domingo, 29 de abril de 2018

Retomada de empregos na construção civil gera otimismo no setor, diz ministro do Trabalho

Helton Yomura (centro, de branco) participou de encontro com empresários da construção civil em Manaus (Foto: Sinduscon-AM/Divulgação)

A construção civil contratou 2.055 pessoas no primeiro trimestre deste ano no Amazonas, conforme dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Em todo Brasil, a construção gerou 331.129 vagas formais, no período. Em passagem por Manaus, nesse sábado, 28, o ministro do Trabalho, Helton Yomura, disse que está otimista com a retomada do emprego e a redução das demissões no setor.
De acordo com o Caged, de janeiro a março o número de contratações na construção civil evoluiu no Amazonas. No primeiro mês do ano, foram abertos 571 postos de trabalho. Em fevereiro, o número saltou para 668 novas vagas. O Estado fechou o mês de março com 816 novas admissões.
“Ainda é uma recuperação tímida, pela quantidade de vagas que a construção civil perdeu, sobretudo, a construção civil leve (mercado imobiliário). Há um estoque de unidades lançadas que ainda não foram vendidas. E (as incorporadoras) precisam, obviamente, vendê-las para continuar edificando novos prédios, novos empreendimentos”, disse Yomura.
Em um ‘Café de Negócios’ com o ministro, no Clube do Trabalhador (Sesi), zona leste de Manaus, o presidente do Sinduscon-AM (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Amazonas), Frank Souza, disse que o papel do Ministério no combate às obras irregulares, por meio do mapeamento e punição de empregadores que se recusam a legalizar mão de obra.
“Devido ao enfraquecimento da economia, tem crescido, não só no Amazonas, mas em todas as capitais brasileiras, o trabalho informal, que são aquelas obras que não têm a formalização da contratação, não têm incorporação, não têm alvará de construção, não têm licenças pertinentes ao desenvolvimento da obra. Temos observado esse crescimento regionalmente e expusemos ao ministro esses detalhes”, afirmou Souza.

Desligamentos

Embora o número de demissões ainda esteja puxando o saldo de empregos no setor para baixo, dados do Caged indicam que, nos últimos dois anos, houve retomada no número de contratações e queda nos desligamentos.
Em janeiro de 2017, houve 1.331 desligamentos. No ano anterior, o mês teve 1.337 demissões. Agora em 2018, esse número caiu para 1.262.
Quando são comparados os meses de fevereiro de 2016, 2017 e 2018, a queda do número de desligamentos é ainda mais expressiva. Em 2016, o setor demitiu 1.121 pessoas no Estado, contra 976 no passado e 659 neste ano.
Março demonstra que a queda do número demissões tem sido gradativa, apesar do registro de aumento no ano passado. Há dois anos, o setor perdeu 1.117 postos no mês. Em 2017, o número subiu para 1.123 desligamentos. Em 2018, foram fechados 821 postos de trabalho em março – uma redução no número de demissões de 26,8% frente ao ano anterior.
“Temos observado que os números não são muito favoráveis, mas saímos de números negativos e estamos em números positivos de contratações. Isso demonstra que o setor está retomando gradualmente. Apesar de pequeno, esse número de contratações em relação às demissões, já mostra que o setor começa a se recuperar”, disse Frank Souza.
Fonte: http://amazonasatual.com.br

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