores.

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