domingo, 23 de novembro de 2025

A revolução chegou: empresa ativa sistema de IA que opera escavadeiras de até 80 toneladas e reduz a necessidade de operadores humanos na construção

 


A operação reúne escavadeiras autônomas, supervisão humana e integração completa ao fluxo tradicional do canteiro para preparar uma área industrial de 130 acres, marcando o maior uso de autonomia supervisionada em escavação em massa já anunciado pela empresa
Uma startup americana de automação lançou o que considera a maior implantação de autonomia supervisionada da indústria da construção para escavação com escavadeiras em massa.

A iniciativa ocorre em parceria com a Sundt Construction, responsável por preparar um terreno de 130 acres para uma fábrica no país. A empresa afirma que essa operação marca um avanço expressivo no uso de sistemas autônomos na construção civil, especialmente em projetos de grande escala.

Somente neste projeto, os sistemas da Bedrock Robotics movimentaram cerca de 49.796 metros cúbicos de terra. Os equipamentos carregaram caminhões basculantes articulados operados por humanos, seguindo o mesmo fluxo de trabalho utilizado nas operações manuais.

Com 1.300 km e custo de R$ 28 bilhões, nova ferrovia vai ligar Brasília ao mar, prometendo escoar grãos e levar passageiros do Planalto ao litoral capixaba a partir de 2031
Risco de queda e obra lenta: o que João Campos diz sobre a Ponte Giratória no Recife

Construção da Ponte Giratória revelou risco iminente de queda, segundo João Campos. Intervenção segue até março de 2026 no Recife.
Túnel imerso de R$ 6,8 bilhões e 870 metros submersos no Brasil será o primeiro do tipo na América Latina; veja como a megaobra vai acabar com o caos diário entre duas cidades brasileiras

Túnel imerso Santos-Guarujá avança após homologação da PPP e promete transformar a mobilidade e logística na Baixada Santista. Confira detalhes.
Edifício inspirado em cupinzeiros promete transformar a arquitetura de Cuiabá com ventilação natural, oito pavimentos completos e um novo jeito de viver o trabalho no cerrado

Edifício inspirado no cerrado une biomimética, ventilação natural e estrutura corporativa completa para transformar a experiência de trabalho em Cuiabá
Essa integração busca garantir que o processo mantenha a dinâmica tradicional do canteiro de obras, mas com benefícios adicionais de produtividade.

A tecnologia é compatível com escavadeiras de 20 a 80 toneladas, o que permite sua aplicação tanto em máquinas compactas quanto em equipamentos de terraplenagem de grande porte.

Essa amplitude de uso é destacada como um passo significativo para a construção autônoma comercial, tornando a automação mais acessível em diferentes tipos de obra.

Dan Green, gerente de projetos da Sundt Construction, afirmou que a automação contribui diretamente para o trabalho diário nas frentes de escavação.

Ele destacou que, ao permitir que a tecnologia da Bedrock cuide do carregamento repetitivo de caminhões, as equipes especializadas passam a dedicar mais tempo a atividades criativas e estratégicas, nas quais sua experiência é essencial para o sucesso.

Soluções inteligentes de escavação
A plataforma principal da empresa, chamada Bedrock Operator, foi projetada para permitir que escavadeiras de diferentes portes operem de forma semi-independente. O objetivo é que os equipamentos se integrem aos fluxos de trabalho já existentes, mantendo processos familiares para as construtoras enquanto apresentam os ganhos proporcionados pela automação.

Um dos destaques da tecnologia é a instalação reversível no mesmo dia. Isso possibilita alternar rapidamente entre operação autônoma e manual, sem causar interrupções no andamento das obras. A plataforma também foi pensada para atuar de forma colaborativa com operadores humanos, executando tarefas repetitivas com alta precisão e reduzindo a fadiga em trabalhos prolongados, especialmente em áreas remotas ou de grande escala.

Implantada atualmente em diferentes locais no Arizona, Texas e Arkansas, a solução vem mostrando ganhos expressivos de produtividade. Segundo a Bedrock, o sistema combina rastreamento de tarefas em tempo real, melhorias na segurança e cronogramas mais acelerados, posicionando a tecnologia como uma opção transformadora para a construção comercial moderna.

