sexta-feira, 30 de setembro de 2011

ALL contratará engenheiros para especialização em setor ferroviário

Profissionais devem cursar pós-graduação e desenvolver projeto durante o período de duração do programa


Mauricio Lima

Divulgação: ALL
A América Latina Logística (ALL) abriu as inscrições para o Programa de Engenheiros 2012, que contratará engenheiros para especialização e uma pós-graduação na área de ferrovias. O programa, iniciado em 2005, é feito em parceria com o Centro de Pesquisa e Estudos Ferroviários (Cepefer) e com a Universidade Positivo, em Curitiba. Segundo a empresa, a média de profissionais contratados é de 30 engenheiros por programa.

Segundo Melissa Werneck, Diretora de Gente e Qualidade da ALL, o curso foi criado para suprir a falta de engenheiros especializados na área de ferrovias. "Apesar de serem áreas consideradas promissoras do país, o mercado sofre com a falta de oferta de cursos específicos de capacitação", diz Melissa.

Durante o programa, o engenheiro passará por treinamento on the job, módulos de desenvolvimentos de competências gerenciais, treinamento em metodologia Seis Sigma, além de realizar o curso de pós-graduação em engenharia ferroviária.

Os interessados deverão se inscrever até 30 de outubro pelo site do programa. Podem participar engenheiros de qualquer área formados entre 2009 e dezembro de 2011. Após etapas de dinâmicas de grupo, entrevistas e painel com superintendentes e diretores, os candidatos selecionados são contratados e trabalham simultaneamente ao curso. Eles desenvolvem projetos já em campo, durante os 12 meses da pós-graduação.

Fonte: PINIweb

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cresce a construção de edifícios de alvenaria com blocos de concreto



O crescimento do mercado imobiliário no Brasil, especialmente o voltado para as faixas de renda média e baixa, tem incentivado o uso do sistema construtivo com alvenaria estrutural com bloco de concreto em todo o país, mesmo em regiões sem tradição no uso de blocos de concreto. A expansão está ligada às vantagens técnico-econômicas propiciadas pelo sistema: rapidez na execução e diminuição de mão de obra, devido ao fato de que as paredes, ao serem erguidas, já são a estrutura, diminuindo drasticamente a necessidade de contratação de operários especializados, como os montadores de fôrmas de madeira para a construção de pilares e vigas, necessárias no sistema convencional. Também instalações elétricas e hidráulicas podem ser previstas, já no projeto, embutidas nos blocos, agilizando ainda mais os trabalhos nos canteiros, ou seja, atuando fortemente na industrialização da construção. E, ainda, ao fato de que o Brasil já conta, atualmente, com fábricas de blocos de qualidade em praticamente todas as suas principais regiões.

Assim, a economia possibilitada pelo uso da alvenaria estrutural com blocos de concreto, que alcança 30% (prédios de até 15 andares) a 15% (torres com 20 pavimentos), de acordo com pesquisadores de universidades renomadas, como a Poli-USP, Federal de São Carlos-SP e Federal do Rio Grande do Sul, está levando o sistema construtivo para estados do Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país, que não tinham tradição de construir com blocos de concreto. A presença de grandes construtoras do Sudeste/Sul, como Cyrela, Gafisa, MRV e Direcional, entre outras, ajuda a espalhar esse sistema construtivo pelo Brasil. Em Natal, no Rio Grande do Norte, por exemplo, construtoras sediadas em São Paulo e que passaram a atuar no aquecido mercado da capital potiguar, como a Cyrela e a Rossi, entre outras, já desenvolvem mais de dez empreendimentos, alguns deles com mais de 400 unidades em torres de 19 e 20 pavimentos. 

Em Pernambuco, a mineira MRV utiliza a alvenaria estrutural com blocos de concreto para executar o empreendimento Condomínio Praia da Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, município da Grande Recife. Ali, estão sendo construídas 27 torres de oito pavimentos cada, num total de 864 apartamentos de 54 m2 cada, voltados para as classes de renda intermediárias. “A grande vantagem da alvenaria estrutural com blocos de concreto é que a obra já sai praticamente pronta, com menos mão de obra – o fundamental é o pedreiro-bloqueiro, especializado no assentamento de blocos. Não há carpintaria, praticamente”, explica o engenheiro Glaysson Moraes, responsável pela obra da MRV, que utiliza o sistema desde sua fundação, há 30 anos.

