Estamos chegando ao final do ano e este, sem dúvida, foi especial devido às eleições, por meio das quais escolhemos novos representantes. Passamos hoje por um período de transformação que envolverá todas as organizações da sociedade e abrirá oportunidades para ao País.
Como presidente do Instituto de Engenharia, espero que nossos novos governantes, quando estiverem no exterior, não trabalhem contra as empresas nacionais, nem contra os empregos gerados no País. Por serem populistas e buscarem holofote, eles incentivaram companhias de construção estrangeiras a disputarem contratos de infraestrutura do Brasil, por considerarem as nacionais “menos fortes” devido a problemas judiciais.
Lamento profundamente esta postura e posso afirmar que as empresas nacionais do setor da Construção Civil têm todas as condições de conduzir obras de grande porte, tanto que se tornaram referência mundial em estradas, metrôs, usinas hidroelétricas, pontes, entre muitas outras. Seu trabalho árduo está intrinsicamente ligado ao desenvolvimento do Brasil e, hoje, esse segmento constitui-se, talvez, na maior cadeia produtiva do País. De acordo com os dados do IBGE, o PIB de 2017 setorial foi responsável por 5,2% do PIB brasileiro. E, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE, há mais de 6,5 milhões de pessoas trabalhando no setor.
Mesmo com números tão expressivos, o segmento vive uma crise, tendo como um dos motivos a corrupção na área da construção pesada do Brasil. As empresas têm culpa, porém o governo e o sistema político também, e devem ser penalizados. Hoje, os responsáveis pelas condutas ilegais já estão pagando pelo que fizeram, com multas e outras onerações financeiras, além de sanções administrativas e penais. Tais penalizações, no entanto, não devem impedir que as empresas sigam operando. Atos ilícitos cometidos por alguns executivos não podem representar toda a construção civil. Temos empresas competentes, sérias e idôneas, que estão entre as melhores do mundo, assim como engenheiros e outros profissionais de caráter integro, qualificados e que exercem sua função com total excelência.
O potencial da construção civil é enorme. O consolidado do IBGE de 2016 revela que existem mais de 215 mil estabelecimentos formais no setor. Diante disso, acredito que a construção civil brasileira esteja se recuperando.
Aposto em um futuro promissor, no qual o administrador público, o governo e o Congresso Nacional criem condições para que o Brasil volte a fazer novos investimentos. Espero também que se promovam as reformas para corrigir as distorções causadas pelos desgovernos da última década. Um dos reflexos é o desemprego. Só na construção, 1,3 milhão de trabalhadores foram desligados nos dois últimos anos.
Estou certo que vamos dar a volta por cima, com boas ideias, muito suor e comprometimento dos que lutam pelo desenvolvimento da sua nação e, consequentemente, por um Brasil melhor!
Fonte: www.dci.com.br
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