Boris Sofman, cofundador e CEO da Bedrock Robotics, afirmou que o desenvolvimento da tecnologia em canteiros de obras ativos, ao lado de empreiteiros experientes e suas equipes, permite enfrentar diretamente os desafios que limitam a capacidade dos projetos atualmente. Ele ressaltou que a proposta é oferecer uma solução intuitiva e sem interrupções para os parceiros e clientes.

Construção mais rápida e eficiente
Com o avanço da reindustrialização nos Estados Unidos, a empresa aponta que a automação pode ajudar a preencher a lacuna entre a demanda crescente por infraestrutura e a diminuição da força de trabalho da construção civil. Em 2024, o investimento em instalações de manufatura no país chegou a US$ 238 bilhões, segundo a Deloitte. Ainda assim, o setor enfrenta uma escassez de 500 mil trabalhadores.

Os números revelam ainda que 1,25 bilhão de horas são gastas anualmente na operação de equipamentos pesados. Com cerca de 40 por cento da força de trabalho prevista para se aposentar na próxima década, cresce a pressão por soluções que aumentem a disponibilidade e a flexibilidade da mão de obra, conforme publicado pelo The Robot Report.

A plataforma Bedrock Operator integra-se às máquinas e processos de construção já utilizados, permitindo que as obras mantenham seu ritmo sem interrupções. A tecnologia acelera cronogramas, amplia a segurança, melhora a lucratividade e fornece monitoramento em tempo real do progresso da obra.

Em um movimento que reforça sua expansão, a empresa anunciou a maior implantação de autonomia supervisionada para escavação em massa do setor, realizada em parceria com a Sundt Construction para preparar a instalação de 130 acres. De acordo com a TRR, a operação movimentou mais de 65.000 jardas cúbicas de terra, mantendo o mesmo fluxo das operações manuais.

Em paralelo, a Bedrock concluiu a escavação autônoma em uma instalação de prototipagem em Proto-Town, no centro do Texas, um polo que abriga startups de hardware. Essa é a segunda implantação ativa da empresa em um canteiro de obras, parte dos testes contínuos de autonomia supervisionada que, segundo a companhia, pavimentam o caminho para operações totalmente autônomas até 2026.

Fonte: https://clickpetroleoegas.com.br


segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Canteiro de obras vira sala de aula em curso de construção civil para mulheres em Salvador

 


O canteiro de obras do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães, na Avenida San Martin, em Salvador, se transformou em sala de aula nesta terça-feira (16) para as alunas do curso Construa com Elas, capacitação em construção civil voltada exclusivamente para mulheres. A visita ao espaço, que passa por uma ampla reforma do Governo do Estado, marcou o início da fase prática da formação promovida pela Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia).

O curso, iniciado em 8 de setembro, integra o Projeto de Trabalho Social (PTS) da Macrodrenagem da Cidade Baixa, com recursos do Novo PAC. Na visita técnica, as 19 alunas puderam observar de perto um canteiro de grande porte em funcionamento, visualizando na prática os conceitos aprendidos em sala.

“Acho que o que mais chamou a atenção delas foi a coordenação das equipes no canteiro de obras. É algo que discutimos muito no curso, pois mostra como diversas frentes de trabalho e profissionais interagem ao mesmo tempo no mesmo espaço”, explicou o engenheiro Renato Carvalho, instrutor do curso.

Com diferentes histórias de vida, as alunas compartilham o desejo de se inserir formalmente no mercado da construção civil, muitas vezes enfrentando preconceitos. É o caso de Amanda Paixão, que já trabalhou na área e sonha em se tornar engenheira: “Esse curso veio para reafirmar que temos o nosso lugar e o mesmo direito que os homens têm”, afirmou.

Outras participantes, como Rosângela Carvalho, desejam usar o aprendizado para serem mais independentes em suas próprias obras, após experiências frustradas com serviços terceirizados. “Aprendi muita coisa por necessidade e observação. Agora estou refinando esse conhecimento”, contou, emocionada.

Para a engenheira civil Martha Lyra Reis, responsável pela fiscalização da obra, a experiência foi marcante. “Ainda é raro ver mulheres no canteiro de obras aqui na Bahia. Gostaria muito de fiscalizar uma obra feita só por mulheres. Elas são muito compromissadas”, disse.

A obra no Colégio Modelo integra o projeto de modernização da rede estadual de ensino e inclui a construção de cobertura para a quadra poliesportiva, vestiários e a requalificação completa da escola. O investimento é superior a R$ 8 milhões.

