terça-feira, 28 de abril de 2020

FGV confirma queda na taxa de inflação na construção civil em abril



O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) registrou inflação de 0,18% em abril deste ano, taxa menor que a de março: 0,38%.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira, 28, no Rio de Janeiro, pela Fundação Getulio Vargas (FGV), o índice acumula inflação de 1,16% no ano e de 4,02% em 12 meses.
Em abril, a inflação dos materiais e equipamentos foi de 0,44%, acima do 0,42% de março. Os itens que mais contribuíram para a alta foram os produtos químicos (1,38%) e material para pintura (1,33%).
Os serviços também tiveram uma inflação mais alta em abril (0,13%) do que em março (0,11%). O item serviços pessoais (0,34%) é o que mais puxou a inflação.
Por outro lado, o custo da mão de obra manteve-se estável em abril. Em março, houve inflação de 0,40%.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 27 de abril de 2020

PIB da construção civil pode cair 10%

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Se 2020 começou com projeções otimistas e de crescimento para vários setores, a chegada do coronavírus fez esse cenário mudar radicalmente.
Um dos setores que começavam a se recuperar, a construção civil pode amargar uma queda de até 10% esse ano. As informações são do Valor Econômico.
De 2014 a 2018, o setor registrou queda de 30%. No ano passado, ensaiou uma retomada, com crescimento de 1,6%. A expectativa era boa para a construção civil em 2020. Mas. com a crise de saúde e econômica provocada pelo coronavírus, o otimismo foi por água abaixo.

Cenários para a construção civil

A LCA Consultores aponta que o PIB da construção civil pode cair em média 7,5% em 2020.
Em especial, o setor imobiliário deve amargar grande queda.
A consultoria avalia que as condições ruins do mercado podem fazer o PIB do setor variar entre queda de 5% e de 10%, mas o resultado deve ficar entre 7% e 8%.  Para o PIB total, a LCA estima queda de 3,5% no ano.
Antes do impacto do coronavírus, a expectativa era de um crescimento de 2% a 4% para a construção civil este ano. A queda de juros e o aumento do crédito iriam impulsionar o mercado imobiliário em 2020. Mas as incertezas com o coronavírus derrubaram este cenário.
Coordenadora de projetos da construção civil do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Ana Maria Castelo avalia que os segmentos chamados autoconstrução e autogestão, obras de reformas tocadas por famílias, assim como as pequenas empresas do setor, são os que devem sofrer mais.
Segundo ela, 48% do PIB da construção vêm dessas obras e de pequenas empreiteiras. Para elas devem pesar o aumento do desemprego e a forte queda de renda provocada pela pandemia.
O Ibre/FGV estima queda de 7,2% no PIB da construção civil em 2020 e recuo de 3,4% no PIB total.

domingo, 26 de abril de 2020

Efeito Coronavírus: construção civil espera retomada das vendas

Efeitos do coronavírus atingiram também a construção civil por causa da paralisação imposta via decretos e o receio dos consumidores sobre o que vai acontecer
A pandemia provocada pela Covid-19, ou coronavírus, espalhou vítimas em todos os setores da sociedade com ênfase para o setor produtivo de modo geral. Uma das áreas que também sentiu os efeitos da crise foi a construção civil. Primeiro por causa da paralisação das atividades por força de decretos do governo do estado e da administração municipal de Bento Gonçalves, período em que não foram realizadas vendas e as obras deixaram de andar. Segundo, conforme explica o presidente da Associação das Empresas de Construção Civil da Região dos Vinhedos (Ascon Vinhedos), Milton Milan, por causa da insegurança das pessoas.
Ele explica que o comprador está aguardando a situação se acalmar para, só então, decidir o que fazer. “Quem está nesta situação de insegurança não está disposto a consumir, principalmente um apartamento, um lote, ou algo semelhante a um investimento desta natureza”, disse Milan. Ele afirmou que a construção de empreendimentos não foram suspensos por causa do coronavírus e que depois que novos decretos autorizarem a volta à normalidade, as obras foram retomadas.
Milan também falou que desconhece demissões no setor da construção civil, “salvo alguns casos isolados e pontuais que não têm a ver com a situação causada pelo coronavírus”. E explicou que a retomada das obras, com material de construção à disposição, ocupa a mão de obra que estava trabalhando antes do quadro se agravar. O ‘senão’ da situação foram as duas semanas de paralisação do setor que, de acordo com o presidente da Ascon Vinhedos, devem decretar cerca de 15 dias de atraso no prazo de entrega das obras. Mesmo assim, projeta que muitas empresas devem conseguir cumprir os prazos acordado.