Com os investimentos previstos pelo governo federal de R$ 126 bilhões para a segunda fase do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), que vai até 2014 e prevê a construção de 2 milhões de unidades, a tendência é de o uso do sistema construtivo de alvenaria estrutural com blocos de concreto se espraiar ainda mais pelo país. No Centro-Oeste, esse sistema também está presente em obras na região de Brasília, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins. Nesses estados, construtoras e incorporadoras como as mineiras MRV e Direcional, a paranaense Plaenge e a paulista Brookfield desenvolvem empreendimentos com até mil unidades cada, recorrendo à alvenaria estrutural com blocos de concreto. “Hoje, temos fabricantes de qualidade e com capacidade de atender à demanda crescente por part e das construtoras”, afirma o engenheiro Fernando Crosara, gerente da regional Centro-Oeste da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP).

Nos estados da região Sul do país, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, a situação se repete. Grandes construtoras mineiras e paulistas, como Cyrela/Living, Rossi, MRV, Gafisa, Tenda, e paranenses, como a Plaenge, se juntam a construtoras locais na escolha da alvenaria estrutural com blocos de concreto como sistema construtivo para erguer atualmente mais de 20 empreendimentos voltados para a classe média e a baixa renda. “As pequenas empresas também estão adotando a alvenaria estrutural, de olho nos até 30% de economia em relação à construção convencional que o sistema oferece”, revela Alexsander Maschio, gerente da Regional Sul da ABCP.

“O fato de a maioria das regiões brasileiras contar com fabricantes de bloco que possuem o Selo de Qualidade da ABCP, que representa uma garantia de produção em conformidade com as normas brasileiras, tem incentivado essa expansão da alvenaria estrutural com blocos de concreto”, avalia o arquiteto Carlos Alberto Tauil, consultor técnico da BlocoBrasil-Associação Brasileira da Indústria de Blocos de Concreto.  As 53 empresas fabricantes de blocos associadas à BlocoBrasil têm capacidade produtiva instalada de de 56,357 milhões de blocos por mês, suficientes para a produção de 56 mil unidades habitacionais de 50 m2 mensalmente. 

Região e Capacidade ProdutivaNordeste 707.000 blocos/mês 
Centro-Oeste 1.600,000 blocos/mês 
Sudeste 47.040,000 blocos/mês 
Sul 7.010,000 blocos/mês 
Total 56.357.000 blocos/mês 

Fonte: Obra24Horas

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Custo da construção desacelera mais em setembro

Taxa de variação no mês foi de 0,14%, segundo o INCC


Mauricio Lima


Marcelo Scandaroli
O Índice Nacional de Custo da Construção - M (INCC-M) registrou em setembro taxa de variação de 0,14%, resultado inferior ao registrado no mês de agosto, de 0,16%. Os dados foram divulgados hoje (27) pelo Instituto Brasileiro de Economia (IBRE), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Nos últimos 12 meses, o índice contabilizou alta de 7,64%.
No quesito materiais e equipamentos, a variação foi de 0,23%, ante 0,18% no mês anterior. A parcela relativa a serviços variou 0,42% no mês, ante 0,50% em agosto. Serviços técnicos registraram a maior alta na divisão de serviços (0,71%). Materiais para pintura foram os que mais aumentaram de preço, com alta de 1,60%.

No índice relativo à mão de obra, houve variação de 0,01%, ante 0,06% no mês anterior. O índice relativo a profissionais especializados apresentou a maior alta no mês, de 0,07%.

Fonte: PINIweb

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Campinas terá mais um condomínio com selo Green Building



Projeto do GR Campinas 2
A grande procura de inquilinos por galpões modulares durante as obras – ainda em andamento – do GR Campinas, primeiro condomínio de galpões industriais da região com certificação Green Building, levou a Qopp Incorporadora e a GR Properties a lançar um novo empreendimento com porte semelhante. O GR Campinas 2, como será chamado, terá investimento de cerca de R$ 70 milhões. A entrega está prevista para o segundo semestre de 2012. “Tivemos diversas consultas sérias e chegamos ao ponto de ter fila de espera por módulos no GR Campinas. Por isso, decidimos construir um novo condomínio na mesma região”, explica Guilherme Rossi, diretor-geral da GR Properties.