O curso Construa com Elas é uma das ações do PTS que também oferece capacitações em áreas como alimentação, meio ambiente, saúde e bem-estar, reforçando o papel das obras públicas como agentes de transformação social.

 Fonte: https://aloalobahia.com/


sábado, 20 de setembro de 2025

Construção civil concentra vagas de destaque com salários atrativos no Sine Municipal


O setor da construção civil lidera as 858 oportunidades de emprego divulgadas pelo Sine Municipal de Cuiabá nesta quinta-feira (18), com salários que chegam a quase R$ 7 mil e diversos benefícios.

Entre as funções mais bem remuneradas está a de operador de motoniveladora, com salário de R$ 6.922,00, além de seguro, alimentação, adicional noturno de 20%, horas extras e possibilidade de alojamento. Também se destacam as vagas para operador de escavadeira, com remuneração de R$ 4.067,00, e para operador de máquinas de construção civil e mineração, com salário de até R$ 2.900,00.

Outro cargo atrativo é o de auxiliar de conservação de obras civis, com remuneração de R$ 2 mil e benefícios como assistência médica e odontológica, Participação nos Lucros e Resultados (PLR), vale-alimentação, “day off” no aniversário e sorteios de ingressos para lazer e cultura.

Há ainda oportunidades para assistente de engenharia, destinadas a estudantes de engenharia civil, com salário de R$ 1.636,64 e pacote de benefícios. Já para funções como servente de obra e ajudante de obras, os salários variam de R$ 1.564,00 a R$ 1.636,64, com auxílios extras e convênios.

As exigências variam conforme o cargo. Algumas funções pedem experiência registrada em carteira e habilitação, mas também há vagas que não exigem experiência, ampliando as chances de inserção ou recolocação no mercado de trabalho.

Fora da construção civil, algumas oportunidades sem exigência de experiência também oferecem salários atrativos e benefícios que chamam a atenção. É o caso de analista de mídias sociais, com remuneração de R$ 2,5 mil, vale-transporte e parcerias em planos de saúde e odontológico. Outra opção é para consultor de vendas, com salário de R$ 2,9 mil mais vale-transporte e vale-alimentação. Também se destacam cargos como pizzaiolo, com ganhos de R$ 2,7 mil somados a premiações, refeitório interno e plano de carreira, além de funções na área de logística e comércio, como auxiliar de armazenamento e atendente de lojas, que oferecem benefícios como assistência médica, odontológica, vale-refeição, convênios e até programas de incentivo educacional.

O Sine é administrado pela Secretaria Municipal de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico.

Atendimento

Os interessados devem procurar o Sine, localizado na Travessa Celso Luís M. de Almeida, nº 45, bairro Poção, no prédio da Secretaria Municipal de Agricultura e Trabalho (Smat).

O horário de atendimento é das 8h às 17h.

Mais informações também podem ser obtidas pelo telefone e WhatsApp: (65) 99251-7480.

No local, também é oferecido atendimento ao Microempreendedor Individual (MEI), com apoio para abertura, regularização e encerramento de registro.

Serviços do Sine

O Sine Municipal realiza a intermediação de vagas de emprego e o atendimento para solicitação do seguro-desemprego. Para ter acesso ao benefício, o trabalhador deve apresentar os documentos fornecidos pela empresa no momento da rescisão contratual. A solicitação é registrada diretamente no sistema do Governo Federal.

Informações importantes ao trabalhador

- Mantenha o cadastro atualizado nos postos do Sine ou por canais digitais.

- Consulta de vagas: empregabrasil.mte.gov.br

- Solicitação de seguro-desemprego on-line: pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital ou pelo site acima.

Exclusivo para empresas

O Sine também dispõe de canais exclusivos para empresas interessadas em anunciar vagas. O contato pode ser feito pelos telefones:

