Depois de quatro anos seguidos com saldo negativo no emprego de carteira assinada, a construção civil no país voltou a ter resultado positivo. No acumulado de 2018 até outubro foram 82.097 vagas, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho. No ano anterior, foram eliminados 104.078 empregos na área. O mesmo movimento aconteceu no Estado, com 28.393 vagas nos dez meses de 2018, enquanto, em 2017, a redução chegou a 4.170.
De janeiro a outubro de 2018, a capital mineira se destacou no país, segundo a assessora econômica do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais (Sinduscon-MG), Ieda Vasconcelos. Entre as capitais analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Belo Horizonte foi a que mais contabilizou emprego na atividade, com saldo de 18.478, total bem superior ao da segunda colocada, Curitiba, com 2.594 vagas.
Ela explica que boa parte da geração de vagas neste ano foi fruto da construção de edifícios, com 35,36% do total no país. Em Minas Gerais, na região metropolitana e em Belo Horizonte, essa atividade foi responsável por quase 50% dos empregos formais da construção civil.
Apesar do retorno na criação de vagas neste ano, a assessora econômica da entidade observa que o setor está longe de recuperar as vagas perdidas nos últimos anos. De 2014 a 2017, a construção eliminou quase 1 milhão de empregos com carteira assinada no Brasil. Em Minas, nesse período, a redução somou 122.092 vagas formais.
“Em 2013, o segmento empregava no patamar de 3 milhões de pessoas em todo o país. Hoje, é pouco mais de 2 milhões. Para retomar às quase 1 milhão de vagas perdidas nos últimos anos, levará muito tempo”, diz.
A assessora econômica do Sinduscon-MG ressalta que, apesar da queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,4% estimado para o setor neste ano, a atividade conseguiu registrar crescimento na geração de emprego formal. “A previsão para 2019, é de alta do PIB de 1,3% para a construção civil. Esse crescimento por certo gerará no ano que vem mais que o saldo das 82 mil vagas computadas nos dez primeiros meses de 2018”, analisa.
Para ela, se acontecer a retomada das obras de infraestrutura em 2019, haverá mais um impacto positivo na geração de vagas. “Tudo vai depender da velocidade de retomada. A boa notícia de 2018 foi que o setor parou de piorar”, diz.
Retração. Considerando queda de 2,4% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil, nos últimos cinco anos, a atividade acumula recuo de 27,58% no país, segundo o Sinduscon-MG.
Confiança para investir muda setor
O índice de intenção de investimentos na indústria da construção no país subiu 2,3 pontos percentuais em dezembro na comparação com novembro e alcançou 34,8 pontos. Com a alta, o indicador ficou acima da média histórica de 33,6 pontos, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
De acordo com o estudo, quanto mais elevado o índice, maior é a disposição dos empresários para investir. Todos os indicadores de expectativas subiram e estão acima dos 50 pontos, mostrando que os industriais esperam o crescimento do nível de atividade.
Fonte: www.otempo.com.br
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