As projeções da construção civil para 2019 são otimistas. A confiança do empresário subiu e as construtoras planejam lançamentos. O setor deve fechar 2018 com índices negativos, mas esboça recuperação ainda que lenta, com incremento no volume de vendas. O índice de intenção de investimentos na indústria da construção, levantado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria), subiu 2,3 pontos porcentuais frente a novembro e alcançou 34,8 em dezembro. Com essa alta, o indicador ficou acima da média histórica de 33,6 pontos e é o segundo maior desde fevereiro de 2015. Segundo a metodologia da pesquisa, quanto mais elevado o índice, maior é a disposição dos empresários para investir.
"A propensão para investir melhorou porque os empresários estão mais otimistas com o desempenho do setor nos próximos meses. Todos os indicadores de expectativas subiram e estão acima dos 50 pontos, mostrando que os industriais esperam o crescimento do nível de atividades, dos novos empreendimentos e serviços, da compra de insumos e matérias-primas e do número de empregados nos próximos seis meses", destaca a pesquisa.
A projeção do Sinduscon Paraná (Sindicato da Indústria da Construção) é de aumento entre 30% e 40% nos volumes de lançamentos em 2019. Este ano, levantamento do sindicato aponta alta nas vendas e redução nos estoques. Os negócios ficaram 30% superior aos de 2017, puxados por produtos da faixa do MCMV (Minha Casa, Minha Vida), responsáveis por quase 50% dos lançamentos em 2018.
"A crise fez dois produtos terem bom desempenho. Os mais baratos, faixas 2 e 3 do MCMV, que teve um bom volume de lançamentos, e os de alto padrão, que pega um cliente que não foi tão afetado pela crise", explicou Marcos Kahtalian, vice-presidente de Banco de Dados do Sinduscon Paraná, e sócio-diretor da Brain Bureau de Inteligência Corporativa.
Em Londrina, as construtoras já preparam os lançamentos de 2019. "Acreditamos que neste próximo ano seja possível realizar um volume ainda maior de lançamentos. Já investimos em terrenos e estamos desenvolvendo projetos para novos empreendimentos em todas as cidades em que atuamos, além de estudarmos novas praças", afirmou Leonardo Yoshii, presidente do Grupo A.Yoshii.
Segundo ele, este ano o grupo realizou 12 lançamentos imobiliários, entregou seis e abriu novas praças. "Tivemos metas bastante desafiadoras que o grupo conseguiu superar graças a muito trabalho, união e competência de toda a equipe", ressaltou Yoshii.
O Grupo Plaenge afirmou ter sido mais conservador com planejamento de metas de 2018 e chega ao fim do ano com as vendas 5% acima do previsto. Este ano, a construtora lançou um empreendimento de alto padrão. A empresa acredita na reação do mercado. "Estamos com um projeto para o primeiro semestre de 2019 e previsão de dois para o segundo semestre", revelou Olavo Batista, gerente regional da Plaenge em Londrina.
A previsão da construtora é de crescimento de 30% nas vendas no próximo ano, em comparação com 2018. A empresa deve lançar em torno de 20 empreendimentos em todas as praças de atuação e abrir unidades de negócios no interior de São Paulo e no Chile.
A MRV Engenharia está programando 16 novos produtos para o Estado, sendo que dez estarão em Londrina. A cidade é que deve receber mais investimento no próximo ano. "Os dez novos empreendimentos estão bem distribuídos pela cidade, já que compramos terrenos em todas as regiões de Londrina", disse Maicon Pryplotski, coordenador da MRV Engenharia na Regional de Londrina, Cambé e Arapongas.
De acordo com Pryplotski, no terceiro trimestre do ano, a construtora teve um aumento de 20% de lançamentos em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de vendas teve um aumento de 6,3% em relação ao mesmo período de 2017. "Acreditamos que em 2019 a busca dos paranaenses pela primeira moradia deve impulsionar um crescimento ainda maior", afirmou o coordenador.
A demanda por apartamentos tipo standard e do MCMV (Minha Casa, Minha Vida) deve alavancar o mercado imobiliário de Londrina e Maringá, de acordo com Marcos Kahtalian. "A novidade para 2019 será a volta dos produtos standard e médio", disse. O consumidor, segundo ele, deve procurar imóveis de até R$ 400 mil, com dois ou três dormitórios. (Com Agência Estado)
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Fonte: www.folhadelondrina.com.br
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