O GR Campinas 2 ficará na Avenida Comendador Aladino Selmi, conhecida como Estrada dos Amarais, a cerca de um quilômetro de distância do primeiro empreendimento, que será entregue em novembro deste ano. O terreno, próximo à malha ferroviária e ao aeroporto Campo dos Amarais, é ideal para empresas de logística, distribuidoras, transportadoras e para a indústria leve, explica Carlos Corsini, sócio-diretor da Qopp.  “É um endereço privilegiado em um das regiões do País que mais cresce e que conta com um parque tecnológico em grande desenvolvimento.” 

Da construção à manutenção, o GR Campinas 2 seguirá normas internacionais exigidas pelo USGBC (United States Green Building Council) para obtenção do selo LEED (Leadership in Energy and Environmental Design). A certificação é dada apenas a construções que provocam menor impacto ambiental. “Estamos em fase de certificação no primeiro GR Campinas, e esse é um dos motivos para a resposta positiva que tivemos do mercado. Hoje, as empresas já incluíram a responsabilidade ambiental em suas agendas e, por isso, procuram se instalar em locais que permitam que esse pensamento seja posto em prática”, explica Guilherme Rossi. Entre os requisitos para obtenção do selo verde estão a gestão de resíduos da obra, redução no consumo de água, eficiência energética, depósito de recicláveis, controle de fumaça, utilização de madeira certificada FSC (Forest Stewardship Council), iluminação natural e possibilidade de acesso através de transporte público.

Além da certificação Green Building, outro destaque do empreendimento é a infraestrutura. O GR Campinas 2 será composto por 21 módulos. A estrutura permite a ocupação flexível de áreas entre 1.740 a 36.540 m², com possibilidade de utilização de área técnica externa. Os módulos terão piso de alta resistência nivelado a laser e cada um será ligado diretamente a quatro docas elevadas. Além disso, as unidades contarão com mezanino para escritórios, copa, caixa d’água individual, isolamento termoacústico, iluminação zenital e renovadores de ar. “Será um empreendimento acima da média nacional, preparado para atrair clientes e investidores que queiram atuar em Campinas”, afirma Corsini.

Fonte: Obra24Horas

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Falta profissional de engenharia em MS e mais de 40% são importados


“Hoje falta no mercado em todo Brasil aproximadamente 30 mil profissionais”, diz presidente em exercício do Crea

 
Viviane Oliveira
Está faltando profissional de engenharia em Mato Grosso do Sul. Levantamento do Crea/MS (Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia) 58% dos profissionais registrados na instituição são graduados no Estado, o restante precisa vir de fora para atender a demanda do mercado.
Este cenário foi traçado durante a semana passada na palestra Jovem Aprendiz: Semente do Futuro, que a Enersul realizou para levar a um grupo de 170 estudantes do Senai mais oportunidade para todos pensarem sobre seu futuro profissional.
A iniciativa faz parte do Programa de Educação Ambiental da Concessionária que, apresentou aos jovens as oportunidades de atuação profissional em carreiras tecnológicas ligadas ao setor elétrico.
 
No Mato Grosso do Sul tem 15 mil profissionais ativos, e segundo o presente ainda falta para suprir a necessidade da demanda.
De acordo com o presidente em exercício do Crea, Domingos Saib Neto, em função do cenário de desenvolvimento que vive Mato Grosso do Sul, hoje falta no mercado profissionais da área.
O presidente explica que em média 160 mil acadêmicos entram nas universidades em todo Brasil. Por ano conclui o curso cerca de 31 mil alunos. “Só no Mato Grosso do Sul temos 15 mil profissionais ativos e ainda falta para suprir a necessidade, agora você imagina esse número para atender a demanda do Brasil todo”, questiona.
Segundo ele, falta no mercado 30 mil profissionais na área da construção civil, arquitetura e agronomia.
Domingos explica que no Estado a construção civil está com mercado aquecido. “São muitas obras do município, Estado e do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Fora as construções privadas que crescem a cada dia”, finaliza.
Fonte: campograndenews

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Rio regulamenta isenção de ICMS para construção de estádios para Copa