Expectativas de retomada das vendas

Entre os empresários da construção civil o quadro não chega a ser pessimista. Ao contrário, pois há estimativa de retomada das vendas a médio prazo. Rafael Panazzolo, da Panazzolo Construções, lembra que o mercado da construção civil “é muito volátil” e que a crise “com certeza atrapalha, mas não tem como dizer se a situação estaria melhor, ou não, sem essa pandemia”. Com 15 funcionários executando uma obra, Rafael diz que a empresa não demitiu e que já observa um movimento melhor, com algumas pessoas procurando informações sobre imóveis.
Na mesma linha segue Diogo Parisotto, da Construtora Parisotto, que está executando três obras simultaneamente. “Alguma coisa está se vendendo embora a procura tenha caído bastante. É que as pessoas estão esperando para ver o que vai acontecer e, até que isso se resolva, estão inseguras quanto a novos investimentos”, destaca o administrador. Parisotto também afirma que não foram realizadas demissões e que as obras seguem com ritmo normal.
Na Construtora Arcari, o diretor executivo Andrey Arcari também está otimista. “Sabemos da dificuldade e desafios que teremos pela frente, com grande impacto econômico, mas precisamos continuar focados no negócio, muito atentos aos custos, trabalhando e inovando muito, no caminho da transformação digital, que já ocorre em nossa empresa, e irá se acentuar a partir de agora”. Para alavancar negócios, recomenda que as pessoas utilizem as facilidades oferecidas pelo mercado financeiro como forma de incentivo às vendas no mercado imobiliário.

Atenção

A Associação das Empresas de Construção Civil da Região dos Vinhedos tem cerca de 80 associados nos municípios vizinhos, mas a grande maioria é de Bento Gonçalves.
De acodo com o presidente da Ascon, Milton Milan, os associados são construtoras, incorporadoras, e todas as empresas que trabalham no ramo, como fornecedores de materiais ou de mão de obra.
Somente em Bento, estes 80 associados seriam responsáveis, atualmente, pela execução de obras em cerca de 100 empreendimentos, principalmente em Bento Gonçalves.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Como a construção civil sofre com a crise do covid-19

Trabalhadores da construção civil tem rotina alterada pelo ...

A construção civil atingiu um índice de 106% na Bolsa em 2019, maior alto setorial do Ibovespa. No entanto, o novo coronavírus interrompeu significativamente esse crescimento, resultando em -36,78% do índice de papéis.

O isolamento social recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), tem apresentado efeitos negativos na construção civil. Afinal, muitos países, inclusive o Brasil, está cumprindo quarentena e adotando novos modelos de trabalho.
Para se ter uma ideia, a construção civil atingiu um índice de 106% na Bolsa em 2019, maior alto setorial do Ibovespa. No entanto, o novo coronavírus interrompeu significativamente esse crescimento, resultando em -36,78% do índice de papéis.
Com esse cenário, muitas organizações da construção civil passaram a adotar novos negócios e modelos de trabalho, como o home office. Entretanto, grande parte das companhias ainda mantém o mesmo ritmo de trabalho e atuam com a equipe reduzida.
Se, na sua organização, as obras ainda continuam em funcionamento, preparamos algumas medidas fundamentais para dar continuidade às construções e fornecer proteção a equipe. Veja!

Ações para a construção civil e novos negócios

Embora a crise do covid-19 apresente resultados negativos na construção civil, uma das maiores vantagens das construtoras e novos negócios é o caixa robusto, que conta com R$ 5,5 bilhões conquistado no período otimista da economia.
Nesse sentido, a pandemia do coronavírus (Covid-19) exige ações fundamentais por parte da sociedade. Claro, não podemos descartar o fato de que os escritórios, índices, novos negócios e o projeto de spda sofreram grandes impactos com a crise.
No entanto, uma paralisação total da equipe pode resultar em grandes prejuízos financeiros. Para que isso não aconteça, elaboramos um passo a passo para reduzir a propagação do vírus nas atividades de obras e gestão. Acompanhe!

