segunda-feira, 14 de maio de 2018

Empresas da construção civil negociam diretamente com os trabalhadores em greve em ES

Trabalhadores da construção civil consideram que nova lei  reduz direitos da categoria

Em protesto contra a postura autoritária do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Espírito Santo (Sinduscon/ES), que não dialoga com os operários da construção civil e montagem, em greve desde o dia 30 de abril, dezenas de empresas do ramo estão negociando diretamente com o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil do Espírito Santo (Sintraconst/ES), para respeitar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

Mais de trinta empresas já entraram em acordo com o Sintraconst – desde o início da greve até a última quinta-feira (10) – decidindo manter as cláusulas da CCT e conceder reajuste de 2% nos salários.

Em comunicado nesta sexta-feira (11), o sindicato dos trabalhadores avalia não vislumbrar um acordo que possa pôr fim ao movimento grevista em um cenário próximo.

Na visão dos sindicalistas, o Sinduscon quer “acabar com garantias contidas na Convenção Coletiva, como a figura do representante sindical, o café da manhã, a Participação nos Resultados (PR), a remuneração de horas extras, o aviso prévio indenizado, com o cartão de compras da categoria e o plano de saúde”, afirmam.

Outra manobra empenhada pelo sindicato patronal, denunciam os trabalhadores, é a modificação da classificação profissional constante da Convenção Coletiva de Trabalho, com o fim das funções de Oficial Pleno, Oficial Polivalente, Ajudante Prático na construção civil e o fim de toda classificação na montagem industrial.

O objetivo final, analisa o presidente do Sintraconst/ES, Paulo César Borba Peres, o Carioca, é acabar com a Convenção Coletiva. “Foram décadas de lutas da categoria para se chegar a uma CCT que garantisse esses direitos e agora eles querem acabar com tudo, inclusive com a proposta de extinguir a classificação profissional apenas para rebaixar salários”, protesta.

A postura autoritária do Sinduscon, no entanto, tem se mostrado um tiro no pé, avalia o sindicalista, tendo em vista as negociações que as empresas têm feito diretamente com os trabalhadores, além de gerar o crescimento do movimento grevista em todo o Estado.

O assessor de comunicação do Sintraconst/ES, Edilson Lenke, ressalta que uma preocupação maior, no momento, é com os trabalhadores do interior, visto que os acordos amigáveis têm sido celebrados fundamentalmente na Grande Vitória, enquanto as empresas fora da região metropolitana continuam sob comando do Sinduscon.

A próxima assembleia da categoria será nesta terça-feira (15), às 11h, no auditório do Sintraconst/ES, quando serão definidos os novos rumos da greve. 

Fonte: http://seculodiario.com.br

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