SÃO PAULO – O Estado do Rio de Janeiro regulamentou nesta quinta-feira resolução editada em 2010 que prevê isenção de ICMS no fornecimento de mercadorias e serviços para a construção ou reforma dos estádios da Copa do Mundo de 2014. O benefício vale para operações internas e interestaduais.
Pela Resolução nº 435, publicada nesta quinta-feira pela Secretaria de Fazenda do Estado, as empresas não precisarão anular os créditos do imposto nas operações isentas. Isso quer dizer que elas poderão usar o saldo para abatimentos em outras vendas em que há a tributação. Pela Lei Kandir, o estorno (anulação) dos créditos em operações isentas ou não tributadas é obrigatório, mas os Estados têm competência para dispensá-lo. “Ainda havia a dúvida se o contribuinte teria o direito de compensar os créditos”, afirma o advogado Marcelo Jabour, da Lex Legis Consultoria Tributária.
O governo fluminense também reforçou os critérios para a obtenção do benefício. A isenção do ICMS na importação, por exemplo, somente será concedida se o produto não possuir similar produzido no Brasil. As empresas também deverão comprovar o uso das mercadorias e bens nas obras dos estádios do mundial de futebol. Para isso, os vendedores e compradores deverão apresentar ao Fisco um relatório trimestral para comprovar as operações. A forma e o prazo de entrega ainda serão definidos.
(Bárbara Pombo | Valor)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Construção civil ajuda a erguer o futuro do País



O deficit habitacional do Brasil é de 5,8 milhões de moradias. Produzir casas é mais que necessário - é urgente. Mas os desafios da construção civil vão além: arquitetos e engenheiros são responsáveis por colaborar para o futuro do País, desde a simples residência até hidrelétricas como Belo Monte.

Quando tinha 12 anos, Candido Malta queria ser agrônomo. A chegada de um amigo da Itália fez o menino mudar de ideia. "Ele disse que eu sabia desenhar muito bem e que deveria ser arquiteto". Foi o que fez: em 1955, ingressou no curso da Universidade de São Paulo.

Naquela época, havia pouca preocupação com a questão ambiental. Com 74 anos de idade e 52 de carreira, Malta explicou que agora o negócio é outro. "Hoje o arquiteto tem de ser um ambientalista. Precisa pensar que impactos seu projeto trará ao ambiente".

Malta é conhecido por suas idéias revolucionárias da paisagem urbana, tais como a construção de prédios-ponte sobre os rios. Muitas delas o profissional trouxe de suas viagens ao exterior. "Para quem trabalha no Brasil, um país em desenvolvimento, é importante visitar países desenvolvidos", garantiu. O arquiteto fez mestrado na Califórnia e voltou recentemente de viagem de trabalho à Rússia.

Aliás, aprender outros idiomas também é fundamental na carreira. "Falo espanhol, inglês e francês", disse Malta. 

Sustentável

O futuro da construção civil está mesmo na questão ambiental. O especialista em planejamento e gestão de construções sustentáveis Ailton Pinto, 51 anos, se preocupa com o tema desde os anos 1970, quando se tornou professor do curso de Engenharia Civil da FEI.

Nesta época, os canteiros tinham mão de obra barata e muito desperdício. "Na década de 1990, a construção civil percebeu que reduzir as perdas aumentava os lucros. Além disso, começou a treinar os profissionais para otimizar o trabalho."

Para Ailton, as novas tecnologias ajudam a reduzir os impactos ambientais. "Por isso o engenheiro precisa de atualização constante". O esforço compensa: um especialista em construções sustentáveis ganha salário inicial de R$ 5 mil a R$ 7 mil. 

Transporte

Os desafios do profissional não param na construção de edifícios. Afinal, a área de transportes também precisa de engenheiros civis.

Antonio Benedito Rossitto, 52 anos, é um deles. Começou aos 14 anos como aprendiz de almoxarifado em uma empresa ligada ao transporte ferroviário. Aos 16, após se formar em desenho técnico, passou para a área de projetos. "A engenharia civil tem diversidade enorme de atuação. No meu caso, voltei-me para obras de infra e superestrutura ferroviária".

Para Rossitto, o transporte de passageiros em uma região metropolitana como a nossa assusta qualquer especialista no assunto. A necessidade de aumentar a oferta para a população em crescimento e oferecer transporte em condições de conforto, regularidade, confiabilidade e outros atributos de qualidade são desafios constantes do profissional que se aventura nesta área. "É preciso estar disposto a pesquisar muito, inclusive os modelos de ferrovias internacionais."
Fonte: Obra24Horas

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Steven Holl cria condomínio de edifícios "fatiados" para permitir iluminação do entorno

orres atingiram altura máxima e construção deverá ser finalizada em 2012


Mauricio Lima

O Sliced Porosity, condomínio multiuso projetado pelo arquiteto Steven Holl para a cidade de Chengdu, na China, alcançou, na última semana, a sua altura máxima, de 123 m de altura. O projeto é composto por cinco torres, que formam volumes "fatiados". Segundo o arquiteto, as formas foram pensadas a partir de um estudo da exposição ao sol do tecido urbano ao redor. Com esses cortes, a luz ainda consegue chegar às edificações em volta.

Divulgação: Steven Holl
Edifícios atingiram altura máxima de 123 m de altura

As fachadas que são viradas para a rua serão constituídas por uma "grade" de concreto, que seguirá o desenho em todos os edifícios. Já as fachadas de frente para a praça e as inclinadas serão fechadas totalmente em vidro. Alguns edifícios serão ligados por passarelas suspensas. Ainda, alguns vãos criados entre os volumes receberão esculturas. A estrutura do edifício está sendo construída toda em concreto.
Entre os edifícios, há cinco entradas que levam a uma praça pública elevada no centro do condomínio. Segundo Holl, a ideia de colocar os edifícios em volta de uma praça pública transforma o local em um novo espaço urbano, e não em um simples objeto. A praça contará com várias esculturas e terá volumes formados por pedras, rampas, árvores e lagos.
Segundo Holl, todo o condomínio será aquecido e resfriado por energia geotermal e os três lagos da praça terão sistemas de captação de água da chuva. Além disso, serão utilizados vidros para fachada de alta performance e materiais da região, tornando o edifício um candidato à certificação LEED nível ouro.
As torres, que juntas terão 310 mil m² de área construída, abrigarão escritório, apartamentos, lojas, um hotel, cafés e restaurantes. O objetivo é que a obra seja finalizada no último trimestre de 2012.

Divulgação: Steven Holl


Divulgação: Steven Holl


Fonte: PINIweb

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Pedreiro é artigo de luxo e empresas pagam até R$ 1,4 mil



Com o aniversário do município chegando, o crescimento de Campo Grande parece ficar mais evidente. As construções e obras estão por todo lado e quando se trata de mão de obra, algumas empresas já têm dificuldade em encontrar funcionários. Um exemplo é o Shopping Bosque dos Ipês, em que um terço dos funcionários são de outros estados brasileiros. Para isso, a empresa responsável paga 55% acima do valor praticado no mercado, ou seja, em vez de R$ 900, eles pagam R$ 1.400 por 220 horas de trabalho mensais.

Segundo o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Campo Grande (Sintracon) o valor de tabela para esta carga horária é de R$ 815 para pedreiro. "Como está faltando gente no mercado, a empresa paga mais pra manter empregados no quadro de funcionários. Tem gente sem emprego porque não cumpre com o que a empresa exige de qualificação", afirma o presidente da entidade, Samuel Freitas.

No entorno dos 56 mil metros quadrados de área construída, pode-se observar a estrutura para os 350 funcionários – banheiros e refeitórios. Além de alojamentos e aumento nos aluguéis em quitinetes em bairros próximos à saída de Cuiabá. O grupo que constrói o empreendimento é nordestino, mas dentre os funcionários estão gaúchos, alagoenses e paulistas.

“Vim de Erechim, Rio Grande do Sul, gostei de Campo Grande, estou sendo bem acolhido, mas só estou passando temporada, logo volto para minha família. Já trabalhei em Rondônia, Cuiabá e Recife”, conta o encarregado de obras Itacir Teixeira, 46 anos, que trabalha em construções desde os 16. Sobre a lida diária, diz que nunca sofreu nenhum acidente de trabalho e que se cada um da equipe fizer o seu trabalho, no final compensa. “Fico pensando no dia que a gente passar aqui de viagem e olhar a obra pronta, vai pensar fui eu que construí, isso é bom demais”, comemora Itacir, mais conhecido como Falcão.

A previsão para entrega é novembro de 2012 e 70% das lojas já estão definidas, além da rede de cinemas e restaurantes. Segundo o engenheiro Paulo Medina, o local é o primeiro do Brasil a ter o certificado ambiental Leed. A todo momento caminhões jogam água no solo para evitar aspersão de poeira.

Fonte: Obra24Horas