1. Defina responsáveis na empresa

Para gerenciar as obras e os processos da organização, defina um ou mais responsáveis para monitorar as atividades e o índice de produção dos colaboradores.
Além disso, crie ações de política de crise, apresentando o cenário econômico atual e como a pandemia pode impactar os novos negócios futuramente.
Nesse sentido, após definir os responsáveis, faça com que toda equipe esteja consciente das obras em andamento, dos processos a serem administrados e das medidas necessárias para contornar a crise.
Para garantir a saúde e o bem-estar dos colaboradores, centralize a equipe técnica de segurança do trabalho para fiscalizar as ações de prevenção impostas.

2. Higienizar

Outro ponto fundamental em toda organização – principalmente em meio a uma pandemia – é a higienização do ambiente. Com esse cenário, limpe a cada 1 hora, com cloro ativo, as maçanetas, espuma laminada, torneiras, entre outros locais de utilização.
Além disso, é fundamental limpar, a cada 2 horas, também com cloro ativo banheiros físicos, pias, sanitários, bebedouros, vestiliário, dispositivo de ponto, catracas e equipamentos de trabalho.
Outro ponto que merece destaque é a higiene pessoal. Por isso, forneça álcool gel 70% para todos os colaboradores, verifique se há sabonete nos banheiros durante o dia e passe algumas medidas, como lavar as mãos e higienizar os equipamentos de proteção individual.

3. Reduza a aglomeração de pessoas

O primeiro passo é proporcionar o almoço em horários alternativos. Para que a quantidade de colaboradores no refeitório seja reduzida, estabeler turnos alternados entre as equipes.
Além disso, minimize o máximo possível de pessoas em elevadores, no escritório e nos demais ambientes da empresa, seguindo a etiqueta de segurança da Organização Mundial da Saúde.
Além do mais, é fundamental suspender eventos internos e externos, visitas, cancelar viagens e, se possível, liberar o home office para a equipe, principalmente para os colaboradores que fazem parte do grupo de risco.
A ideia é que a construção civil gere índices positivos, estabeleça novos negócios, receitas e continue contribuindo com a saúde e o bem-estar da equipe.
Esse‌ ‌artigo‌ ‌foi‌ ‌escrito‌ ‌por‌ ‌Beatriz‌ ‌Barros,‌ ‌Criadora‌ ‌de‌ ‌Conteúdo‌ ‌do‌ ‌‌Soluções‌ ‌Industriais‌.‌

quarta-feira, 22 de abril de 2020

VÍDEO: Marchezan anuncia liberação da atividade de construção civil a partir de quinta-feira



O prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, anunciou na tarde desta quarta-feira (22) a retomada das atividades de construção civil a partir de quinta-feira (23). Um decreto deve ser publicado até o final do dia pela prefeitura, informou durante entrevista ao jornalista Daniel Scola no programa Live GZH, transmitido ao vivo pelo site de GaúchaZH. 


Conforme Marchezan, o trabalho será retomado com horários diferentes do normal, iniciando mais tarde e terminando mais cedo. O objetivo é evitar aglomeração no transporte publico em meio à pandemia de coronavírus, já que boa parte dos trabalhadores da área se desloca em coletivos.

— A gente tem na construção civil em torno de 27 mil pessoas com carteira assinada. É o terceiro setor que mais traz recursos para a prefeitura e, obviamente, também precisamos de recursos para comprar respiradores, equipamentos para proteção individual, testes, entre outros. Não podemos ficar eternamente no isolamento social. Essa liberação parcial vai servir para fazer outras avaliações — disse.


Segundo o prefeito, inicialmente a liberação será para a construção civil, mas a tendência é de que para os próximos 15 dias, se os números de casos continuarem na média atual, também possa haver autorização para o funcionamento de indústrias.