- (65) 3645-7216 ou 3645-7237

- WhatsApp: (65) 99255-2450

- E-mail: sine.pmc@cuiaba.mt.gov.br

Confira as oportunidades

Açougueiro - 02
Ajudante de carga e descarga de mercadoria - 23
Ajudante de cozinha - 01
Ajudante de obras - 05
Analista de mídias sociais - 01
Analista de negócio - 200
Assistente administrativo - 02
Assistente de engenharia (construção civil) - 01
Assistente de venda - 01
Atendente de lojas - 13
Atendente de padaria - 07
Auxiliar administrativo - 02
Auxiliar de armazenamento - 03
Auxiliar de conservação de obras civis - 01
Auxiliar de estoque - 04
Auxiliar de lavanderia - 02
Auxiliar de limpeza - 08
Auxiliar de linha de produção - 100
Auxiliar de logística - 65
Auxiliar de mecânico de autos - 05
Auxiliar de operação - 30
Auxiliar operacional de logística - 02
Auxiliar técnico de mecânica - 05
Auxiliar técnico na mecânica de máquinas - 02
Barman - 05
Caixa de loja - 02
Camareira de hotel - 02
Comprador - 01
Conferente de logística - 03
Consultor de vendas - 05
Coordenador de restaurante - 01
Cozinheiro geral - 01
Empregado doméstico arrumador - 01
Empregado doméstico nos serviços gerais - 02
Encarregado de expedição - 01
Garçom - 95
Instalador reparador de redes telefônicas e de comunicação de dados - 01
Mecânico - 04
Mecânico de veículos automotores a diesel (exceto tratores) - 03
Montador de estrutura metálica - 02
Motofretista - 01
Motorista de caminhão - 10
Motorista de caminhão basculante - 65
Motorista entregador - 01
Operador de caixa - 07
Operador de escavadeira - 05
Operador de máquinas de construção civil e mineração - 03
Operador de motoniveladora - 08
Operador de rolo compactador - 31
Operador de telemarketing ativo e receptivo - 01
Operador de trator (minas e pedreira) - 01
Pizzaiolo - 01
Programador de comunicação de sistema - 01
Promotor de vendas - 10
Recepcionista em geral - 01
Repositor de mercadorias - 10
Serralheiro montador - 01
Servente de obra - 01
Técnico automotivo - 02
Técnico de rede (telecomunicação) - 01
Técnico mecânico (máquinas) - 02
Vendedor de comércio varejista - 07
Vendedor interno - 05
Vendedor pracista - 01

Fonte: https://www.cuiaba.mt.gov.br/noticias



sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Selic alta, desequilíbrio fiscal e os entraves à construção civil

 


O setor da construção civil sempre foi sensível aos ciclos econômicos, mas nos últimos anos essa sensibilidade tem sido aguda. A taxa básica de juros permanece elevada, a política fiscal segue indefinida e os custos operacionais continuam pressionando margens. O resultado é um setor que resiste, mas que encontra poucos incentivos para avançar.

arcabouço fiscal em vigor, embora tenha sido desenhado para conferir previsibilidade às contas públicas, não tem sido suficiente para ancorar expectativas. A dificuldade do governo em conter o crescimento dos gastos obrigatórios e a falta de avanços estruturais, como a reforma administrativa e a consolidação da segunda fase da reforma tributária, têm mantido o risco fiscal elevado.

A meta de déficit zero para este ano já foi relativizada, e o mercado compreendeu o recado: o compromisso com o equilíbrio fiscal é, no mínimo, flexível. Essa percepção se reflete nas projeções de juros futuros. Com incerteza fiscal, o Banco Central não tem espaço para acelerar cortes na taxa Selic sem comprometer sua credibilidade.

Selic parada, mas com novos horizontes

O mercado, conforme os dados mais recentes do Boletim Focus, projeta que a taxa Selic permaneça no patamar de 15% até o fim de 2025, com uma trajetória de queda moderada nos anos seguintes: 12,50% em 2026, 10,50% em 2027 e 10% em 2028. Ou seja, não há espaço para apostas ousadas.

Parte da cautela decorre de fatores externos, como os conflitos no Oriente Médio envolvendo Irã, Israel e Estados Unidos, e o avanço de políticas protecionistas promovidas por Donald Trump, com destaque para tarifas sobre produtos brasileiros, que adicionam novas camadas de incerteza à política monetária. Em um país ainda dependente de capital estrangeiro, esses elementos não são acessórios: afetam câmbio, inflação e o custo de rolagem da dívida.

Crédito difícil e custo alto: a trava da construção civil

taxa de juros elevada compromete a viabilidade econômica dos projetos. O cenário atual impõe restrições severas à tomada de decisão, tanto por parte das empresas quanto das famílias. O financiamento imobiliário se tornou mais seletivo e caro. Para as construtoras, isso significa adiar lançamentos, rever escopos e reavaliar cronogramas.

Além disso, os custos da própria construção subiram: o setor enfrenta pressões inflacionárias sobre materiais, mão de obra qualificada e insumos logísticos. Isso corrói margens e cria desafios adicionais para manter o equilíbrio econômico-financeiro das obras já contratadas. Em projetos de infraestrutura, o impacto é ainda mais sensível, dada a dependência de capital intensivo e a duração de longo prazo dos investimentos.

Perspectiva para o Copom e o que isso significa para o setor

A próxima reunião do Copom deve confirmar a manutenção da Selic em 15%. Não se espera alteração no curto prazo, mas o tom da comunicação será determinante para sinalizar os próximos passos. Caso haja algum avanço nas contas públicas ou redução nas tensões externas, o Banco Central poderá, ainda que de maneira tímida, reabrir espaço para discutir cortes a partir do início de 2026.

Para a construção civil, isso representa mais um período de espera e preparação. O setor precisa lidar com um horizonte de juros altos prolongados, ao mesmo tempo em que mantém sua capacidade de entrega e competitividade. É uma travessia difícil, mas não inédita.

Riscos persistem, mas o setor não para

A construção civil já enfrentou cenários adversos em outros momentos. Em 2025, o desafio está em manter a disciplina e a prudência financeira sem perder a capacidade de resposta para quando o ambiente voltar a ser mais favorável.

Empresas que conseguirem adaptar seus modelos de negócio, inovar na gestão de obras e diversificar fontes de financiamento estarão mais bem posicionadas para capturar as oportunidades que virão com a futura redução dos juros.

Enquanto isso, o foco deve estar em preservar eficiência, avaliar riscos com rigor e manter o olhar atento para os sinais de mudança no ambiente macroeconômico.

Fonte: https://www.folhavitoria.com.br/


quinta-feira, 18 de setembro de 2025

Greve da construção civil segue em Belém, afetando obras da COP30, dizem sindicalistas

 


em acordo com as empresas, o Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil de Belém decidiu nesta quarta-feira (17) manter a greve da categoria, após dois dias de paralisação.

A categoria diz que a paralisação afeta parcialmente duas obras da COP30, a conferência das Nações Unidas sobre mudança climática, que acontecerá na capital paraense em menos de dois meses. No entanto, o governo do Pará nega qualquer impacto nos preparativos.

A decisão pela manutenção da greve veio após quase duas horas de negociação com o Sinduscon (Sindicato das Indústrias da Construção) do Pará, intermediada pela Superintendência Regional do Trabalho.

O sindicato patronal fez uma nova proposta, com aumento salarial indo de 5,5% para 6%, e do valor da cesta básica indo de R$ 110 para R$ 130. Os trabalhadores, porém, pedem acréscimo de 9,5% nos salários e de R$ 270 para a cesta básica.

"Oferecemos a proposta em assembleia, os trabalhadores recusaram e votaram pela continuidade da greve por tempo indeterminado", disse Atnágoras Lopes, coordenador do sindicato da categoria.

Segundo o balanço da entidade, mais de trezentas obras estão em andamento em Belém e a paralisação afeta 80% delas, com adesão de mais de 10 mil operários.

Entre as obras afetadas estariam hotéis que receberão participantes da COP30 e imóveis públicos e privados. Ainda segundo o órgão, duas obras relacionadas à infraestrutura da COP foram afetadas parcialmente.

"Hoje estivemos no Parque da Cidade e na Vila COP e parte dos trabalhadores aderiram ao movimento", afirmou Lopes. O Parque da Cidade sediará as negociações da ONU, enquanto a Vila COP deve receber chefes de Estados e membros das delegações oficiais dos países integrantes da convenção climática.

A única empresa que aceitou a proposta dos operários foi o Hotel Vila Galé, no Porto Futuro 2, onde os trabalhos já foram retomados.

Em nota, a Secretaria de Estado de Obras Públicas informou que as obras para a cúpula do clima seguem normalmente.

A Secretaria Executiva da COP30 reforçou que as negociações trabalhistas estão sendo conduzidas pelas partes competentes. "Ressaltamos que os preparativos para a Conferência continuam em curso e que o andamento das obras segue dentro do cronograma previsto", disse, em nota.

O Sinduscon-PA afirmou que está tentando encerrar o conflito e que os índices oferecidos na proposta estão superiores à inflação acumulada dos últimos 12 meses, cujo INPC resultou em 5,13%. A entidade patronal ressaltou que, portanto, ambos os valores ofertados contemplam um aumento real.

Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/


domingo, 20 de abril de 2025

“A gente observa a mancha de inundação e tenta evitar”, diz representante da construção civil sobre novos empreendimentos no RS

 


Passado um ano da enchente de 2024, as áreas do Rio Grande do Sul que foram afetadas pelas águas seguem relegadas a segundo plano no que diz respeito a investimentos da construção civil. As empresas do setor seguem evitando negociar terrenos e lançar empreendimentos na chamada “mancha” da enchente, isto é, em endereços que foram diretamente afetados pelas falhas na proteção contra cheias.

A análise foi feita pelo diretor para assuntos de Habitação de Interesse Social do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Ricardo Prada, em entrevista ao programa Gaúcha Faixa Especial, da Rádio Gaúcha.

— É bastante decisivo, eu diria. O que é feito naturalmente… todas as empresas acompanham, na hora que há uma oferta de terrenos ou que se há uma busca ativa de terrenos, prioritariamente se procuram áreas que não foram afetadas (pela enchente) — diz Prada.


Conforme o diretor do Sinduscon-RS, o setor espera que os sistemas de defesa garantam segurança contra cheias no futuro, mas que, até que isso se concretize, a enchente de 2024 é o balizador de áreas mais suscetíveis nas cidades.

— Porque se acontecer (outra enchente), tomara que não, vamos bater na madeira, se todas as necessidades forem feitas para poder suprir um problema futuro, se de um modo geral se fizer tudo que tiver que fazer, e mesmo assim vier a acontecer um problema futuro, se imagina que as áreas que não foram afetadas em 2024 não serão afetadas de novo. Nesse contexto é seguro para você, para a empresa e para o mutuário, adquirir um terreno que não foi afetado na última calamidade, que foi a maior de todos os tempos — acrescentou Prada.


Na mesma entrevista ao Gaúcha Faixa Especial deste domingo (20), o diretor do Sinduscon-RS lembrou que a recomposição dos sistemas de proteção contra cheias são importantes para garantir o crescimento ordenado das cidades e evitar territórios sem investimento da construção civil.

— Na hora que você vai buscar um imóvel para fazer um empreendimento, é natural que a gente observe qual foi a mancha de inundação e obviamente a gente tenta evitar ou não faz, na verdade, negócios em terrenos que foram afetados (pela enchente de 2024). Isso é fato. Eu digo que o Estado como um todo terá que se unir para poder ter proteção hídrica para as cidades, para permitir que haja um crescimento ordenado. E eu falo de um modo geral. Porto Alegre teve, principalmente no Centro, um pedaço da Zona Norte, afetado. Mas se pegar Canoas, São Leopoldo, elas foram muito afetadas. Hoje há um receio grande dessas cidades sobre para onde ir — destacou Prada.


Fonte: https://gauchazh.clicrbs.com.br/


terça-feira, 15 de abril de 2025

Com preço do m² acima de R$ 2 mil, Acre tem o maior aumento no custo da construção civil no país

 



Com um aumento de 4,11%, o Acre foi o estado que registrou a maior alta nos custos da construção civil no país, considerando os valores durante o mês de março. Segundo o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o valor chegou, em média, a R$ 2.069,71por metro quadrado.


Com o índice, o estado acumula aumento de 9,19% do custo da construção civil nos últimos 12 meses. Se observado ainda o recorte da região Norte, o Acre continua em primeiro lugar, sendo o único acima dos R$ 2 mil.


Veja abaixo, em ordem decrescente, de como ficou o balanço entre os sete estados:

  • Acre: R$ 2.069,71
  • Rondônia: R$ 1.999,90
  • Roraima: R$ 1.994,34
  • Tocantins: R$ 1.895,56
  • Pará: R$ 1.847,43
  • Amapá: R$ 1.844,68
  • Amazonas: R$ 1.831,16

No país, a tendência foi de distribuição do custo, em média, de R$ 1.043,45 relativos aos materiais e R$ 766,80 à mão de obra. No total, soma-se R$ 1.810,25.

Confira abaixo os cinco estados com os custos de construção mais caros do país, com desoneração da folha de pagamento:

  • Acre: R$ 2.069,71
  • Santa Catarina: R$ 2.057,33
  • Rondônia: R$ 1.999,90
  • Roraima: R$ 1.994,34
  • Rio de Janeiro: R$ 1.979,12


Fonte: https://g1.globo.com/ac/acre