Durante a conversa, o prefeito apresentou dados comparando a situação de Porto Alegre com outras cidades do Brasil e da Europa. Segundo ele, o fato de a Capital ter feito restrições a atividades uma semana antes da primeira morte por coronavírus possibilitou achar a curva da doença.


Em relação a reabertura de bares e restaurantes, Marchezan disse que ainda não há como garantir prazos:


— O setor de bares e restaurante é um pouco mais delicado. Envolve muitas estruturas de contato. Uma movimentação maior de pessoas. Então conversamos com eles, e estão entendendo que a gente precisa chegar ao fim de abril e maio para ter mais dados concretos, mais evidências.


Marchezan também falou sobre a aglomeração de pessoas em parques e na orla do Guaíba, como foi registrando no feriado de terça-feira (21). Segundo ele, não é possível controlar as pessoas somente com um decreto. Disse esperar bom senso:


— Entendo a necessidade das pessoas de sair, de pegar sol. Mas, infelizmente, não acredito que o decreto tenha tanta força para impedir que as pessoas se aglomerem. Espero apenas que haja mais maturidade, cuidado com hábitos, mais cultura e respeito a si e aos próximos para podermos sair desse período com resultados positivos.


Em relação ao uso de máscaras, o prefeito disse não entender que haja necessidade de obrigar as pessoas a usarem por meio de decretos, como algumas cidades tem feito:


— Hoje não vislumbramos com referenciais científicos a real necessidade. Claro que incentivamos as pessoas a usarem, mas não é algo que vamos obrigar. A gente tem um cuidado de evitar uma superdemanda. Inclusive, não há nenhuma orientação para todos os profissionais da saúde atenderem de máscaras. A orientação é para quem estiver atendendo pessoas com sintomas. Essas sim, obviamente, devem usar.


terça-feira, 21 de abril de 2020

Setor da construção civil passa por adaptações durante a pandemia do coronavírus


Trabalhadores da construção civil redobram cuidados durante pandemia do coronavírus
A pandemia do coronavírus interrompeu o ritmo acelerado do setor da construção civil em 2020 e fez com que os trabalhadores do ramo passassem por adaptações.
Como as atividades não pararam durante o período de quarentena, a saúde dos trabalhadores é essencial, assim como os equipamentos de segurança. Segundo o engenheiro civil Antônio Galvão, medidas de prevenção também foram tomadas nas obras.
“A gente não trabalha em espaço confinado. É totalmente ventilado. Quem tem mais de 60 anos, colocamos de férias. Se algum profissional tem problema de saúde, não trabalha. Os demais pedimos para evitar aglomerações, aumentamos o intervalo e dividimos equipes”, explica Galvão.
Setor da construção civil passa por adaptações durante pandemia da Covid-19 — Foto: Reprodução/TV TEMSetor da construção civil passa por adaptações durante pandemia da Covid-19 — Foto: Reprodução/TV TEM
Setor da construção civil passa por adaptações durante pandemia da Covid-19 — Foto: Reprodução/TV TEM
Em um empreendimento que será lançado no final do ano em Itapetininga (SP), quase todas as unidades estão vendidas, mas o diretor da incorporadora, Tony Shayo, acredita que a procura vai diminuir com o coronavírus.
“As pessoas postergam compra, esperar para ver o que vai acontecer com o mercado. Ninguém quer sair, mas a gente segue dando atendimento aos clientes por telefone e mensagem. Nas últimas semanas tivemos menos fechamento, mas o pessoal segue procurando”, afirma Shayo.
Problemas na entrega de materiais podem atrasar o prazo de entrega dos imóveis, mas segundo os profissionais que atuam no setor, por enquanto não é possível fazer um cálculo para identificar em quanto a construção civil pode ser prejudicada durante a pandemia da Covid-19.
Setor da construção civil passa por adaptações durante pandemia da Covid-19 na região de Itapetininga — Foto: Reprodução/TV TEMSetor da construção civil passa por adaptações durante pandemia da Covid-19 na região de Itapetininga — Foto: Reprodução/TV TEM
Setor da construção civil passa por adaptações durante pandemia da Covid-19 na região de Itapetininga — Foto: Reprodução/TV TEM
Fonte: https://g1.globo.com/sp/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba